
Um gol aos 26 minutos do 2º tempo, marcado por Diogo Oliveira, deu ao Paysandu a vitória no clássico 779, disputado no sábado à noite no estádio Jornalista Edgar Proença pela 13ª rodada da Série B. O PSC foi a 10 pontos e ficou na 18ª colocação na classificação. Com o resultado, o time de Claudinei Oliveira contabiliza a segunda vitória seguida e deixou a lanterna da competição. O Remo ocupa a 8ª posição, com 20 pontos.
Com o Mangueirão lotado, mais de 46 mil espectadores, o PSC foi superior em boa parte do jogo na primeira etapa. Mostrou mais intensidade e busca pelo gol, ao contrário do rival, que exagerou na lentidão e na troca de passes sem objetividade. Com forte bloqueio no meio-campo, o Papão neutralizou as tentativas azulinas, que custou a ameaçar no ataque.
Garcez deu a primeira investida na área, com uma finalização que assustou o goleiro Marcelo Rangel aos 7 minutos. Aos 13′, o mesmo Garcez cabeceou de cima para baixo e quase abriu o placar. Marcelo Rangel espalmou com a ponta dos dedos.
O primeiro ataque mais encaixado do Leão ocorreu aos 23′, quando Janderson fez boa jogada individual na direita, driblou Novillo, mas chutou por cima. Em seguida, Matheus Vargas bateu de fora da área no canto esquerdo do gol de Marcelo Rangel, que defendeu bem.
A grande chance do Leão no 1º tempo veio aos 35′. Pedro Rocha recebeu belo passe de Sávio dentro da grande área, mas chutou rasteiro e errou o alvo. A última oportunidade do Papão foi aos 44′: Garcez passou por Marcelinho e finalizou em cima de Marcelo Rangel. O goleiro defendeu parcialmente e a zaga afastou a bola.
O Remo tinha dificuldades para se impor ofensivamente porque as jogadas pelos lados, principal trunfo da equipe no campeonato, foram bem vigiadas pelo PSC. Marcelinho na direita e Sávio na esquerda tiveram muita dificuldade para avançar. Como o meio-campo estava entregue a três volantes – Luan Martins, Pedro Castro e Pavani -, o time ficava sem alternativa para se lançar à frente. Pedro Rocha e Adailton ficaram muito isolados.

O PSC, ao contrário, era mais organizado. Explorava um jogo mais vertical e saía rápido em ações com Marlon e Reverson. Rossi ajudava na armação e Garcez se tornou o homem da transição ofensiva, pressionando pelo lado esquerdo, com Diogo Oliveira mais centralizado.
O 2º tempo começou mais intenso, com o Remo posicionando-se no ataque. O volante Luan Martins recebeu de Janderson e testou para fora logo aos 2 minutos. Aos 6 e 7 minutos, o PSC se manteve no campo de ataque, obtendo dois escanteios seguidos.
Aos 12′, Pedro Rocha passou por Leandro Vilela e chutou colocado, assustando o goleiro Gabriel Mesquita. Janderson aproveitou uma brecha na marcação, mas o goleiro agarrou a finalização. Depois disso, começaram as substituições, desfigurando um pouco as formações em campo.
Aos 24′, o centroavante Diogo Oliveira entrou na área e foi travado na hora do chute pelo zagueiro Camutanga, que se lesionou no lance. Com menos um na zaga, o Remo não conseguiu conter o escanteio cobrado por Garcez. A bola foi desviada para o segundo pau e Diogo Oliveira saltou sem marcação, desviando de cabeça para o fundo do barbante.
A resposta remista surgiu três minutos depois. Felipe Vizeu mandou um chute colocado, mas a bola saiu pela linha de fundo. Aos 35′, dois lances agudos na área do PSC: Mateus Davó cabeceou para uma grande defesa de Gabriel. No rebote, Marrony também arriscou, mas o goleiro defendeu bem. Em lance confuso na área, os jogadores do Remo reclamaram de pênalti, mas o árbitro mandou o lance seguir, após revisão do VAR.
Aos 40′, ataque do Leão, com Davó cabeceando após disputa na pequena área. Nos acréscimos, o estreante Vinni Faria se livrou da marcação e disparou, mas a bola passou longe.
O clássico teve 38.154 pagantes. Com 7.390 gratuidades, o público total chegou a 45.554. A renda bruta foi de R$ 1.759.785,00. As despesas somaram R$ 621.018,69. A renda líquida ficou em R$ 1.138.766,31.
No Lado A (Remo), o público foi de 20.068 pagantes, com 3.702 gratuidades e total de 23.770. Renda de R$ 936.765,00 No Lado B (Paysandu), o público pagante foi de 18.086 – com 3.688 gratuidades, o público total foi de 21.744, com renda bruta de R$ 823.020,00 e líquida de R$ 608.942,17. Como mandante, o Remo arcou com todas as despesas do clássico.
Na 14ª rodada, o Remo visitará o Athletic no próximo domingo (29), em Juiz de Fora (MG), às 16h. O Paysandu recebe a Ferroviária (SP) na segunda-feira, dia 30, às 19h, no estádio da Curuzu.