Animal vem ou não vem?

O presidente do Papão, Luiz Omar Pinheiro, esteve no Rio de Janeiro na última quarta-feira (1), e conseguiu entrar em contato com o Animal, fazendo uma proposta para o jogador vir defender o Paissandu na Série C. E para aqueles que dizem que tudo não passa de factóide, o ex-atleta do Vasco (RJ) teria aceitado conversar pessoalmente com o cartola alviceleste, que saiu animado do encontro. 

Luiz Omar expôs seu projeto ao jogador, que tem 38 anos e atualmente disputa apenas partidas de showbol, além de curtir a frenética noite carioca. O dirigente explicou que pretende executar um amplo plano de marketing que será benéfico para o clube e para o jogador. Além disso, disse ter o apoio da Futebol Brasil Associados (FBA) para fechar o negócio. 

“Nós deixamos uma proposta com o Animal e estamos muito esperançosos que ele aceite e venha para o Paissandu. O que eu deixei bem claro é que não queremos que ele venha aqui só pra ser campeão, mas também para um projeto de marketing que seria bom para ambas as partes”, disse Pinheiro. Edmundo ficou de responder até segunda-feira, 6.

Pontos positivos de uma hipotética vinda do Animal:

1) Alavancar o nome do Paissandu na mídia nacional.

2) Reforçar, em termos, o time na reta final da Série C.

3) Atrair grandes rendas para os jogos do Papão e nas vendas de camisas do clube.

4) Permitir que grandes anunciantes se interessem em patrocinar o Paissandu.

5) Levantar a bola do Pará no cenário nacional depois da perda na disputa pelas sub-sedes da Copa 2010.

Pontos negativos de uma hipotética vinda do Animal:

1) Salário hiperinflacionado (cerca de R$ 300 mil) para as raquíticas finanças do futebol local. 

2) Reforço técnico questionável, visto que o Animal está fora de forma e já não é nenhum filhote. Portanto, vai levar umas três semanas para adquirir condições de jogo.  

3) A conhecida aversão de Edmundo a cidades que ficam muito distantes das praias e da noite carioca.

4) As mordomias que o clube terá que conceder ao Animal, como fez o Figueirense há três anos. Hotel cinco estrelas e nenhuma obrigatoriedade de participar dos treinos normais a que os demais atletas são submetidos.

5) O trânsito de Belém, já tão caótico, pode levar o Animal a aumentar sua famigerada marca de destruição ao volante de automóveis.

(Com informações do Bola e da Rádio Clube)

7 comentários em “Animal vem ou não vem?

  1. Gerson, nos pontos negativos, faltou o seguinte:
    6- Como o Luiz “Radinho de Pilha” Omar vai convencer os jogadores em relação ao não pagamento da premiação?
    Cláudio Santos – Técnico do Columbia de Val de Cans.

    1. Este é um dos maiores problemas dentro de um elenco com salários desiguais e responsabilidades iguais, meu caro Cláudio. Como técnico, você sabe bem disso. É outro desafio que a atual diretoria terá que enfrentar, caso o delirante projeto Animal se concretize.

  2. Gerson, a que ponto chegamos, antigamente o Paysandu pensava, e trazia: Dario, Chico Spina, Cabinho, Dadinho, todos ainda em atividade e jogando muita bola.

    E hoje? O que se vê é o presidente fazendo “mágica” pra tentar trazer um jogador cheio de complicações que com certeza não irá resolver os problemas de gols que o time enfrenta. Espero que não dê certo sua contratação, pois chega de iludir a torcida com jogadores que não jogam nada e depois ainda entram com ação na justiça contra o clube.

  3. Outro ponto negativo: o Edmundo é hoje claramente um ex-jogador. Presidente, por favor, caia na real, não aguento mais essas palhaçadas! Esse negócio de trazer renda e tudo mais ainda não é para esse momento. A ordem agora é pés no chão para levantar a bandeira bicolor.

  4. Sou radicalmente contra a vinda de tais jogadores. Não vai acrescentar nada. Em todas as enquetes feitas por aí, a resposta dos torcedores é sempre a mesma: um rotundo NÃO! Os pontos positivos que você aponta são todos falhos e de fundamentação frágil.

    1. Márcio,
      Também acho que o projeto é prejudicial ao clube, mas existem, sim, pontos que podem ser explorados (caso ele se efetive, coisa em que não acredito). É inegável que a parte do marketing, principalmente, pode dar certo – desde que bem conduzida.

  5. Gerson,

    os pontos positivos que você aponta contam sim a favor, mas são muito menores, a meu ver, que os óbvios pontos negativos. Com esse valor, aliás – se é que estamos falando mesmo de R$ 300 mil -, que outras boas negociações o Paysandu não faria?

    Se o que o marketing do Papão quer é barulho, investir em alguém fora de forma, violento e problemático fatalmente dará resultados, mas certamente não os que a torcida espera.

    Abraço.

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