Tribuna do torcedor (34)

Joao Carlos de La-Rocque Salgado (jclarocque@ig.com.br)

Boa noite, Gerson, primeiramente gostaria de parabenizá-lo pelo grande profissional que demonstra ser e pelos comentários imparciais e equilibrados que faz (todos os dias leio sua coluna no Bola). Porém, o que me traz aqui é para fazer um pequeno relato de certa indignação e também para lhe fazer uma pergunta. Todos os domingos eu me reúno com minha família na casa de meu sogro, na Cidade Nova, e todos nós somos torcedores apaixonados. Eu sou bicolor de coração e meu sogro e meu cunhado remistas. Vemos os jogos juntos, vamos aos estádios (cada um no seu), tenho amigos que torcem para o rival, tudo na maior confraternização e respeito. Só que no dia de hoje (domingo, 15/08) estávamos em frente da casa quando dois vagabundos em uma moto, com a camisa da dita organizada Terror Bicolor, passaram e sem nenhuma explicação jogaram uma garrafa de cerveja na direção de meu cunhado, que estava com a camisa do time que torce. A sorte é que a mesma se espatifou no muro. Veja bem: não era no estádio que estávamos. Era na frente da casa de meu sogro. A pergunta que lhe faço, Gerson, é: você, pela sua vivênca no futebol, acha que algum dia alguma lei vai moralizar realmente nosso futebol e extinguir de uma vez por todas esses bandos ditos “organizados” que até longe dos estádios atormentam nossas vidas? Desde já, eu lhe agradeço por disponibilizar seu e-mail para nós torcedores. (João Carlos 26 anos, torcedor apaixonado e  consciente do Paissandu Sport Clube).

14 comentários em “Tribuna do torcedor (34)

  1. João, torcedores somos nós. Esses caras são verdadeiros bandidos.
    São pessoas despreparadas que “incendiados” por substâncias alucinógenas perpetram os mais diversos tipos de delitos contra pessoas de bem.
    Culpados também são aqueles que em côro entoam cantos de guerra. Como também são responsáveis jogadores que se direcionam ao espaço que eles ocupam no estádio para reverenciar-lhes.
    Nós somos torcedores. Esses caras são bandidos crminosos.

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  2. Até parece que os bandidos da remocinha são diferentes! Mataram aquele menino de 11 anos, torcedor do Paysandu, lembram?

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  3. Respondendo ao infeliz comentario do Paulo Cruz, acho que ele nao frequenta jogos nem do seu time, pois tanto a Terror como a pequena Remoçada são só bandidos.

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  4. O problema das torcidas é tanto maior quanto menor o nível de interação social. O mundo respira futebol, com raras exceções, mas o comportamento dos torcedores é irracional. Não se pode mais ir à rua com uma camisa que lembre um ou outro time quando eles estão jogando. O registro de mortes de vítimas que vestiam camisas que lembravam o rival e grande. Eu tenho convivido com os torcedores ditos apaixonados que nada mais são do que fanáticos à procura de uma causa para extravassar sua fúria e quando tento dizer-lhes que aquilo é apenas mais uma partida de futebol mas reação é imediata, irada com juras de morte e sangue pelo clube que torcem. Os sociologos que militiam na educação, os meios de comunicação que exploram o fanatismo das torcidas deveriam iniciar imediatamente uma reeducação esportiva para que, nas crianças, seja resgatado o sentido de torcer por um clube sem ja necessidade de exterminar os que lhe são contrários. A escola deve ser o berço dessa ação sob pena dessas milicias dominarem os setores da sociedade porque podem e conseguem eleger vereadores, deputados que em troca lhes dão apoio e incentivo financeiro sem nenhuma preocupação quanto ao combate a forma violenta e marginal de manifestarem, esses eleitores/torcedores, suas sanhas. Estamos em ano eleitoral e são muitos os ex-jogadores e atuais craques dos dois maiores times e este é o momento de se cobrar dos futuros legisladores se eleitos uma atitude mais séria com os seus eleitores marginais.

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    1. Concordo em grau e numero e os legisladores além de criarem leis mais severas deveriam fiscalizar perante a execução das mesmas, porque só no papel não basta uma ves que no Brasil muitas coisas só acontece na teoria e não executada na pratica facilitando a conduta destas pessoas que se infiltram dentro das torcidas dinigrindo a imagem das mesmas.

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