Direto da Paulicéia

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Por Waldemar Marinho

Queridos amigos, neste sábado, 20/06/2009, saí vagabundando pela região do meu bairro. Eu tinha que chegar na Praça do Patriarca pra fotografar a mais recente obra de arte de São Paulo, lembram?
O casarão assobradado – que nem na música famosa do Adoniran Barbosa – fica na esquina da Augusta com a Dona Maria Antônia. O sobrado azul, ao lado, na Maria Antônia, é a famosa boate Caribe. A única famosa que não fica na Augusta lado B  – o lado classe A fica nos Jardins. Em outro dia mostro para aqueles que não moram em São Paulo.
Nessa região da Augusta que estamos vendo aí, se concentra a maior parte dos inferninhos paulistanos. Vou entregar: a maioria não, todos.
Costumo brincar com as minhas colegas de trabalho que é o melhor lugar pra se sair da depressão, levantar o astral. É só passar depois das sete e meia da noite, quando as casas de diversão masculina começam a funcionar, que as funcionárias, aplicadíssimas, interessadíssimas, começam a massagear o teu ego em voz alta: “Ei, lindão!”, “Ei gostosão!!!”; “Vamos tirar o estresse???” – você sai de lá com o ego inflado e a bola cheia. Só não pode é cair em tentação e entrar, porque aí elas vão te depenar. São demais os perigos desta vida.

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“Se a gente não tivesse dito tanto coisa, se não tivesse feito tanta coisa, podia ter vivido um amor Grande Hotel (Ca´d´oro). Um dia um caminhão atropelou a paixão, sem o seu carinho e sua atenção,  o nosso amor se transformou em “bom dia!”, qual o caminho pra felicidade??? Será preciso ficar só pra se viver? Qual o caminho pra felicidade? Ficar só, pra se viver.” Paula Toller, muitos anos depois da Jovem Guarda, quando o famoso grande hotel já tinha entrado em decadência e perdido todo o seu glamour.
Todos os grandes hotéis da Augusta foram embora pra zona sul, pra região da Berrini, onde se concentra a maior renda per-capta do país atualmente.

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Na fachada do prédio está escrito que é uma “Casa de Diversões” – em letras bem pequenas, quase ilegíveis: Só para homens.
Dá para imaginar o que acontece lá dentro. Como disse desde o começo: essa é a rua Augusta lado B.
Na condição de repórter que tem que informar, pesquisei preços – com todo o respeito às senhoras e até padres, que lêem a minha revista eletrônica. As “Primas da Augusta” como são conhecidas pelos seus clientes, cobram a partir de R$ 100,00 por uma “brincadeira” como elas mesmas denominam e que só dura uma hora. Conforme as exigências ou necessidades do cliente esse preço pode até triplicar.
Desculpem, só estou prestando uma informação. E garanto que só entrei lá para fazer o meu TRABALHO.

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Família Mancini – Tratoria. Predominância de turistas de todas as nacionalidades e classe média alta de São Paulo.
No auge do escândalo do mensalão, um deputado federal do PT, conhecido como professor Luizinho, comemorou o aniversário dele aí, com uns cinco amigos mais chegados. A conta deu pouquinho, totalizou míseros R$ 3.500,00 o que acabou gerando protestos, escândalo e bate-boca com os outros “contribuintes” que sabiam que o professor estava gastando o dinheiro deles. Professor Luizinho admitiu: “pouco me importa o dinheiro é de vocês mesmo”. A história foi parar nas colunas sociais dos jornais da cidade. Adivinha se ele se reelegeu? Nunca mais.

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Jeremias O Bom, foi um personagem do caricaturista Ziraldo para a revista “O Cruzeiro” na década de 60. É uma espécie de pub, também da Família Mancini. Sua proposta é a de reunir altos executivos no fim do dia para lhes proporcionar uma ótima happy hour.
 
Boa tarde e boa sorte.
 
Waldemar Marinho
Correspondente do blog na Paulicéia

2 comentários em “Direto da Paulicéia

  1. Rapaizzzzzzzzzzz esse Waldemar nao sabe pn de suadoros.. poucas vezes vi uma disqui reportagem de “morredores” e Zonas tao idiota.
    e
    o cara e’ diplomado. putzzz.

    A Rua Augusta nao merece isso!

    1. Harold,
      Ele não é um repórter no sentido profissional do termo. Apenas envia comentários e observações sobre o cotidiano paulista, sem maior compromisso com a técnica jornalística.

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