Do Blog do Menon
Quando Luiz Gonzaga Belluzzo asssumiu o Palmeiras em 2009, tratou de trazer Valdivia de volta. E, depois de perder Luxemburgo e Muricy, buscou Felipão. Não deu certo. Os dois não se entenderam, mas Belluzzo sempre pode dizer que fez o que a torcida queria. Fez o que todos fariam. Apostou em pessoas acima de suspeitas. Se não deu certo, a culpa não é dele. Não é de ninguém, afinal era tão óbvia a vinda de Scolari e de Valdivia…
Jose Maria Marin está fazendo o mesmo. Se o Brasil perder a Copa, ele pode dizer: “mas eu trouxe o técnico tetracampeão do mundo e o técnico pentacampeão do mundo para cuidar da seleção. O que eu fiz de errado”?
Apostar no óbvio nem sempre é certo. Dá menos trabalho, corre-se menos riscos, mas abre-se mão do sonho. O sonho é Guardiola. Ele é quem teve o mérito de juntar Xavi, Iniesta e Messi. Ele fez o time que a grande maioria faz questão de chamar de seu. Toque de bola ao extremo e poucas faltas. Detalhe, muitas vezes Mascherano está em campo. E há poucas faltas.
Se Felipão estivesse no Barcelona, ele nunca teria a coragem de juntar Daniel Alves, Xavi, Iniesta e Messi. Nem Felipão, nem Tite e nem Mano. Muriciy? Também não. Seria aquela velha conversa de que é preciso equilíbrio, de que não se pode avançar muito, que o meio campo precisa estar compacto – como se o do Barça não o fosse – que é preciso parar as jogadas no meio de campo etc e tal.
Felipão foi campeão do mundo? Foi. Mas, eu não esqueço, é aquele mesmo que disse no vestiário do Palmeiras, a respeito de Edílson, do Corinthians: “Não é possível que ningém dê uma cuspida nesse neguinho”, mostrando uma nova maneira de se marcar o adversário.
O que foi feito de Scolari depois de 2002? Seu grande resultado foi perder a final da Eurocopa, em Lisboa, para….a Grécia. A Grécia. Andou pelo Uzbequistão. Fracassou no Chelsea. Ganhou a Copa do Brasil – primeiro título em dez anos – e não conseguiu fazer o time reagir no Brasileiro. Foi um dos grandes responsáveis pela queda.
E Parreira, o que fez depois de 1994? Montou um belo Corinthians. Apostou em jogadores desinteressados e gordos na Copa de 2006. Um fiasco. Foi o primeiro treinador a ser demitido em um Mundial, pela Arábia Saudita, em 98. Em 2010, levou a África do Sul a ser o primeiro país anfitrião a ser eliminado de um Mundial.
Parreira e Felipão são o passado. Essa é a aposta da CBF, deixando de lado a possibilidade de formação de um time que privilegie a técnica e não a marcação.
Em 2014, ouviremos muito “pega, pega, pega, pega” quando Messi tocar na bola.
Uma boa escolha, agora vai!
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Ja pensou um time com Oscar, Ganso, Kaka, Lucas e Neymar? Sonho.
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Acho que Felipão pode nos surpreender, meu camarada.
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Calma, pelo cruzamento com certeza so pegaremos a Argentina numa eventual final. Se chegarmos até lá, quem sabe a Argentina perca pra sempre forte Alemanha ou pare nos retranqueiros italianos? Mas realmente estamos muito mal de técnicos. Basta perder em 2014 pra no dia seguinte anunciarem o Guardiola.
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Não sei porque tanto rancor. Guardiola é agora o que o Neimar era em 2010: a solução virtual – se aposta tudo por ser extamente contra a ideia de quem está com o comando. Apesar de tudo o que ganhou com o Barcelona, é válido lembrar da realidade futebolística do nosso país e também da “qualidade” dos nossos dirigentes em geral que por si só já aborta qualquer plano inovador. Em termos pragmáticos, temos os técnicos campeões da nossa seleção e isso é uma boa. Não enxergar o que Felipão fez com aqueles jogadores medianos da copa de 2002 e o que ele fez depois por Portugal é querer forçar por demais a barra. Parreira fez um bom time em 94, o corinthians no final da década de 90 jogava muito e a seleção de 2006 antes da copa era considerada “a melhor desde 82”. Perdemos? Sim, mas pela soberba, pelo clima de oba-oba e por achar que a copa era mera formalidade pra eleger o melhor time de todos. Deu no que deu. E por causa disso nos deram Dunga. Achar que nós só poderemos ser felizes com Guardiola é ter a certeza científica de uma ideia que nunca foi testada.
