Coluna: Sete gols e muitos erros

Um jogo de sete gols é sempre interessante de ver. Apesar do campo ruim, Independente e Remo se enfrentaram em pé de igualdade, sábado, em Tucuruí, e conseguiram balançar as redes sempre que as chances apareceram. O equilíbrio imperou desde os primeiros movimentos e só foi quebrado (por alguns minutos) no segundo tempo, quando o Remo esboçou uma goleada que terminou não acontecendo.
O resultado final apertado foi um bom retrato do campeonato. Os emergentes vêm criando grandes dificuldades para a dupla Re-Pa – com exceção daquela goleada remista (6 a 0) sobre o Ananindeua na primeira rodada. Longe de ser uma boa notícia, a disputa acirrada denuncia nivelamento por baixo, com equipes igualadas pela pouca inspiração, falhas grosseiras e nenhuma ousadia tática.
A rigor, além do Remo, que conseguiu disparar na liderança da primeira fase e parece apenas mais determinado que os demais, a competição não teve nenhum outro destaque até aqui. Como é cedo ainda, resta aguardar que as coisas melhorem com a chegada dos reforços do Águia, o renascimento do São Raimundo e a esperada evolução do Paissandu. 
Em Tucuruí, o jogo ganhou em disposição no segundo tempo, quando os dois times partiram em busca da vitória. Mais açodado, empurrado pela torcida, o Independente exagerou na dose e sofreu três gols em 13 minutos, dois deles em contra-ataques fulminantes conduzidos e finalizados por Héliton, melhor figura em campo.
A inesperada (para o próprio Remo) goleada mudou por completo as expectativas em campo. Diante do prejuízo, o Independente foi à frente para descontar de qualquer jeito e o time de Sinomar caiu na velha armadilha do relaxamento, passando a tocar bola como se a fatura estivesse liquidada. Não estava. Pressionada, em pouco mais de cinco minutos a defesa permitiu dois gols bobos e esteve a pique de ceder o empate.
Apesar do susto final e dos problemas na zaga, completamente zonza na partida, o Remo reafirmou a boa produção ofensiva e contabilizou a passagem antecipada às semifinais.
 
 
Samuel Cândido reclamou de um pênalti sobre Ró e da complacência da arbitragem com o azulino Raul. A primeira queixa é injusta, pois não houve falta. A segunda, porém, tem total fundamento: Andrei da Silva e Silva deveria ter aplicado o segundo cartão, expulsando o zagueiro.
 
 
A cada vez que o presidente do Remo associa as pendências trabalhistas do clube à urgência da venda do estádio Evandro Almeida, reforço minhas convicções de que existem outros caminhos para sair do atoleiro. Basta pensar e buscar alternativas – dirigentes são eleitos justamente com essa finalidade. Não creio que a Justiça do Trabalho desconsidere a possibilidade de um grande acordo em torno da dívida, a exemplo do que outros grandes clubes brasileiros já celebraram com sucesso.

(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta segunda-feira, 15)

7 comentários em “Coluna: Sete gols e muitos erros

  1. Gerson, nem sempre cabe advertencia qndo por ocasiao de falta dentro da area penal…por isso o Andrey agiu corretamente em nao aplicar o que seria a expulsao do Raul…e ninguem comentou nem sei se assistiram, vc deve ter visto, que sabado no Maraca, o arbitro no segundo tempo informou acrescer 2 minutos e qndo o jogo chegou aos 45 e 28 segundos ele terminou a partida..rsrsr… ao lado, Professor Carlinhos nao entendeu nada e eu disse : regra 18, nos tiros livres quem perder é que fica marcado..o Alan foi e bateu no travessao….rsrsrs

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  2. O Andrey é mais um árbitro tecnicamente muito bom( os outros mais recentes foram o Domingão e o Kleber Ribas) que corre o risco de abortar uma carreira promissora por querer agradar cartolas dos dois grandes. Será que ele esqueceu o fato mais positivo de sua carreira, naquele célebre PaissanduxCametá? Uma pena.

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  3. O Independente Tucuruí, perdeu o jôgo, por falta de humildade, em não reconhecer que é time pequeno,
    Time pequeno, joga marcando em cima o cérebro do time adversário, não dando lhe espaços nem tempo para pensar; ao tentar jogar de igual para igual com o clube do remo, que é supeiror, rewcebeu o castigo na hora pór deixar solto o Gian.
    Só isso.
    Time qualquer neste Parazão, que quiser ganhar do remo, terá de marcar, o Gian e o Vélber, os demais são medianos, apenas.

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  4. Caro Silas, jamais o Independente conseguiria jogar como time pequeno se quem jogou cauteloso foi o Remo que atuando defensivamente, como time pequeno, soube explorar os contra ataques. Que Jean soube tirar proveito disso aí eu concordo.

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