
O ex-atacante Heyder, 61 anos, morreu ontem vitimado por complicações da covid-19. Ele estava internado há duas semanas no Hospital de Campanha do Hangar. Com passagem por grandes clubes brasileiros, Heyder começou a jogar nos anos 80 e encerrou a carreira após duas décadas de bom futebol. Funcionário público, ele mantinha a forma participando de torneios amadores e de futebol soçaite na Assembleia Paraense e no Pará Clube. Manteve durante anos o projeto Academia 40, criado para homenagear boleiros que se destacaram nos clubes paraenses.

De carreira longeva e produtiva, Heyder foi campeão em quase todas as equipes que defendeu. Torcedor do Clube do Remo na infância, virou a casaca para jogar pelo Paissandu e depois partiu para outros Estados. Ponta-direita rápido e driblador, esteve em Pernambuco, onde atuou por Sport e Náutico. Em seguida, teve breve passagem pelo Flamengo, onde conheceu Zico e foi treinado por Zagallo.

Após a experiência no rubro-negro do Rio, ainda passou por Vitória e Bahia, destacando-se depois em Internacional e Cruzeiro. Na Toca da Raposa, Heyder reeditou a parceria de sucesso com o técnico Ênio Andrade, com quem havia trabalhado no Náutico, e teve a oportunidade de jogar ao lado de Adilson Batista, Paulo Isidoro, Boiadeiro e Careca.
Em Belo Horizonte, o atacante paraense conseguiu conquistar o Campeonato Mineiro de 1990 e, pela velocidade nas jogadas, acabou ganhando o apelido de Flecha Azul. Em fim de carreira no Fortaleza, quis o destino que Heyder encerrasse a carreira em amistoso no Remo.