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Concordo com vc Victor. Inclusive não defendi a convocaçã de Neymar e Ganso naquela Copa, nem me manifestei pró-Guardiola pra agora. Treinar diariamente quem vem junto desde a base é bem diferente de juntar um grupo e não ter tempo suficiente pra dar conjunto. Felipão pode dar certo pelo caráter da competição, tiro curto, pela sua liderança e motivação, pela tradição de uma forte seleção que jogará em casa etc. Mas não é mais um grande treinador faz tempo. Dos brasileiros, ele ou Muricy, tanto faz. Agora, pra 2018, já passo a acreditar no trabalho do Guardiola pra ver a seleção jogar bonito vencendo adversários fortes.
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Perfeito e mais uma vez perdemos a Copa, visto que o Brasil pode até chegar entre os 04, mais não tem o diferencial que a Espanha tem.
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Sinceramente não me preocupa a Argentina, porque se o Messi estiver em um dia ruim, inexiste a equipe alvi-celeste. Normalmente, os países sede tem facilitado o caminho na primeira fase e depois vem o mata-mata. Felipão é especialista em mata-mata e acabou de ganhar uma Copa do Brasil, que adota esse sistema. Então se o Brasil ganhar o primeiro mata-mata, pode até ser.
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Não podemos comparar o nível técnico de um mata-mata de uma esvaziada copa de um futebol hoje périférico (por ser mal jogado e recheado de times medianos e ruins) com o mata-mata de uma Copa do Mundo, onde os melhores jogadores do planeta pontificam. Felipão e Parreira foram colocados no comando da amarelinha mais pelos serviços prestados em priscas eras, demostrando de forma contundente a falta de opções que o futebol nacional dispõe hoje no que diz respeito a treinadores e mesmo jogadores, haja vista que Kaká, considerado um jogador comum e em franca descendência na Europa, sinaliza ser uma de nossas grandes esperanças.
A não opção por Guarfiola, embora temerária por um sem número de fatores (nossos dirigentes não são do mesmo quilate que os dirigentes europeus; nossa imprensa esportiva não é como a imprensa esportiva européia; nosso calendário não é o mesmo calendário europeu e a formação de nossos jogadores hoje privilegia mais a força do que a técnica, quando do outro lado do Atlântico se privilegia tanto um quanto o outro, o que é latente na própria visão de futebol defendida pelo catalão ex-Barcelona), indica uma claro posicionamento de nossos dirigentes com fórmulas batidas, com conceitos ultrapassados sobre o esporte bretão dentro e fora das quatro linhas. Trocando em miúdos, a escolha dos comandantes do tetra e do penta de forma emergencial reforça nosso apego ao conformismo e à tranquilidade da obviedade em detritento dos riscos e do desconforto inicial proporcionado por toda e qualquer ruptura. Todos sabem que o futebol brasileiro vai mal das pernas fora das quatro linhas há decênios, mas enquanto a crise não adentrou as quatro linhas e ganhávamos as competições, tudo estava “bem”. Agora, com a crise técnica assolando os gramados nacionais há pelo menos uns 6 anos, a decadência do futebol nacional ficou mais evidente e de conhecimento público e notório. Mesmo assim, nossa inclinação ao conforto não permitiu uma postura mais ousada, visando balançar o coreto, que começaria com a escolha de Josep Guardiola para comandar a canarinho.
Torcerei para o Brasil sem sombra de dúvidas em 2014, mas pelo momento técnico atual de nosso futebol, pelos desmandos políticos da CBF e pela farra de irregularidades e conchavos que é a organização do mundial na terra brasilis, não merecemos o caneco. Tudo o que há de mais abjeto no mundo do futebol e que hoje se pratica no Brasil, até com umacerta convicção, não pode ser premiado com o levantamento da taça no Maracanã em 2014.
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Felipao começa com gafe….”quer moleza vai trabalhar no Banco do Brasil” he he he …
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kkkkkkkkkkkkkkkk Esse Edmundo
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