No caderno Você do DIÁRIO de domingo, na página do cruzmaltino Elias Pinto, uma matéria-homenagem ao craque Fernando Jucá Neves, o Nevasca, falecido na última quarta-feira aos 64 anos de idade.
Elias escarafunchou seus arquivos e ressuscitou uma interessante (e rara) entrevista concedida por Neves à equipe do extinto tablóide alternativo Bandeira 3. Era 1975 e Neves havia levado um pé-na-bunda da cartolagem remista de então.
Responsável por algumas das maiores glórias remistas na década de 70, Neves estava beirando os 30 anos e aparentemente já não servia aos interesses do clube.
Logo depois, ele se candidataria à Câmara de Belém pelo então MDB, elegendo-se com a expressiva votação de 6.883 votos. Passou como neve pela Câmara e não conseguiu se reeleger.
No papo com os repórteres do hebdomadário, Nevasca fala algumas coisas curiosas, principalmente se comparadas com o que se vê hoje. “Eu podia ter criado muita confusão com os dirigentes, mas nunca fiz isso, inclusive agora, quando podia levar o Remo na Justiça (até me aconselharam isso), mas não vou fazer nada. Eu vou pegar o meu dinheirinho e pensar na vida”.
Quanta diferença para os dias que correm, quando tem perna-de-pau que leva R$ 1,8 milhão na Justiça do Trabalho sem ter feito um gol ou batido um escanteio pelo clube. Exemplos pululam por aí.
Além da qualidade óbvia da página do craque Elias, a personagem vale a leitura.
Espero que na esntrevista tenha também fotos antigas do Neves.
Quanto aos jogadores atuais, existe muita diferença e põe diferença nisso, a começar pela qualidade que é coisa de poucos, sem contar o carater que hoje em dia quase nenhum jogador de Remo e Paysandu têm.
Salve, companheiro. Que grata surpresa ver o toque antecipado sobre a entrevista, reeditada, deste domingo. E deixei exatamente aos craques do ramo as ilações e comparações curiosas do dantanho futebolístico com as desditas de hoje, a começar pelo latifúndio inexplorado daquela faixa do campo onde pontificavam os pontas-esquerdas.
Aquele abraço, ressaltando que as antenas do diretor estão ligadíssimas, rastreando o artesanato do jornal.
Elias
Companheiro,
Como fã de seus escritos, não passaria batido em tão certeira homenagem ao nosso Nevasca velho de guerra, endiabrado ponta esquerda da seleção de todos os tempos. Com a vantagem de reapresentar ao distinto público as feras que integravam o rolo compressor do saudoso Bandeira 3 – Lúcio, Paulo Roberto, Palmério e outros.
Abração,
Gerson