O MP-RJ chegou a comparar o CT Ninho do Urubu a unidades do Departamento Geral de Ações Educativas (Degase), centros de internação para menores infratores e entidades de acolhimento. Outro alvo de críticas é a falta de educadores, além de problemas com a estrutura física. Ao longo da ação, foram determinadas diversas vistorias no local, e houve concessão de prazo para que o Flamengo sanasse as irregularidades. Ao longo de 2017, o CT foi autuado 30 vezes.
O alojamento atingido pelo incêndio no Ninho do Urubu era uma espécie de puxadinho dentro de um centro de treinamento milionário, cujo investimento chegou a R$ 38 milhões em 2018. As instalações começaram a ser construídas em 2010, em módulos. O módulo 1, justamente o que pegou fogo, era formado por contêineres e fazia parte da área mais antiga do CT.
Todas as condolências às famílias dos jovens que morreram ou estão hospitalizadas, vítimas desse incêndio. Lamentável o fato de ver vidas ceifadas tão precocemente. Mas nenhuma condolência a um clube que alojava suas “jóias”, como costumam dizer jornalistas bajuladores, em contêineres, como se fossem bagulhos qualquer, e paga salários milionários a jogadores profissionais, alguns caminhando para a aposentadoria e outros de qualidade duvidosa.