“Este caso não deixa a gente espantado, no sentido de o Judiciário estar valorando negativamente uma pessoa em razão de sua raça. Isso é algo que acontece estruturalmente. Quando 80% dos magistrados são brancos, num país que tem 52% de negros, há um indicativo da questão racial no sistema. Casos como esse sempre acontecem, é um pacto subentendido e acontece de uma forma oculta”.
Pedro Martinez, advogado criminalista e coordenador de Direitos Humanos do Sindicato dos Advogados de São Paulo