
Muricy levou o São Paulo a três títulos brasileiros, em 2006, 2007 e 2008 – feito inédito no campeonato. Caiu, no entanto, quatro vezes consecutivas na Libertadores para clubes nacionais. Perdeu a final de 2006 para o Inter, depois para o Grêmio nas oitavas, para o Fluminense nas quartas e, ontem, diante do Cruzeiro na mesma fase.
Após a derrota no Morumbi, a diretoria do São Paulo havia confirmado a permanência de Muricy no cargo. No entanto, o técnico deu pistas de que poderia sair. “Não vou ficar se sentir que estou incomodando”, disse. Nesta sexta, dia tradicional de entrevistas coletivas de Muricy Ramalho no CT do clube, o técnico não compareceu, e os diretores “sumiram”. Após uma primeira reunião, ele chegou a comandar o treinamento da tarde, mas logo depois foi chamado para uma segunda reunião com o presidente Juvenal Juvêncio. Aí, foi demitido.
O auxiliar Milton Cruz vai comandar o São Paulo no domingo, no clássico contra o Corinthians pelo Campeonato Brasileiro. Nos corredores do Morumbi, são ventilados os nomes de Paulo Autuori, Abel Braga e Dorival Júnior. Seriam os “sonhos de consumo” do São Paulo. Todos, no entanto, estão trabalhando em outros clubes no momento.
Gerson, li em outros sites que o principal motivo da demissão de Muricy foram os maus resultados do São Paulo nas últimas Libertadores. Quase todos destacam que o treinador era o menos culpado, pois havia pedido reforços que a diretoria não atendeu; que a cartolagem tricolor se igualou aos demais cartolas nacionais ao demitir o técnico; que o time é, embasado nas próprias declarações de Muricy, limitado, e etc, etc, etc…
No entanto, pergunto: será que ele é de fato o menos culpado? Embora reconheça os limites do time tricolor, essa limitação não seria oriunda do esquema tático e da filosofia de jogo do próprio treinador?
Como diz um amigo meu, o “futebol robótico” tem sido a tônica do São Paulo nos últimos quatro anos. E, pra mim, não é mérito do tricolor do Morumbi, é mais demérito dos outros times, que são mais medíocres ainda.
Abraços.