Por Elias Ribeiro Pinto
Dez anos atrás, a eleita foi “Flor do Grão-Pará”, de Chico Sena. E para você, que canção é a cara de Belém?
1 Em edição especial comemorativa de seu décimo aniversário, a revista “Carioquice” pediu que cem personalidades cariocas – nascidas no Rio de Janeiro ou vindas de fora, cariocas de adoção – elegessem a canção que melhor representa a cidade.
2 No fim de uma disputa acirradíssima, deu empate entre “Cidade maravilhosa”, de André Filho, marchinha de carnaval alçada à condição de hino oficial da cidade, e “Samba do avião”, de Tom Jobim. Estiveram perto das mais indicadas “Valsa de uma cidade”, de Antônio Maria e Ismael Neto – aquela do “Rio de Janeiro, gosto de você, gosto de quem gosta, deste céu, deste mar, desta gente feliz” –, e a célebre “Garota de Ipanema”, a mais citada por cariocas que vieram do exterior, especialmente os franceses.
3 Figuram ainda entre as mais votadas canções como “Corcovado”, de Tom Jobim; “Ela é carioca”, de Tom e Vinicius; “Rio antigo”, de Chico Anysio e Nonato Buzar; “Tempo de estio”, de Marcelo Costa Santos; “Cariocas”, de Adriana Calcanhoto; “Sábado em Copacabana”, de Dorival Caymmi e Carlos Guinle; “Samba de verão”, de Marcos e Paulo Sérgio Valle; “Foi um rio que passou na minha vida”, de Paulinho da Viola; “Copacabana”, de Braguinha e Alberto Ribeiro; e “Rio 40 graus”, de Fernanda Abreu, Fausto Fawcett e Carlos Laufer.
4 A eleição da música mais representativa do Rio, de sua carioquice, me fez lembrar que há exatos dez anos, em 2004 (uau, como o tempo voa, e passa voando desde as asas da Panair), pedi aos leitores desta coluna que votassem na canção que seria a cara de Belém.
5 Depois de apurados os votos, o primeiro lugar, disparado na frente, foi para “Flor do Grão-Pará”, de Chico Sena. Teve 13 votos. Em segundo, com quatro votos, ficou “Bom-dia Belém”, de Edyr Proença e Adalcinda Camarão. Empatadas com dois votos, as canções “Belém-Pará-Brasil”, de Edmar Rocha, ex-Mosaico de Ravena, e “Chegada”, de José Maria de Vilar Ferreira. “Dança das águas”, de Antonio Carlos Maranhão, ganhou um voto.
6 Os votos, à época, foram computados pela Central Pinto de Apuração, com assistência técnica da Proconsult. Se algum voto escapou, foi durante o reabastecimento obrigatório do apurador.
7 Segue a letra da canção indicada como a cara de Belém. “Rosa flor vê quanta mangueira/ E o cheira-cheira do tacacá/ Meu amor ata a baladeira/ Embalança a beira do rio mar.// Belém, Belém, acordou a feira/ Que é bem na beira do Guajará./ Belém, Belém menina morena/ Vem Ver-o-Peso/ Do meu cantar/ Belém, Belém és minha bandeira/ És a flor que cheira no Grão-Pará.// Belém, Belém do Paranatinga/ do Bar do Parque, do bafafá/ Bem-te-vi/ Sabiá, Palmeira/ Não, não baladeira/ Deixa voar./ Belém, Belém, menina morena…”.
8 E aí, prezado leitor, dez anos depois você confirmaria seu voto na canção de Chico Sena ou mudaria de disco?
Melodia gostosa e letra espetacular, eu não mudaria.
Mas me agrada aquela música critica do Mosaico de Ravena, ficaria como vice.
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Não mudo meu voto, só de escutar esta musica do me emociono, chego as vezes até as lágrima de tanta saudade da terrinha.
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1ª. “Sabor açai” – Nilson Chaves
2ª. “Belém Pará Brasil” – Mosaico de Ravena
3ª. “Flor do Grão Pará” – Chico Sena
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Perfeita a escolha, mas na minha opinião o primeiro lugar deveria ser dividido com “Bom-Dia Belém”.
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Eu também gosto muito de “Bom Dia, Belém”, de mestre Edyr Proença, mas “Flor do Grão Pará” é sensacional.
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A música do Chico é sensacional, mas a do Edir é emocionante ao ouvi-la, lagrimo! Em terceiro Sabor Açai.
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Belém-Pará-Brasil pra mim é imbatível. Nosso eterno hino extra-oficial. Tem o meu voto eterno.
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Difícil essa Gerson, muito difícil, em um país que se chama Pará com tamanha diversidade cultural, com tantos traços culturais e essa extensão musical inalcançável a qualquer outro lugar, mas tratamos aqui de Belém, da cidade morena, tanto Chico Sena como Adalcinda Camarão e Edyr Proença foram geniais ao retratar o sentimento que impulsiona o pulsar do coração do belenense pela morena dos olhos e a saudade sufocante que asfixia qualquer filho desta rica e amada terra quando longe dela está.
“Belém minha terra, minha casa, meu chão
Meu sol de janeiro a janeiro a suar
Me beija, me abraça que quero matar
A doída saudade que quer me acabar”
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“Belém, Belém acordou a feira
Que é bem na beira do Guajará
Belém, Belém, menina morena
Vem ver-o-peso do meu cantar
Belém, Belém és minha bandeira
És a flor que cheira do Grão Pará”
Acredito que quem mora em Belém votaria na célebre obra de Chico Sena e aqueles que estão longe votariam na saudosa composição de Adalcinda Camarão e Edyr Proença.
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No RJ, ta complicado.
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A música do Chico é uma poesia
A do mosaico é uma critica.
E a música do chico caiu bem em todas as vozes que foi cantada.
Na do finado Walter Bandeira, uma das minhas preferidas.
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Sabor Açai, num julgamento totalmente desprovido de qualquer critério técnico, é a que merece meu voto.
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Sabor Açai, leva meu voto, o qual é elaborado sem qualquer critério técnico.
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Eu continuo apontando Flor-do-Grão Pará como um hino a cidade. Como disse Edson, é bonita na voz de qualquer pessoa e, acrescento, que sempre emociona os paraenses.
Depois dessa, penso que apenas Bom dia Belém para retratar tão bem nossa tão maltratada cidade morena.
Por sinal, o jornaleco dos tucanos, já trabalha com Zenaldo para governador, pelo amor de Deus, administração tão ruim quanto do Dudu. Realmente eles não gostam de Belém. Sobre Zenaldo no governo do estado só digo: “afasta de mim este cálice Pai”.
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