
O grito de guerra “festa na favela” é conhecido no país todo como a expressão maior de alegria dos torcedores do Flamengo. Só que o grito de orgulho rubro-negro foi vetado nas redes sociais do clube. A justificativa: favela é “algo associado à violência”.
A decisão de não usar o termo é da X-Tudo, empresa contratada pela vice-presidência de comunicação do Flamengo. Após a repercussão negativa, o clube recuou da decisão e emitiu uma nota em que diz que não é bem assim, mas acentua o preconceito.
Confira:
Há quanto tempo não se lia a palavra favela nos jornais do Grupo O Globo?
Certamente há muito tempo. Não somente nos jornais do referido grupo, como também na grande maioria dos veículos de comunicação e nos comunicados de empresas/instituições. Já tem tempo que favela não é mais uma palavra utilizada na comunicação institucional.
Estranhamente, neste sábado, o jornal Extra faz uma matéria sobre o Flamengo com a expressão “festa na favela” sendo apresentada num contexto parcial e tendencioso, numa clara tentativa de se criar um possível constrangimento com a torcida um dia antes da decisão do Campeonato Carioca.
Coincidentemente a mesma tentativa que foi feita pouco tempo antes da decisão da Taça Rio, quando se deu um enorme destaque à “demissão de um psicólogo“.
O porquê disto? Só o veículo para responder.
A matéria, ao pegar parte de uma conversa de profissionais do clube – que deveria ser restrita a eles – tenta passar a ideia que “existe um veto“ na utilização da expressão “festa na favela”. Não é verdade.
O fato é que um canto alegre e contagiante da torcida não necessariamente precisa ser a melhor maneira para a comunicação da Instituição.
Não usá-la regularmente na comunicação Institucional não significa nenhum veto ao termo ou desvalorização de uma tradição da torcida. Esta é a verdade. Nada mais que isto.
Na realidade mais que palavras ou promessas, o Flamengo de hoje se mostra cada vez mais forte, inclusivo, praticando preços altamente populares, trazendo o seu torcedor de volta ao Maracanã e tendo, disparado, os maiores públicos do futebol brasileiro neste ano.
Para a tristeza daqueles que apostaram no contrário.