Coluna: Um calendário em jogo

Nada mais complicado em futebol do que a obrigação de vencer por larga margem, ainda mais quando o confronto é tecnicamente equilibrado. O Remo está diante deste dilema, na tarde deste domingo, frente ao Independente Tucuruí. Escaldados pela derrota no último domingo, os azulinos sabem que não terão vida mansa no confronto. E têm a consciência de que a verdadeira decisão acontece hoje. 
Aliás, Givanildo Oliveira foi contratado depois da decepcionante apresentação em Tucuruí justamente para ajudar a resolver esse enrosco. Até o leãozinho de pedra do Baenão pressentia que, sob o comando técnico anterior, a situação dificilmente terminaria em final feliz.
Ocorre que, do mesmo jeito que foi adversário duríssimo para Paulo Comelli, o Independente será uma pedra na chuteira de Givanildo. Sem mudanças profundas de comportamento em campo, dificilmente o Remo conseguirá superar o time de Sinomar Naves.
Sem mistérios, a força da equipe interiorana vem do grande entrosamento de Marçal e Gian, de onde partem as principais jogadas para as arrancadas de Joãozinho e o oportunismo do centroavante Marcelo Peabiru. O lateral-esquerdo Fábio, melhor do campeonato na posição, é outra peça fundamental. Apóia com eficiência e cobra faltas com grande perícia.
Do lado remista, os olhares das arquibancadas lotadas irão se concentrar naturalmente em Givanildo. Numa escala mais aflitiva, as expectativas também estão sobre Finazzi. A diferença salarial em relação aos demais jogadores é só um dos problemas a rondar o veterano artilheiro. Tiago Marabá é o atacante mais efetivo e decisivo do time, mas tanto ele quanto Finazzi dependem da movimentação da dupla de criação, Tiaguinho e Ratinho, ambos ainda devendo muito.
Boa surpresa dos treinos da semana no Baenão, o meia Betinho agradou Givanildo e pode ganhar chance no segundo tempo. Revelado na turbulenta temporada 2010, o armador de dribles curtos e boa visão de jogo tornou o time mais ambicioso e ousado em Tucuruí. 
Na semifinal do turno, um inesperado apagão em Cametá afastou o time da briga pelo título. Givanildo terá que se prevenir hoje contra novas surpresas e construir um resultado tranqüilizador para o jogo da volta. A missão não vai ser fácil.  
 
 
A partir de amanhã, o programa Camisa 13 (RBA TV) exibirá matérias de todos os jogos da vitoriosa campanha do Paissandu no Brasileiro da Série B de 1991. Uma verdadeira preciosidade para a apaixonada massa bicolor, marcando os vinte anos da conquista.
 
 
Aviso aos navegantes: após folga forçada amanhã e terça, a coluna volta a ser publicada na próxima quarta-feira.

(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO deste domingo, 22)

Independente-AP e Paissandu empatam em 1 a 1

Em amistoso entre Paissandu e Independente Amapá, disputado neste sábado, terminou com o empate em 1 a 1. O jogo foi realizado no estádio Municipal Augusto Antunes, em Santana, e teve duas expulsões pelo lado do Paissandu, Tobias e Sandro. Os tumultos em campo geraram protestos também nas arquibancadas. O amistoso foi equilibrado, com o Paissandu melhor no começo do jogo, mas com reação amapaense na etapa final. Héliton marcou para o time paraense aos 17 minutos do primeiro tempo. No tempo final, o Independente chegou ao empate logo aos 6 minutos, através de Junior Belém. (Com informações da Rádio Clube)

Mundico bate Mapará e reverte a vantagem

O São Raimundo derrotou o Cametá por 3 a 2, no estádio Barbalhão, na noite deste sábado, abrindo as semifinais do returno do Campeonato Paraense. Leandro Guerreiro abriu o placar logo aos 11 minutos. Com a vantagem, o time recuou esperando que o Cametá abrisse espaços na defesa. Mesmo sem grande superioridade em campo, o São Raimundo ampliou aos 32 minutos. Renato Medeiros cobrou escanteio e Tiago Jr. cabeceou. A bola resvalou num zagueiro cametaense e entrou. Ainda no primeiro tempo, o Mundico chegou ao terceiro gol. Em rápido contra-ataque, Vélber cruzou e a bola sobrou para Rodolfo Soares, livre, mandar para as redes.

Depois do intervalo, o Cametá voltou com outra disposição e diminuiu logo aos 18 minutos, através do zagueiro Rubran. Seis minutos depois, Robinho marcou o segundo em bela jogada. Ele recebeu passe na entrada da área santarena, livrou-se de um marcador e bateu fora do alcance de Labilá. O Cametá ainda pressionou em busca do empate, mas o São Raimundo segurou a vantagem.

São Raimundo – Labilá; Julio Ferrari, Rodolfo Soares, Tiago Jr. e Aldivan; Rodrigo, Daniel,  Renato Medeiros (Fernandinho) e Vélber (Éber); Sató e Leandro Guerreiro (Tinha). Técnico: Charles Guerreiro.

Cametá – André Luiz; Américo, Tonhão, Rubran e Rodolfo; Wilson (Balão), Paulo de Tárcio, Leandrinho (Balão Marabá) e Robinho; Jailson (Adeílson) e Leandro Cearense. Técnico: Fran Costa.

Arbitro: Andrey da Silva e Silva.

Cartões amarelos: Rodrigo Santarém (SR) e Wilson, Tonhão e Jailson (Cametá). Renda: 68.060,00. Público: 4.458 pagantes; 1.000 credenciados – total : 5.458.(Com informações da Rádio Clube)