Vacas sagradas

Pedro Adalberto Maia, um dos baluartes da coluna, toca em algumas vacas sagradas do Remo neste comentário.

Quem acompanha o futebol com imparcialidade sabia que o fim do meu querido Clube do Remo ia ser esse mesmo, e não poderia ser diferente diante de tantos erros e infantilidades dos dirigentes. Sinceramente que não iria me sentir bem se o Remo fosse disputar o título paraense. Não merecia. Concordo com leitor seu que classifica o “animador” Artur como fanfarrão. Aliás, concordo que esse rapaz foi um ótimo jogador e até agora é um mero “animador” de pelada, nada mais. Outra coisa: como um time que possui 5 anões quer ganhar jogo, se hoje , no futebol moderno, o contato, a pegada é sua maior arma, em detrimento a habilidade, que quase ninguém tem?

Depois do fiasco lá vem aquela velha história de trabalhar as divisões de base. Vamos devagar. O time do Remo era feito de jogadores da base. Pergunto: qual desses mostraram alguma qualidade? O único foi o Ednaldo, mas logo se viu que não era lá essas coisas. Vamos “copiar” os exemplos. De novo pergunto: São Paulo, Inter, Grêmio, Cornthians, Cruzeiro. Flamengo, M.United, Milan, Barcelona utlizam jogadores da base? Duvido. Olhem as escalações. Talvez um ou dois joguem no time principal. O resto são jogadores adquiridos nos clubes de menor expressão e que se destacaram.

O Paissandu é um exemplo. Tem pouco garoto da base ou nenhum. O São Raimundo perdeu o título santareno em 2008, levou de 4 a 0 do S. Francisco, recomeçou contratando 95% de atletas que não serviram pra dupla  Re-Pa e se deu bem. Por isso eu digo: tem que procurar jogadores, garimpar no interior, em outros Estados, escolher os melhores, ou o melhor, trazer pra cá, trabalhar e lançar e ainda ganhar dinheiro ao repassar pra outros clubes. Mesclar com 6 ou 7 jogadores de muita qualidade, com bons salários, que a vai ter retorno. Outra saída é um convênio com grandes clubes que querem e podem ceder jogadores que estão sem muita chance e trazer com salário pago pelo dono da “mercadoria” e ainda vender aqueles da sua base e faturar uns trocados.

Um forte abraço

 Pedro Maia     

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