Ronaldo arrebenta na Vila Belmiro, cala os críticos e retoma seu verdadeiro lugar no futebol brasileiro atual.
Alguém tem dúvida de que ele é o cara?
Trocando em miúdos: alguém teria coragem de não convocá-lo para a Seleção, estando jogando desse jeito, apesar dos quilinhos a mais?
Pois é.
Há quem duvide, mas Dunga certamente já foi informado de que a 9 do escrete vai voltar ao antigo dono.
Talvez ainda nas eliminatórias sul-americanas.
Pela simples razão de que não há nenhum outro atacante jogando no nível de Ronaldo. Incrível, mas verdadeiro.
Ou alguém ainda fala em Keirrison? Ou Luís Fabiano? Ou Washington? Ou Vagner Love?
O filme é velho, só não lembra quem não quer.
Ronaldo cresce nas adversidades.
Joga mais quando é provocado, desafiado.
Mais ainda quando se sente menosprezado.
Transforma a raiva e a indignação em combustíveis para a produção em campo.
Este sempre foi o seu diferencial: crescer quando ninguém leva fé.
Por isso, vai contribuir tremendamente para a evolução de Ronaldo a manutenção do clima de desconfiança em relação ao seu jogo.
Quanto mais mordido, mais rápido ele voltará a ser o Ronaldo fenomenal.