POR GERSON NOGUEIRA

Vinícius; Thiago Ennes, Rafael Jansen, Suéliton e Igor Fernandes; Anderson Uchoa, Arthur e Erick Flores (Marcos Jr.); Wallace, Renan Gorne e Felipe Gedoz. Fosse minha a responsabilidade de escalar o Remo para o jogo decisivo contra o Brusque, hoje à noite, no Baenão, optaria por esta formação, mais ofensiva.
Explico os motivos. Lucas Siqueira, capitão e peça-chave no meio-campo sob o comando de Paulo Bonamigo, está exaurido. Titular absoluto e jogador que mais entrou em campo desde a Série C, ele tem atuado abaixo de seu rendimento normal. As atuações contra Sampaio, Coritiba e Vila Nova-GO expuseram isso.
Merece um período de descanso de um ou dois jogos ou diminuir sua presença nos jogos, entrando na etapa final, por exemplo. Isso permitirá que o volante, fundamental pela liderança em campo e pelas qualidades como marcador e apoiador, consiga se recuperar fisicamente.
Sem Lucas, o meio ficaria provisoriamente entregue a Uchoa, Arthur e Flores, jogadores que têm bom passe e boa capacidade de proteção. Caso seja necessário, Arthur e Flores podem se engajar nas ações ofensivas.
Na frente, um trio diferente: Wallace, que reapareceu muito bem contra o Vila, seria o jogador de mobilidade, como foi utilizado algumas vezes na campanha da Série C. Nesse desenho tático, Gedoz seria um ponta-de-lança, atuando próximo a Renan Gorne e em condições de aproveitar as oportunidades de finalização de média distância.
Nos cinco jogos em casa, o Remo venceu o Brasil-RS, empatou com Vitória e Guarani e perdeu para Sampaio e Vila Nova. Chama atenção nas derrotas a pálida presença ofensiva do time paraense, contra adversários que produziram pouco para sair vitoriosos.
Foram apenas cinco pontos ganhos em 15 disputados, fato que explica a complicada situação do time na classificação da Série B. Com 7 pontos, o Remo é o lanterna, a dois pontos da Ponte Preta, 16ª colocada. Conquistou apenas uma vitória, tem o ataque mais anêmico (5 gols) e o pior saldo de gols – seis bolas.
Não há mais espaço para tropeços, principalmente nos jogos em casa. O Remo precisa se reinventar no campeonato diante de um Brusque melhor posicionado (11º lugar), mas que já viveu dias melhores na competição e tem desfalques importantes para o confronto de hoje.
Caso derrote o Brusque, o Remo sai da zona de rebaixamento e começa o processo de recuperação da autoestima. A falta de confiança é um dos maiores problemas da equipe, que não reagiu nem mesmo à troca de técnico. Felipe Conceição estreou contra o Vila, mas em campo o rendimento foi pífio, com apenas três chutes a gol.
Além das opções que já estavam disponíveis, Felipe poderá contar com os novatos Marcos Jr. e Vítor Andrade. O atacante Lucas Tocantins, recuperado de lesão, pode também reaparecer no decorrer do jogo. Jefferson, Marlon e Rafinha continuam em tratamento.
Depois de perder Nicolas, Papão reforça o ataque
A diretoria do PSC trabalhou em silêncio na busca por atacantes e surpreendeu ontem com o anúncio de dois nomes conhecidos. Os reforços são Rafael Grampola e Rildo. O primeiro já atuou por várias equipes da Série B e, ultimamente, estava no Juventude. Camisa 9, Grampola sempre fez muitos gols pelos times que defendeu. Rildo jogou no Corinthians, Coritiba e Vasco. Andava meio sumido, mas pode render bem na Série C.
Grampola rodou por clubes do Centro-Oeste, Sul e Sudeste. Aos 33 anos, com larga experiência, ele pode ser o nome ideal para servir de referência ofensiva no lugar que antes era ocupado por Nicolas. A saída do ídolo deixou um previsível vazio no ataque do Papão. Diante do Ferroviário, a falta já foi sentida.
As contratações não ficam por aí. O próximo a ser anunciado pode ser Tiago Santos, ex-Joinville, último time do técnico Vinícius Eutrópio. Lesionado nas últimas semanas, o atacante de 30 anos já acertou a rescisão com o clube catarinense. Marcou quatro gols em 14 jogos.
Além do trio para o ataque, o PSC está em busca de um meia. Alguns nomes estão no radar, mas, segundo os dirigentes, não há nada concreto. A falta de criatividade no meio-campo é um dos graves problemas do time nesta campanha na Série C. Há também o interesse em contratar um zagueiro, já que o time só conta hoje com Perema, Denílson, Yan e Alisson.
O esforço da diretoria prova que o projeto do acesso continua como prioridade máxima no clube. O fraco desempenho nos jogos em casa acendeu o alerta quanto à classificação e aos desafios da etapa seguinte da Série C, caso o time avance.
Castanhal confirma expectativas e brilha na Série D
Com Pecel recuperado plenamente e fazendo gols como há dois anos, o Castanhal encaminha sem sustos sua classificação à próxima fase da Série C com uma campanha que confirma o bom trabalho executado pelo técnico Cacaio e o acerto em contratações pontuais.
A rigor, o time que foi semifinalista do Parazão acabou sendo reforçado com a chegada dos veteranos Willians, volante, e Leandro Cearense, centroavante, além do meia Lukinha (ex-Tuna). São nomes que encorpam o elenco, dando novas opções técnicas a Cacaio.
Até o momento, o Castanhal não tomou conhecimento dos adversários no Brasileiro. Tem uma trajetória de crescente evolução, vencendo dentro e fora de casa, quase sem oscilações. Registre-se, ainda, a qualidade de jogadores de meio, como William Fazendinha e Lukinha.
(Coluna publicada na edição do Bola desta quarta-feira, 14)
Só espero que o escriba dei sorte hoje no comentário do jogo para o Remo, cinco jogos escalados e cinco derrotas, rsrsrs
Quando a fase é ruim, até o analista vira alvo rsrs… Quem dera que fosse este o problema, amigo Jaime. Comentei 5 jogos e estive em 2 derrotas. Comentei a vitória contra o Brasil e os empates contra Vitória e Guarani. Derrotas para Sampaio e Vila.