Um Furacão na rota do Leão

POR GERSON NOGUEIRA

Com desfalques nas laterais – Marquinhos e Sávio –, o Remo tem neste sábado o maior desafio deste 1º turno da Série B: enfrentar o Atlético-PR dentro de seus domínios. É verdade que o rubro-negro paranaense vem frustrando sua torcida com uma colocação (12º lugar, 14 pontos) abaixo do esperado para o time que era o mais credenciado ao acesso.

Em 5º lugar, com 20 pontos, o Remo cumpre uma trajetória inversa. É uma das gratas surpresas do campeonato. Oriundo da Série C, faz uma campanha segura e posiciona-se no pelotão de cima da tabela.

Por isso mesmo passou a ser mais observado pelos adversários, que procuram mapear as principais virtudes da equipe. A participação ativa dos laterais na construção de lances ofensivos, que contribui para o desempenho do ataque, tem sido alvo de maior vigilância.

Contra Volta Redonda, CRB e Operário, o Remo teve sérias dificuldades para romper o bloqueio nos corredores laterais. Diante do Furacão, em Curitiba, os problemas se ampliam pela ausência de duas peças fundamentais, Marquinhos na direita e Sávio na esquerda.

Sem eles, o auxiliar técnico Flávio Garcia terá que apostar em Kadu (ou Pedro Costa) e Alan Rodriguez, jovens jogadores que não têm exibido o mesmo rendimento dos titulares. Para contrabalançar, o time terá o retorno de Caio Vinícius ao meio-de-campo. Titular e uma das referências da equipe, o volante estava ausente há duas rodadas.

A crise que envolve o Atlético não diminui o grau de dificuldades que o Remo terá pela frente. A pressão da torcida vai obrigar o Furacão a se lançar ao ataque. Sinal de perigo no caminho do Leão. (Foto: Samara Miranda/Ascom Remo)

Com gol salvador de Vilela, Papão quebra jejum

Um gol no apagar das luzes, aos 45 do 2º tempo, quando o desespero já batia na porta, deu ao Papão a primeira vitória na Série B 2025, quebrando um jejum de 11 partidas. O equilíbrio foi dominante na etapa inicial, quando o Botafogo incomodou em vários momentos, mas na segunda etapa a situação mudou e o PSC passou a pressionar de forma mais intensa na busca pelo gol.

O jogo começou com a torcida empurrando o time. Ronaldo Henrique deu um belo chute logo nos primeiros minutos, dando trabalho ao goleiro Victor Souza. Benítez recebeu cruzamento de Rossi, mas cabeceou mal. O Botafogo foi se organizando e, por volta dos 15 minutos, tomou o controle das ações e chegou a acuar o PSC em seu campo, cercando a área e obtendo escanteios seguidos.

Na etapa final, com mudanças de posicionamento e troca de jogadores, o time do PSC mudou para melhor. Passou a investir no ataque a partir das entradas de Dener, Diogo Oliveira, Garcez e Marcelinho.

Avançou suas linhas, arriscou mais, perseguiu o gol e a vitória finalmente veio pelos pés do volante Leandro Vilela, que recebeu bola limpa na área e mandou um tiro forte e rasteiro para espantar a má fase para longe.

Bola na Torre

Guilherme Guerreiro apresenta o programa, a partir das 23h, na RBATV, com participação de Giuseppe Tommaso e deste escriba de Baião. Em pauta, os resultados da 12ª rodada da Série B. A edição é de Lourdes Cezar e Lino Machado.

Mundial tem desafios para Palmeiras e Botafogo

Palmeiras e Botafogo abrem a participação brasileira no Mundial de Clubes neste domingo, 15, contra adversários de calibres diferentes. O time de Abel Ferreira encara o FC Porto, em Nova Jersey, cercado de expectativa positiva. É o grande clássico do Grupo A, que conta com a participação de Al-Ahly e Inter Miami, dois azarões.

Já o Alvinegro campeão da América e do Brasil joga às 23h contra o Seattle Sounders, da Major League Soccer, um franco-atirador dentro do Grupo B, que tem também o campeão europeu PSG e o Atlético de Madri. Por estar no “grupo da morte”, o Botafogo de Renato Paiva já estreia com a obrigação de vencer para brigar pela classificação.

A despedida de um fidalgo botafoguense

Ranulfo Vital, embaixador botafoguense no bairro do Umarizal, partiu para outro plano na última quinta-feira (12). Sua morte causou comoção entre desportistas e gente do samba. Tinha o talento especialíssimo de bem receber todos que iam acompanhar jogos e bater papo em seu bar-templo da Estrela Solitária, colado à sede do Quenzão.

Ao longo de mais de 30 anos, Ranulfo pontificou como o principal representante do Botafogo em Belém, com a fidalguia de quem tinha a alegria como credencial maior. Afortunadamente, viveu em 2024 a imensa alegria de ser anfitrião das festas pelos títulos históricos do Glorioso.

(Coluna publicada na edição do Bola de sábado/domingo, 14/15)

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