POR GERSON NOGUEIRA
O Echo & the Bunnymen nasceu em 1978, em Liverpool. A origem remete naturalmente aos Beatles, mas Ian McCulloch e seus amigos seguiram uma trajetória bem diferente, trilhando as asas do pós-punk e sem o estouro que marcou a banda de Lennon & McCartney. Junto com Ian, a formação original tinha o excepcional guitarrista Will Sergeant e o baixista Les Pattinson. Dois anos depois, o baterista Pete de Freitas uniu-se a eles.
A escolha do nome estranho vem de uma caixa de ritmos chamada Echo e de um apelido que tinham no começo, Bunnymen. O terceiro álbum, Porcupine, soa até hoje como uma espécie de autobiografia musical do grupo. Era 1983 e eles excursionaram pela Europa, tocando em lugares de primeira linha, como o Royal Albert Hall, em Londres.
Um ano depois, veio o álbum Ocean Rain, gravado em Paris e em Liverpool, e produzido em parte pelos próprios músicos do Echo. Com a sonoridade amadurecida e canções mais acessíveis, sem a complexidade das primeiras letras de McCulloch.
O Echo acabou oficialmente em 88. Em 89, Pete de Freitas morreu num acidente de moto. Ian McCulloch seguiu carreira solo e lançou dois discos – Candleland (89) e Mysterio (92). Depois de vários altos e baixos, Will e Ian resolveram formar o Electrafixion, dessa vez com guitarras mais pesadas e vocal mais agressivo.
Em 97, a banda anunciou o retorno, com shows e boa presença nas paradas, com hits como “I Want to be There”, do álbum Evergreen. A banda segue na ativa, embora o último trabalho de estúdio tenha sido Meteorites, disco de 2014.