
Em entrevista neste domingo (01), os quatro brigadistas de Alter do Chão falaram sobre os dias na prisão, disseram que irão retomar os trabalhos o mais rápido possível e denunciaram mensagens de ameaça que vêm recebendo em grupos de WhatsApp.
“Eu acatei tudo o que pediram para que as coisas se resolvessem logo, mas quando cortaram o meu cabelo, a coisa que eu mais tive medo foi que a minha filha de 10 meses não me reconhecesse. Foi um golpe duro, mas ali a gente entendeu como um procedimento e a todo momento eu quis colaborar para que a verdade viesse à tona”. João Victor Pereira, brigadista
“Até minha mulher falou para o meu vizinho que eu estava sendo levado e ele não acreditou. Ele disse eu vi a polícia aí, mas eles sempre estão aí com vocês por causa da brigada. A gente está sofrendo uma tremenda injustiça, a gente não deveria ter sido preso, a gente estava colaborando com as investigações desde o começo”. Daniel Gutierrez, brigadista
“Foi estarrecedor pensar que a gente estava sendo suspeito de um crime ambiental, sendo que tudo o que a gente faz é para proteger o meio ambiente e não é de agora, é de muito tempo. É revoltante a gente ser preso por conta de uma coisa completamente oposta aquilo que a gente acredita”. Marcelo Aron, brigadista
“Pra mim, ter tido o cabelo raspado não é nada diante da injustiça que nós estamos sofrendo. É muito mais do excessivo, é inacreditável, é surreal a gente ser suspeito de uma coisa que não fez. Eu nunca tinha passado por isso, nunca tinha sido algemado e nem acusado de uma coisa que eu não fiz. Então, diante disso, tudo fica muito relevante”. Gustavo Fernandes, brigadista