O técnico Edson Gaúcho treinou várias alternativas de ataque para o jogo deste domingo com o Rio Branco. Pode, se quiser, manter o esquema usado, com amplo sucesso, durante o campeonato estadual, com Vélber e Zé Carlos (ou Reinaldo). Ou até surpreender lançando dois atacantes de ofício – Zé Carlos e Torrô.
Das duas opções, a primeira é a mais testada e também a que trouxe melhores resultados. E a má atuação na estréia contra o Sampaio não pode ser atribuída exclusivamente à dupla de atacantes. Pela entrevista do técnico à Rádio Clube na sexta-feira, dois atacantes (Torrô e Zé Carlos) com quase as mesmas características só serão usados em caso de extrema necessidade no jogo.
As alterações mais radicais ocorrerão no meio-campo, motivadas pela ausência de Dadá, parceiro de Mael no posicionamento à frente dos zagueiros. Peça fundamental no equilíbrio tático do time, Dadá deixa um rastro de problemas a serem preenchidos. A solução menos traumática é a que prevê a inclusão de Lê e Alex Sandro, com Zeziel mais à frente.
Fica a sensação de que, mesmo com as improvisações forçadas, o Paissandu tem grandes chances diante do Rio Branco. Favorito natural por ser mandante, o campeão paraense leva a vantagem de ter um elenco mais homogêneo e um time bem entrosado.
De mais a mais, Edson Gaúcho – ao contrário de Everton Goiano, treinador do time acreano – tem jogadores polivalentes que permitem diversas variações na maneira de jogar. Isso pode ser decisivo.
Alvo de críticas pela maneira áspera de lidar com os repórteres e torcedores, Edson Gaúcho vem revelando uma face mais tranqüila. A principal sinalização veio através da ação solidária em favor de pacientes do Hospital Ophir Loyola, maneira generosa e altruísta de mostrar que desarmou o espírito e quer paz para trabalhar. Melhor assim.
A bombástica contratação de Kaká pelo Real Madri, pelo volume de dinheiro envolvido – 65 milhões de euros –, recolocou o Brasil e seus craques no topo da pirâmide do futebol. Até então, a temporada era amplamente dominada por Lionel Messi, Cristiano Ronaldo e Ibrahimovic. O próprio Kaká andava em baixa, vítima do inferno astral que assola o Milan, um time envelhecido e à beira da transição.
O acordo com o Real reabilita o meia-armador e, de quebra, dá uma sobrevida aos brasileiros no mercado europeu. Talvez ainda haja como reacender a velha chama depois que o encanto foi quebrado por uma sucessão de gestos negativos: Robinho forçou saída da Espanha para o Manchester City, Ronaldo saiu do Milan pela porta dos fundos, Adriano alegou até depressão para romper contrato com a Inter e Ronaldinho Gaúcho assumiu passivamente o banco de reservas no Milan.
(coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO deste domingo, 14/06)
Gerson já acompanhava suas materias pelo cartaz esportivo do bola agora gostei dessa sua iniciativa de colocar suas ideias que são sempre relevantes para o esporte paraense em seu blog, sobre o jogo do papão também acho que ele leva uma grande vantagem para o confronto de amanhã contra o Rio Branco.
Abraço!
Seja bem-vindo, Dionísio. Meu objetivo é fazer disso aqui um forum de ideias positivas e propositivas sobre futebol e outros temas.
Gerson, continuo achando que o ataque do Paysandu com Velber e Reinaldo é muito mais produtivo, pela versatilidade do Reinaldo.
Cláudio Santos – Técnico do Columbia de Val de Cans.
Prefiro Vélber e Zé Carlos, que me parece mais ligado no jogo e eficiente dentro da área.
Talvez, você pense assim, porque com o Zé Carlos o Paysandu faz gol e, é sempre ele quem faz, com o Reinaldo, o Paysandu faz gols e, as vezes ele tambem faz. Assista ao jogo e vc vai poder comprovar isso, caso os dois participem do jogo, pelo menos tem sido assim desde que Reinaldo começou a ser titular.
Cláudio Santos – Técnico do Columbia de Val de Cans.