Belém, Pará, Brasil
“Ó Pará, quanto orgulha ser filho, de um colosso, tão belo e tão forte, juncaremos de flores de brilho, do Brasil sentinela do norte, e ao deixar de manter esse brilho preferimos mil vezes a morte”.
Os políticos de mais expressão e os grandes empresários paraenses bem que podiam levar ao pé da letra esse trecho do belo hino paraense! Só assim fariam alguma coisa de útil por nós. Perdemos a Copa para o poder financeiro porque melhor estrutura eles não tem.
Quando estudo a história paraense fico orgulhoso ao saber de onde vem a raiva que os amazonenses tem de nós. Na época do Império, Belém era a grande cidade e deixava Manaus e São Luiz, com todo respeito, batendo o escanteio para Belém cabecear. Hoje, ao assistir os telejornais e ver quase sempre a cara do Artur Virgílio sinto que a história mudou. A cara dele transmite o poder político do Amazonas e fico triste ao constatar que não tem ninguém assim pelo Pará. Nossos políticos e empresários só pensam em explorar votos e riquezas desse “Gigante Escravo da Ganância”. O pior é que o povo é tão carente de informação que é incapaz de mudar isso.
Bem que poderíamos acolher a música “Belém, Pará, Brasil”, do Mosaico de Ravena, como nosso novo hino, pois assim talvez a famosa vergonha na cara desse as caras pelas bandas daqui. Utopia, todos acham essa música uma obra de arte, mas continuam abrindo o sorriso para os “Ricardos Teixeiras” e “seleções brasileiras” que pisam literalmente aqui, além de continuar tomando Coca-cola (que investiu pesado em Manaus) em vez de prestigiar o nosso guaraná.
Melhor assim. Se nossos jacarés tropeçassem “neles” poderiam nos levar à Suprema Corte e fazer uma intervenção no Pará.
Aderson Santos de Vasconcelos
PARÁ, TERRA SEM DIREITO DE SEDIAR A COPA!
Gerson, apesar dos gastos ou investimentos aqui serem com certeza menores que em Manaus, a sede ficou bem escolhida. Ontem e hoje, atravessando a Br 316 do entroncamento a Marituba ou indo para Icoaraci eu tive a leve sensação que esse dinheiro poderia ser aproveitado no nosso transito, na segurança, na saude e em outras coisitas mais. Por isso foi merecido a escolha de Manaus como sede da Copa 2014. 1 Abraço, Edmundo Neves
Eu não gosto da música do Mosaico de Ravena, não me identifico com ela. Jamais adotaria ela como hino. Tenho orgulho de ser paraense e gosto do hino do nosso Pará do jeito que é. Precisamos de maior educação e cultura para superarmos nossas deficiências. Ficar choramingando e se fazendo de vítima não vai ajudar em nada!
O Pará lembra aquele cara que foi fazer vestibular sem ter estudado nada. Depois de levar uma bomba monumental, saiu dizendo que nunca mais queria saber de vestibular, que vestibular era coisa pra rico e pobre não tem a menor chance de ser aprovado, o sistema é viciado, cheio de fraudes, blá-blá-blá. Passou a vida toda sem estudar e sempre sendo reprovado, mas com a desculpa na ponta da língua. Dir-se-ia até que fazia vestibular não para ser aprovado, mas só para reclamar do processo e pôr a culpa do fracasso nos outros. Seus amigos, no entanto, todos acabaram aprovados ao longo dos tempos. Ele, porém, continua a prestar exame todos os anos. Continua esperançoso – e continua sem estudar.
Perder pra Manaus, Cuiabá, Natal foi o fim da picada. Tá certo que a cidade de Belém tem muitas deficiências em várias áreas mas qual das doze cidades não tem??? Rio e São Paulo que são as maiores estão tomadas por uma guerra civil há muito tempo, só para citar um exemplo. Não adianta culpar a coca-cola, que é uma porcaria de refrigerante pois na minha opinião os políticos daqui foram os grandes responsáveis por essa flagorosa derrota, com especial destaque a governadora Ana Júlia que até hoje não justificou a confiança do povo que a elegeu. Faz uma péssima administração que foi coroada com esse vexame. Agora é assistir a copa pela TV.
Não tem dessa de que Belém ficou de fora pq não tem estrutura, etc. etc. e etc. Todas as outras regiões tiveram mais de uma cidade sede, o nordeste teve QUATRO e uma do lado da outra. Com certeza o Ricardo Teixeira nem queria sede na Amazônia, mas como as circunstâncias exigiam uma sede aqui (em função da grande importância que a Amazônia tem quando o assunto é preservação ambiental), levou quem comprou melhor a vaga, seja pelo lobby político, seja pela grana preta prometida tb. Por isso que em 2014: ARGENTINA CAMPEÃO!!
Que CBF, Ricardo Teixeira e a seleção do resto do Brasil vá pra puta que os pariu!!!!
Caro Sylvio,
Penso da mesmíssima maneira. Respeito as avaliações mais distanciadas, porém é indiscutível que o peso dos patrocinadores-master da Copa, Coca-Cola e Sony, foi decisivo. E a questão estrutural é relativa. Também conheço Manaus e, francamente, não vejo essa diferença toda. Também não embarco nessa da extrema competência baré em termos de organização e planejamento. Além do mais, o item mais forte de qualquer avaliação técnica sobre sedes da Copa do Mundo – um estádio – só nós tínhamos. Em segundo lugar, havia a tradição de sediar grandes eventos internacionais. Não, meus amigos, a escolha foi feita muito antes e não levou em conta qualquer critério lógico – somente o critério do capital. Teixeira nunca olhou com bons olhos a ideia de uma sub-sede nortista, até porque para a CBF isto aqui é lixeira nacional. Enfim, uma derrota por razões políticas e sem qualquer motivação futebolística.
Caros comentáristas e caro Gerson, antes de mais nada parabens pelos comentários. Sou paraense moro há mais de 20 em Minas, visito blogs destas bandas e percebo um melhor nível nos comentários de vocês. Concordo com você Sylvio e gostei do que escreveu: “” Você não escreveu isso à toa conterrâneo, realmente o RESTO do Brasil pouco se importa com o Pará, sempre foi assim.
Mas, por outro lado, o que é pior, acho com todo respeito, que o paraense tem que parar com esse bairrismo, com esse ingênuo bater-no-peito-a-repetir-coisas como “NOSSO PARÁ”, “TENHO ORGULHO DE SER PARAENSE”… O mundo não ouve mais isso, amigos.
Além do que, sentimentos como esses cheiram uma baixa-estima que ajuda os inimigos a nós golpearem…
Às vezes, vendo pela TV os paraenses cantando, à plenos pulmões, nos jogos da seleção brasileira o refrão “Eu sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor…”, sentia algo de patético no ar. Desculpem a sinceridade, qualidade que apredi desde criança ai, na minha terra…
Belém tem que deixar de ser ingênua, injusta e bairrista. Seus “ricos”, mais humildes e seus pobres, mais altivos. Belém tem que assumir sua eterna pós-modernidade.