As qualidades de Torrô

Torrô fez um gol e disparou o chute que Magrão desviou para as redes do Águia no jogo de sábado, em Parauapebas. Produção impecável para um atacante. Se a defesa não tivesse cochilado, o Paissandu teria comemorado sua primeira vitória – graças a Torrô. Apesar do empate, a performance do atacante não passou despercebida aos olhos de quem realmente interessa: do técnico Edson Gaúcho.

Bem ao seu estilo direto e franco, Gaúcho observa que Torrô tem problemas sérios em fundamentos técnicos. Quem acompanha a carreira do centroavante sabe que o treinador tem razão. Torrô mata de canela, não cabeceia corretamente e finaliza mal. Mas a força de vontade para superar essas deficiências é sua principal arma. E foi justamente sua humildade e empenho que cativaram Gaúcho. Na Curuzu, o treinador reconheceu a importância de Torrô no jogo contra o Águia e até vê virtudes no jogador. “O Torrô tem qualidades, até porque nunca trabalhou fundamentos”, diz Gaúcho.

8 comentários em “As qualidades de Torrô

  1. Aliás, esse é um mal que assola categorias de base dos clubes país afora (e aqui o negócio é até mais precário): os garotos sobem para os profissionais sem ter, muitas vezes, noções mínimas de fundamentos simples, porém valiosos para a prática do futebol, como o passe. E assim vai nosso futebol.

    Gerson, falando nisso, já percebestes que os jogadores brasileiros, em sua maioria, ao jogarem na Europa e quando voltam a atuar no Brasil, ou mesmo pela Seleção, apresentam melhora considerável em relação ao domínio dos fundamentos do futebol?

    Abraços.

    1. Daniel, isso é fato. Vários jogadores – o Zé Roberto, do Bayern, é um bom exemplo – ficaram mais precisos no passe e na colocação em campo. Resultado dos treinamentos nos clubes europeus.

  2. Gerson, eu nunca esqueço uma entrevista do Gaúcho depois do 1º treino do papão. Ele disse: “o time foi horrível, só chutão, mas não tem problema pois o paysandu me contratou para isso, para corrigir os erros da equipe”. Eis que já no 1º jogo conseguimos vê um toque de bola gostoso de se vê e fazia tempo que não viamos por aqui. Por isso fez jogar Dadá, Paulo de Tarcio e agora tá fazendo jogar o Torrõ.

    1. É verdade. O Paulo de Tarcio está jogando bem (apesar do vacilo no gol do Águia) e pode-se dizer o mesmo de Dadá e Mael.

  3. Acho admirável a postura do técnico Gaúcho com os jogadores locais. Ele está fazendo o que há tempos a imprensa cobra, que é a volorização dos prata da casa e abdicando dos medalhões enganadores. Ele se comprometeu a subir o time e poderia muito bem estar se valendo desse compromisso para pedir a importação de jogadores para dar uma resposta à imprensa e torcida que vive a cobrar contratações. Hoje ele revelou que ainda sente muito ter perdido o talento de Rafael Oliveira, disse até que considera um fracasso pessoal dele (Gaúcho) não ter conseguido fazer o meia mudar de rumo. E novemente exaltou o talento dos jogadores paraenses, apesar de ainda necessitarem de maior apoio de base.

  4. Gerson, isso vem mostrar que o que sempre falo pra vc, em relação as categorias de base, é verdade. Pergunte quem o revelou, com quem o mesmo trabalhou na base. duvido que vá aparecer. Gerson, o assunto é sério, tem que haver uma intervenção da Federação Paraense de Futebol ou Ministério Público nessas Escolinhas de Futebol, pois o problema não é só a falta de base e sim de profissionais capacitados para tal, como: Preparador Físico, Técnicos, Nutricionista, Exames Cardiológicos(Cardiologistas)….. Vamos bater nessa tecla Gerson, para o bem do futebol Paraense.
    Cláudio Santos – Técnico do Columbia de Val de Cans.

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