O ex-presidente da associação uruguaia (AUF) e da Conmebol, Eugenio Figueredo, chegou a seu país nesta semana em prisão domiciliar após passar sete meses detido na Suíça acusado de corrupção. E em depoimento na última quinta-feira, o dirigente de 83 anos confirmou ter recebido propina quando membro da confederação sul-americana por causa da venda dos direitos de transmissão da Copa América.
E isso deve estar tirando o sono de outros membros da Conmebol.
Segundo o promotor no combate ao crime organizado do Uruguai, Juan Gómez, “são varios o que estão sendo investigados. Tem muita gente muito nervosa. Eu não posso fazer comentários porque temos uma estratégia já empregada”.
Figueredo, que já retornou à prisão após sentir dores no peito no Natal, admitiu na Justiça que tirava mensalmente US$ 40 mil da Conmebol sem que esse dinheiro fosse registrado nos balanços da entidade. Além disso, recebia US$ 50 mil mensais por parte das empresas que possuíam os direitos de transmissão de torneios continentais – no caso, a Torneos y Competencias, a TyC Sports.
O uruguaio afirmou que tal propina era paga havia muitas décadas. As investigações da Justiça dos Estados Unidos, que deflagrou o Fifagate, apontam que além dos membros da Conmebol e da Fifa os presidentes das federações nacionais da América do Sul receberam propina sistematicamente. Eugenio Figueredo também explicou detalhadamente como lavava o dinheiro para chegar a suas contas no Uruguai e disse que a empresa Weiss Sztryk Weiss o ajudava. (Da ESPN)