Manchester supera marca do Liverpool

No empate em 1 a 1 com o Blackburn, na tarde deste sábado, o Manchester United comemorou seu 19º título inglês, superando a marca do Liverpool, que foi o grande time britânico nas décadas de 1970 e 1980. Acontece que, num período de 18 anos – de 73 a 90 –, os ‘Reds’ conquistaram 11 títulos nacionais, firmando-se como os maiores campeões da competição. O técnico escocês Alex Ferguson, no cargo desde 1986, é um dos grandes responsáveis por essa  façanha. (Com informações da ESPN) 

GP Caixa movimenta o domingo esportivo

Algumas estrelas do atletismo nacional e atletas estrangeiros do segundo escalão participam, neste domingo, do GP Caixa Governo do Pará, a partir das 8h, no estádio olímpico Edgard Proença. A entrada é franca e quem tiver o ingressso distribuído pela organização concorrerá ao sorteio de um automóvel. Há expectativa de um público em torno de 20 mil espectadores. O GP será aberto com duas provas exibição – 100 m para cadeirantes e para atletas com deficiência física. O salto com vara masculino abre a programação oficial do meeting, que reunirá, no total, 137 atletas de 25 países em 16 provas. Dos 137 inscritos, 69 são brasileiros, entre os quais Maurren Maggi, campeã olímpica do salto em distância em Pequim 2008. Ela conquistou a medalha de prata na etapa de abertura do Diamond League, em Doha, com um salto de 6,87 m, na semana passada.

Papão terá várias mudanças contra o Mundico

Time treinado por Sérgio Cosme nos últimos dias e que deve entrar jogando neste domingo, na Curuzu, contra o líder São Raimundo: Alexandre Fávaro; Claudio Allax, Alexandre Carioca, Diego Ourém e Brayan; Billy, Marquinhos, Djalma (Alex Oliveira) e Andrei; Rafael Oliveira e Héliton.

Perguntinha do dia (49)

O Paissandu programou amistosos (dias 21 e 25 de maio) no Amapá. Afastar o elenco da pressão da torcida em Belém é uma boa providência?

Remo tem time praticamente definido

Provável time do Remo para enfrentar o Independente, em Tucuruí, neste domingo: Lopes; Tiaguinho, Diego Barros, Paulo Sérgio e Marlon; Mael, San, Moisés e Ratinho; Finazzi e Tiago Marabá.

Quem paga a conta dos novos Estados? Acertou: você

Por José Roberto de Toledo

O Congresso criou uma impossibilidade matemática e jogou a solução no colo da Justiça eleitoral: como transformar uma bancada de 17 em 24 sem aumentar o total de 513 deputados federais? Parece piada. Não é. Um dos argumentos dos defensores da divisão do Pará em três Estados é que não haveria aumento da representação paraense na Câmara. Do mesmo modo, seria mantido o teto global de 513 deputados federais. A conta não fecha.

A Constituição estabelece que “nenhuma das unidades da Federação tenha menos de 8 ou mais de 70 deputados”. Ou seja, os novos Estados de Carajás e Tapajós teriam, juntos, 16 deputados federais, e o que sobrar do Pará teria, no mínimo, outros 8, totalizando 24 representantes na Câmara. A atual bancada paraense é de 17 deputados. Faltam 7, portanto, para a conta fechar.

O limite máximo de 513 deputados federais é estabelecido por lei complementar. O limite mínimo de 8 deputados por Estado é fixado pela Constituição. Se diminuísse, 11 unidades da Federação perderiam cadeiras: Roraima, Amapá, Acre, Tocantins, Rondônia, Amazonas, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Sergipe e Rio Grande do Norte. Essas 11 UFs têm votos suficientes no Senado para barrar a mudança constitucional. Logo, se o Pará for mesmo dividido, o total de deputados deve subir para 520. As consequências disso são desastrosas, sob todos os sentidos.

Cada deputado custa, por baixo, R$ 27 milhões por legislatura. Os 7 novos sairiam pela bagatela de R$ 190 milhões. Mas a conta vai além: há as emendas parlamentares que implicam despesas no orçamento, a necessidade de construir anexos para abrigar os gabinetes dos novos parlamentares, mudanças para acomodá-los no plenário e por aí vai. Somam-se as despesas com seis novos senadores, 48 novos deputados estaduais, a necessidade de construir edifícios para abrigar duas novas assembléias legislativas, dois novos governos estaduais, secretarias, tribunais de Justiça. E milhares de funcionários públicos para preencher esses prédios.

Além disso, as regiões a serem desmembradas não têm capacidade econômica para se sustentarem sozinhas. O economista Rogério Boueri, do Ipea, calculou para o site G1 que o governo federal teria que desembolsar R$ 2,2 bilhões por ano para cobrir as despesas de Carajás e Tapajós.

Esse é o custo financeiro direto. Mas há outras distorções embutidas nessa decisão tratada com indiferença pela Câmara. A principal delas é piorar ainda mais a representação da população brasileira no Congresso Nacional. Com 9 Estados, a região Norte passaria a ser a mais forte politicamente no Senado, com 27 representantes, assim como o Nordeste. Mas cada senador nortista representaria menos de 600 mil pessoas, menos de um terço da representatividade de um senador nordestino, por exemplo.

Na Câmara, a bancada do Norte chegaria a 72 deputados federais. E, apesar de ter uma população só 13% maior do que o Centro-Oeste, teria 76% a mais de cadeiras (31 vagas) do que esta outra região. Um dos riscos de retalhar o Pará é dar início a uma corrida para reequilibrar a distribuição de poder regional. Há propostas semelhantes para subdividir o Maranhão, o Piauí, a Bahia, o Mato Grosso, o Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, o Amazonas e Goiás.

Como ficou provado no caso paraense, as bancadas dos outros Estados tratam as propostas de subdivisão com um misto de desinteresse e leviandade, como se não houvesse implicações para a União nem para as outras unidades da Federação. Por isso, as proposições de plebiscito passam sem discussão.

Dessa maneira, a decisão final depende exclusivamente da “aprovação da população diretamente interessada”. Como sempre, o texto constitucional é dúbio. Qual é a população “diretamente interessada”? A da região de Carajás, a paraense ou a brasileira? Pelo tamanho da conta a ser paga, deveria ser a brasileira, mas o plebiscito deve se limitar ao Pará ou, até mais provável, apenas a Carajás/Tapajós.

A prevalecer essa interpretação e o descaso dos parlamentares com o tema, a multiplicação de novos Estados – como Gurguéia (PI), Pantanal e Mato Grosso do Norte – pode levar o Congresso Nacional a ganhar mais 36 deputados e 30 senadores.

E a conta é sua.

O Vaticano de Moretti

“Decidimos que o nosso Vaticano seria um pouco mais simples. No nosso conclave não existem acordos, complôs, pacotes com votos sendo transportos de um continente a outro, campanhas de autopromoção. Não quis mostrar mais uma vez aquele Vaticano já visto tantas vezes no cinema ou na TV. Minha vontade foi de humanizar aquele mundo ali.”

Do diretor italiano Nanni Moretti, no lançamento de seu mais novo filme, “Habemus Papam”.