Foco de campeão

O sérvio Novak Djokovic bateu o espanhol Rafael Nadal na final do Aberto da Austrália, domingo, na partida mais longa  da história de uma decisão de torneio de Grand Slam, por 3 a 2 (5/7;6/4;6/2;6/7 e 7/5): 5 horas e 53 minutos de trocas de golpes de todo tipo, em exuberante demonstração de excelência técnica dos dois duelistas. Um jogaço como há tempos não tinha chance de ver no tênis de primeira linha. Costumava sentir saudades de confrontos fantásticos envolvendo os craques Ivan Lendl, Pete Sampras e John McEnroe, mas Djokovic e Nadal superaram todas as minhas expectativas. O tipo da decisão que acaba sem ter, na verdade, um único vencedor. Djokovic ganhou, mas desconfio que nós, telespectadores, fomos os verdadeiros ganhadores.

7 comentários em “Foco de campeão

  1. Gerson,

    Assisti a essa contenda. Simplesmente sensacional. Enquanto Nadal é a pura ousadia, o que dá às suas jogadas o caráter de imprevisibilidade e visceralidade, Djokovic detém de forma precisa os fundamentos do tênis de alta estirpe, o que lhe dá um apuro técnico impressionante, além de um preparo físico e de uma frieza na conclusão de jogadas invejáveis. Partidaço!

  2. Amigo Gerson,

    Eu que também sou um fã e praticante do tênis, concordo plenamente com você. Acordei as 05h da manhã, em plena domingueira, para ver a peleja e não me arrependi.

    Sem dúvida alguma, os grandes vencedores do dia foram o público presente na Rod Laver Arena e os milhões de telespectadores mundo afora, que tiveram o privilégio de assistir a uma partida de altíssimo nível técnico, golpes de rara precisão, belos rallys e sobretudo, uma gigantesca (ênfase no gigantesca) dedicação e garra de ambos os tenistas. Novak Djokovic e Rafael Nadal reescreveram ao vivo e em cores, para o mundo inteiro ver, o significado da expressão: “Agora é botar o coração em quadra”.

    Depois de mais de 05h de contenda, uma frase do comentarista e treinador Paulo Cleto me marcou muito: “O mais cruel de tudo isso, é que um deles vai perder”. Mas, acho que ao final do dia, ambos saíram vencedores.

    Abraço,
    Israel

  3. Grande jogo… quase 6 horas de raquete e qualidade… (Rapaz se fosse o povo do futebol estavam caindo com cãibras (?)) Uma pena o Federer ter perdido (gosto mais do jogo do Suiço)… Mas foi um jogaço!

  4. Épico, vibrante e histórico. Este confronto de ontem entra pra história nao só pela cronologia mas também pela qualidade de dois dos melhores tenistas da era pós Sampras/Agassi. Me cansei de ver, imaginem eles de jogar.

    1. Foi um jogão, amigo Maciel. E a foto que postei mostra com clareza o estado de concentração absoluta de Djokovic no jogo. É de impressionar.

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