Naquela linha típica de revista sem compromisso, vamos a um rápido quem subiu/quem caiu ao cabo de mais uma temporada européia, que, no fim das contas, baliza a cotação no mercado da bola.
Quem caiu:
Felipão – Foi quem mais perdeu. Deixou o prestígio e as conquistas com a seleção portuguesa em troca de um gordo contrato com o Chelsea. Caiu do cavalo. Foi despachado após sete meses de uma campanha irregular, agravada pelo mau relacionamento com alguns “donos” do time, como Drogba, Ballack e Peter Cech. Ainda levou com ele, no rol de fracassos, o meia Deco, que era astro em Portugal e semi-estrela no Barça. Para piorar, seu substituto temporário, Guus Hindink, deu conta do recado e levou o Chelsea às semifinais da Liga dos Campeões.
Brasileiros – Dos times de ponta na Europa, somente Milan e Inter de Milão têm um brasileiro como grande destaque: Kaká, que está de partida para Madri, e o goleiro Júlio César. E é na Itália que está um símbolo negativo do futebol brazuca atual: Ronaldinho Gaúcho, que fechou a temporada no banco de reservas do Milan e longe da Seleção. A fase é tão braba que, provavelmente, pela primeira vez, a escolha do melhor jogador do mundo pela Fifa não terá um brasileiro entre os três finalistas – fato que só aconteceu quatro vezes desde que o prêmio foi criado: em 1991, 1992, 1995 e 2001. Os mais cotados, só para refrescar a memória, são Messi, Cristiano Ronaldo e Ibrahmovic.
Luís Aragonés – O experiente técnico espanhol entrou 2009 por cima da carne seca. Levou a Espanha ao título europeu após 44 anos de espera. Em seguida, fez aquilo que é prática entre técnicos de seleção campeã: abandonou o comando da equipe. Topou o desafio de dirigir o Fenerbahçe da Turquia. Aí veio o vexame: foi demitido no final da temporada depois que o clube amargou a quarta colocação do campeonato turco. Se arrependimento matasse…
Manchester City – O time dos irmãos Galagher, do Oasis, é o grande mico do ano. Aquirido por 200 milhões de euros por um sheik árabe, que prometeu investir tudo no clube, descobriu que dinheiro afinal não é tudo em futebol. Trouxe Robinho, outro fracasso da temporada, mas foi rejeitado por Kaká.
Cristiano Ronaldo – A temporada não foi propriamente um completo fiasco para o melhor jogador do mundo. Foi mal com a seleção portuguesa, mas ganhou o campeonato inglês com o Manchester United e ajudou o clube de sir Alex Ferguson a disputar nova final da Liga dos Campeões. O problema é que, justamente nesta decisão, acabou eclipsado pela estrela ascendente do argentino Messi, do campeão Barcelona. Desse duelo particular vai sair o melhor de 2009 na premiação da Fifa e, pelo que se vê, o portenho está na dianteira.
E nós que achávamos que apenas jogadores brasileiros derrubavam treinadores… o Felipão foi visivelmente boicotado no Chelsea.
Ah… ia me esquecendo. Como esse Cristiano Ronaldo é enganador não é Gerson? Embora seja veloz, tenha alguma habilidade e um chute forte, pra mim nunca ultrapassou a condição de bom jogador (às vezes é até muito bom). Agora, achá-lo um craque é ferir a honra de muitos jogadores que construiram a fama (justa) de craques e que atuavam pela mesma faixa do campo em que atua o marrento lusitano, como Garrincha, Tostão e muitos outros.