Por Cosme Rímoli
Robinho. Antes mesmo de se profissionalizar, Pelé o apontava como grande jogador.
E era mesmo.
Os dribles, desconcertantes no futebol de salão. As pernas finas assustaram Leão. Sem o ver jogar, o treinador ironizou aquele junior mirrado. Mas, depois, não teve como não se render a ele.
Quem o colocou primeiro como profissional foi Celso Roth, justiça seja feita.
As oito pedaladas que desmoralizaram Rogério, consagraram de vez Robinho. Logo virou jogador de 50 milhões de dólares. O vexame no pré-olímpico do Paraguai. Seu maior feito na competição foi tirar o calção de Diego em uma fotografia histórica. Retratou a bagunça, a falta de concentração do selecionado de Ricardo Gomes.
Teve a mãe sequestrada. Zarpou para o Real Madrid.
Dizia que estava indo para se transformar no melhor do mundo. A partir daí, algo desinteressante aconteceu. Desinteressante é o termo. Robinho se tornou desinteressante. Não é um líder onde passa. Costuma pensar apenas em si.
Inúmeros atacantes importantes não gostam de jogar com ele. Robinho prefere a tentativa de um drible a mais do que passar para um companheiro livre. Quanto mais fraco o adversário, mais firula ele faz. Contra times ou seleções fortes, costuma se intimidar, ser previsível.
Mas, nos noites de folgas da Seleção Brasileira, Robinho puxa a fila para as baladas. Sempre foi assim.
A troca do Real Madrid pelo Manchester City foi tão confusa e cheia de ressentimento que Vagner Ribeiro foi destituído. E o empresário Vagner Ribeiro é conhecido por dar nó em pingo de água. Se engana quem pensa que Robinho foi para o City enganado. Por uma vilania de Ribeiro. Pelo contrário, o empresário queria que ele recebesse menos, mas fosse ao Chelsea.
Por causa dessa transação o conceituado jornal francês L’Equipe rotulou Robinho. De o jogador mais mercenário do mundo. Um título que ninguém gostaria de ter.
Mas, Robinho não se preocupa. Sabe que é homem de confiança de Dunga. E vai continuar ganhando seis milhões de euros por ano, cerca de R$ 15,7 milhões. Fora prêmios. Não será matéria de nenhum jornal ou blog que incomodará um talento que perdeu a inocência. Robinho não é espontâneo nem quando dá bom dia.
Por trás do sorriso de menino existe um ego gigantesco. Afasta companheiros de time. Mas ele não perde o sono por isso. O que importa para ele são os salários astronômicos que recebe.
E… os bilhões de espelhos espalhados pelo mundo…
Nada a ver com o assunto do post, apenas uma curiosidade:
Vocês sabiam que precisamente às 12 horas, 34 minutos e 56 segundos do dia 7 de Agosto deste ano de 2009, hora e data estiveram alinhadas exatamente assim: 12:34:56 7/ 8/ 9, ou seja:
1 2 3 4 5 6 7 8 9. Isto nunca mais vai acontecer nos próximos mil anos!
Falta do que fazer?… Possivelmente!… Rs.
Interessante sérgio. É só daqui a mil anos mesmo que iso se repetirá? Interessantíssimo!
Ser MERCENÁRIO é uma questão pessoal.
É tão PECAMINOSO, quanto ao LEVIANO.
Tem gente que não tem VOCAÇÃO para ser SÃO COSME e muito menos para ser SÃO DAMIÃO.
Pô, obrigado Sérgio. Agora posso morrer feliz ao saber dessa informação. Como vivi até hoje sem saber isso, meu Deus? O quanto o mundo será diferente a partir de agora… Portanto, amigos, renovai-vos que a obra do senhor está por vir!
Interessante este post do Cosme. Eu já tinha percebido que as expressões do Robinho, mesmo qdo sorria, já não transmitiam a realidade dos seus sentimentos. Deve está magoado por ver seu sonho de ser bola de ouro ficando cada vez mais dificil.
Gérson, vou fazer como o Sérgio e sair da pauta (até por que não tenho mais saco para falar do Robinho) e levantar uma questão a você, ilustre botafoguense e com um pé na esquerda: Que encantos o Botafogo causa às esquerdas? Isso me persegue desde as priscas eras dos anos 80 quando fazia universidade e militava no movimento estudantil. Nessa época, quando fui convertido ao PT, era obirgação para ser de esquerda, “dar um tapa na beata” na Beira do Rio, frequentar a “Escola da Brahma” no saudoso Édson e torcer pelo Botafogo. Eu só ia para a Beira do Rio para namorar, só tomava vinho e ainda torcia pelo Flamengão (não podia admitir em público que torcia pelo trocolor do Morumbi sob pena de entrar no index da contra-revolução) e por isso era acusado de reformista, de proto-pelego (essa era da lavra dos trotsquistas) e recuado. A questão do Mengão soava-me mais grave, pois sendo o Fla um time de massa, deveria ser obrigatoriamente o preferido das esquerdas. Com o tempo fui percebendo que havia por trás disso uma conspiração comunista que vinha desde os anos 60 que, em conchavo com os trabalhistas, amarravam à classe média e a esquerda festiva ao Fogão. No próprio PT, meus companheiros botafoguenses e chorões eram originários das correntes comunistas. Por isso, Gérsón, você como um decano da “Estrela Solitária” e ex-membro do Comitê Central do PCB em Bagre, revele: É verdade que o Birô do Partidão obrigava os camaradas a torcer pelo Fogão? Será que a Estrela tinha a ver alguma coisa com isso ou era a eterna sina do sonho de um dia chegar ao poder… Rs.
O CA filosofou e não disse nada, ser Botafoguense é ter o orgulho de ter torcido pelo maior jogador que o Brasil já viu jogar. O PT nosso de cada dia,do lulala morreu!
Voltando! Ia esquecendo o Robinho, cara! O Robinho no nosso campinho lá da 14, não pegaria na bola, pois na primeira graça, iria ficar lá fora tirando as ferpas das estacas que delimitavam o campo. O Robinho e o Gaucho deveriam ser atores (palhaços) de circo, nisso eles são bons.
Não entendo porque o casca-grossa Dunga convoca Robinho. Foi a maior promessa furada do futebol brasileiro. Individualista, cheios de firulas, isso pra não o comparar com as atitudes do nosso parente mais próximo do reino. Pagodeiro (aliás, o ritmo preferido da maioria da categoria), sujeito de origem pobre, também como a maioria, que quando alcança dinheiro e fama, torna-se alvo de polêmicas e escândalos extra-campo (lêia-se também o meu xará Adriano); foi até preso na Inglaterra acusado de espancamento (o comportamente é pertinente). Pra mim, é escória do futebol brasileiro; não sei até quando os europeus o aguentarão por lá. E quando voltar pra cá, acreditem, ainda vai ser bajulado, terá tratamento vip.. Que vergonha. Coisas como essa que o futebol brasileiro produz…
Gérson, perdoe o engano. Confundi Bagre com Baião. Agora estou redimido com o saudoso Comitê Central do PCB de Baião, espero! A questão ainda está de pé. Otávio, respeito sua opinião quanto ao PT, mas devagar, rapaz! Sem ódio no coração. O verdadeiro botafoguense pode ser até chorão, mas é um pefeito “homem cordial”. Rs.