O Estádio Estadual Jornalista Edgar Proença está liberado para receber o jogo entre Remo e Tapajós no próximo domingo, 3, a partir das 16h, com capacidade máxima reduzida para 22 mil torcedores. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (31), na sede do Ministério Público do Estado (MP-PA).
A restrição de público é motivada pelas intervenções em andamento no Lado A do complexo esportivo, iniciadas após a queda de parte da laje, ocorrida no dia 7 de janeiro. O representante da Federação Paraense de Futebol (FPF), Maurício Figueiredo, confirmou, em seguida, que a partida referente à primeira rodada do Parazão será no Mangueirão.
A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Obras Públicas (Sedop), por sua vez, anunciou para 10 de fevereiro a conclusão das obras de reparo – condição para a realização do primeiro Re-Pa do ano com a lotação máxima de 35 mil pessoas, no dia 17 de fevereiro.
A recomendação é assinada pela promotora de Justiça do Consumidor, Joana Coutinho, e ainda pelos promotores Nilton Gurjão e Domingos Sávio. Eles explicaram que, independentemente do incidente de janeiro, a avaliação feita pelo MP-PA é de rotina e cumpre exigência do Estatuto do Torcedor.
“Como todos os anos, temos de analisar quatro laudos, dos Bombeiros, Vigilância Sanitária, Polícia Militar (PM) e da engenharia de cada estádio que receberá jogos. Como houve esse problema no Mangueirão, a Sedop contratou empresa para fazer os reparos e emitir laudo complementar”, detalhou Sávio.
Segurança – O laudo da PM sugeriu capacidade de 25 mil torcedores na partida já deste domingo, mas o MP-PA optou pelo laudo do Corpo de Bombeiros, que leva em consideração rotas seguras de acesso, vazão e fuga a partir das limitações impostas. Enquanto as obras de reparo não forem concluídas e depois disso uma nova análise for feita, esta será a lotação máxima do estádio para eventos posteriores.
O secretário adjunto da Sedop, Arnaldo Dopaso, confirmou que foi feita uma avaliação geral de toda a estrutura do Mangueirão, concentrada onde houve o desabamento, e que os danos não são estruturais e se concentram somente no Lado A. “Temos um cronograma que até o dia 10 será concluído, apenas de intervenções pontuais”, reforçou.
O engenheiro civil Paulo Brígido, dono da empresa contratada para executar os reparos, detalhou a realização de um levantamento completo da situação do estádio, o que incluiu reconstituições de trechos do acesso ao Lado B que indicaram algum tipo de desgaste ou corrosão, já com foco na segurança da liberação parcial para o jogo do dia 3.
“No Lado A, onde houve de fato o desplacamento, ainda estão sendo feitos os trabalhos, e se referem a danos não estruturais, condizentes aos de um estádio de 40 anos e em um lado que, antes de sua conclusão, ficou por muitos anos exposto ao sol e à chuva. Tanto após a liberação parcial quanto total, não haverá riscos aos torcedores”, garantiu.
A expectativa tanto do MP-PA quanto da Sedop e da Seel é que o Mangueirão esteja com as obras concluídas e vistoria feita para liberação de capacidade para 35 mil torcedores já no primeiro Re x Pa do ano.
Em nome da transparência, seria oportuno que todos os laudos e pareceres desta decisão fossem publicados nos jornais de Belém.
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