Um trecho da coluna que o craque cruzmaltino Elias Pinto publica, na edição do DIÁRIO desta terça-feira (26/05), sobre o eterno Zé Rodrix:
Na sexta-feira passada o amigo Duval ligou, para me “pautar”, brincou. Queria saber se eu não iria escrever sobre o Zé Rodrix, que, por um bom tempo, formou um trio com Sá & Guarabyra, sendo que estes seguiram (e seguem) adiante como dupla. De vez em quando, ao sabor dos reencontros, voltavam a recompor-se como trio musical.
A música mais conhecida de Zé Rodrix, “Casa no Campo” (em parceria com Tavito), virou, na voz de Elias Regina, uma espécie de hino dos ripongas brasileiros, dos bichos-grilos e de todo bacana que, cansado do sistema e da paranoia das grandes cidades, queria largar tudo e ir para a mata. Aliás, outra música que também convocava todos a liberar seu lado Jeca Tatu era uma do Hyldon: devíamos jogar as mãos para o Céu e agradecer a graça de ter alguém com quem dividir o teto de uma fazenda ou de uma casinha de sapê, enquanto a chuva caía lá fora.
“Casa no Campo” é de 1972, por ali. Na década seguinte, reencontrei Zé Rodrix, que também era produtor, jornalista e publicitário, agora como leitor de uma coluna sobre livros que ele assinava na Folha de S.Paulo, para minha surpresa, já que não o imaginava como crítico literário.