No dia 4 de agosto de 1964, os Estados Unidos começaram a bombardear o Vietnã do Norte. A Guerra do Vietnã, perdida pela superpotência, terminou 11 anos depois, com 2 milhões de vietnamitas e 58 mil americanos mortos. Era uma noite sem lua sobre o Golfo de Tonkin. Os contratorpedeiros Maddox e Turner Joy cruzavam as águas na costa do Vietnã do Norte. Os navios de guerra norte-americanos estavam em missão de patrulha. Dois dias antes, em 2 de agosto de 1964, o Maddox fora atacado por torpedos e outras armas. Era uma resposta de Hanói ao bombardeio de sua ilha Hon Me pelo Vietnã do Sul, ocorrido na véspera. A história do Davi vietnamita e o Golias norte-americano tomou na noite de 4 de agosto de 1964 o rumo da catástrofe. E Tio Sam decidiu partir para a confrontação.
No fim de tudo, 11 anos depois, o balanço de mortos era de 2 milhões de vietnamitas e 58 mil soldados norte-americanos. Ante a derrota política dos Estados Unidos, o ex-secretário de Defesa McNamara capitulou. “Nós nos equivocamos. Eu me equivoquei. O que nós fizemos, de acordo com a nossa tradição e nossos valores, foi para que as novas gerações não cometessem os mesmos erros. Mas nós nos equivocamos”, admitiu.
E o pior é que não aprenderam a lição. Bush Jr. que o diga…
O Vietnã é uma espinha dolorosa na garganta dos ianques. Acho que mesmo depois que passarem-se séculos eles ainda estarão criando personagens tipo Rambos e Bradocks, absolutamente heróicos e destemidos. Mas, vamos combinar, os americanos adoram levar um personagem pra cama… Enquanto na vida real, como eles mesmos diriam: There’s another five hundreds.
E o que é pior, meus caros, e que os vietnamitas haviam expulsado os franceses nos anos 50 e os japoneses durante a ocupação da Indochina na 2ª Guerra Mundial e mesmo assim os americanos insistiram em em invadir os pequeno país do sudeste asiático.
Talvez por ironia do destino, nem China e União Soviética, grandes potências do bloco socialista, mas as maiores derrotas americanas na política interncaional dos anos da Guerra-Fria foram para países minúsculos, como a Coréia, Cuba e Vietnã…
Vale lembrar que o Vietnã recebeu sozinho, entre os anos 60 e 70, mais bombardeios que todos aqueles efetivados durante a 2ª Guerra Mundial. E a história se repete agora com o Iraque: mais um fracasso americano na política internacional.
Concordo com o Daniel. É muito interessante notar que a despeito de toda tecnologia armamentista à sua disposição, os americanos sempre sofreram derrotas acachapantes quando se deparam com as chamadas guerras de guerrilhas.
Sérgio,
Não conseguiram achar o Osama até hoje, apesar de toda a tecnologia de guerra disponível. Aliás, o Michael Moore põe em dúvida a tal busca pelo Osama. Vindo de Bush e os fanáticos direitistas de seu governo, tudo era possível, inclusive mentir sobre os tais arsenais de guerra do Saddam para invadir o Iraque.
“A soberba é ante-sala da derrota” como disse o Gerson citando o técnico de futebol da seleção de Baião. Pacho Vila, um bandoleiro mexicano também derrotou o poderoso exército ianque e antes dele o Cacique Touro Sentado ao comando de uma confederação de indios deu uma surra no glorioso general Kuster na famosa batalha de Litle box.
É vero, Gerson. O Michael Moore, por sempre colocar o dedo na ferida, tem se tornado uma espécie de maldito. Anteriormente, especialmente pelos fãs do Bush, mas ultimamente ele está fazendo desafetos em vários segmentos, o que mostra muito bem o quanto os ianques são uns babacas arrogantes e bregas. Mas pior mesmo é ver aqueles palhaços do “Manhattan Connection” criticarem-no.
Sérgio,
Aquela patota é muito pedante… Quando havia o Francis, ainda dava um desconto, porque o cara carregava na própria caricatura, mas agora não há ninguém com o mesmo cacife.
O Povo Vietnamita segue uma luta diferente hoje, tem tido um crescimento sustentavel muito bom e os investimentos na educacao estao sempre em primeiro lugar.
O turismo aumenta a cada ano, mesmo vivendo ainda o tormento das malditas bombas inativas.
o Mito de Pais invencivel acabou ! os Americanos seguem sua rotina de arriarem as calcas onde quer ,que se metam.
Enquanto houver os superpoderosos, o caminho sempre será a guerra.
“A guerra me causa e faz mal, a morte glóriosa dos combatentes é uma estúpidez monumental. Só os que nunca deram um tiro ou nunca ouviram os gemidos dos agonizantes, na noite de uma batalha podem reclamar vingança e sangue. A guerra é um inferno”.