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Apostas de risco no Remo
Por Gerson Nogueira
Edson Gaúcho estreou no comando do Remo com boa vitória sobre o Penarol. Cauteloso, fez pouquíssimas alterações na escalação para aquele jogo. Tomou atitude inteiramente diferente para o compromisso de hoje, em Boa Vista, contra o Náutico. Resolveu modificar por completo a escalação e a forma de jogar, afastando jogadores que eram titulares absolutos até bem pouco tempo atrás e apostando em outros que estavam encostados no Evandro Almeida. Mudanças são importantes e necessárias, principalmente em times que buscam conjunto e afirmação no início de competições.
O Remo está precisamente neste estágio. Perdeu referência depois do fracasso nas finais do Campeonato Paraense e ficou ainda mais desfigurado para a estreia na Série D. Gaúcho substituiu Flávio Lopes justamente para recolocar a casa em ordem. Tem autonomia para fazer todas as mexidas que considerar necessárias. Sob esse ponto de vista, acertou a mão ao trocar Adriano por Jamilton no gol. Acertou também em efetivar Léo Medeiros como titular da armação. Fez uma mudança temerária no ataque, apostando no estreante Mendes e barrando o também veterano Fábio Oliveira. A dúvida é se Mendes suportará 90 minutos. Quando defendeu Paissandu e Águia dificilmente atuava por mais de um tempo.
Causou surpresa, porém, ao sacar o zagueiro Edinho, o mais regular dos homens de defesa do Remo e que teria perdido a titularidade ao errar um passe durante o treinamento. Mais espantosa ainda foi a opção por Ávalos, cuja contratação foi contestadíssima no Baenão e que até agora não justificou escalação. Enquanto valoriza o veterano zagueiro, Gaúcho – como Lopes – deixa de lado o jovem Igor João, jogador promissor e que chegou a ser aproveitado no returno do Parazão. Como a escolha veio logo após o último coletivo, o técnico merece o benefício da dúvida, mas quem acompanha a produção de Ávalos nos treinos mantém o pé atrás.
Outra aposta de risco é o recuo de Edu Chiquita para guarnecer a cabeça de área ao lado de André. Contra o Penarol, Chiquita apareceu bem como meia avançado, mas ficou evidente que não tem cacoete de marcação, nem fôlego para aguentar correria. A saída de Jhonnatan, figura mais regular do Remo no certame estadual, implica em sobrecarga para André. Fiquei com a sensação de que Chiquita deveria ficar no quadrado de meio-campo, mas Reis deveria ter sido o sacrificado. Enfim, o técnico tem o time (e a sentença) na cabeça. Acima de tudo, sabe que o Remo precisa vencer hoje para voltar à condição de líder no grupo e reafirmar a condição de favorito à classificação.
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Depois de uma rápida olhada na escalação do Náutico, um detalhe chamou minha atenção. Fosse eu o técnico do Remo estaria deveras cabreiro com o lateral-direito Ari Marrento. Com esse sobrenome-adjetivo, está na cara que o cidadão não é de temer cara feia e é bom que o Remo se acautele em Boa Vista, evitando desafiá-lo além da conta. Cabe, por via das dúvidas, vigiá-lo de perto nos avanços, pois laterais com essa característica costumam dar trabalho.
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A melhor das notícias para Roberval Davino pode se transformar em dor de cabeça na montagem do time para o próximo jogo, contra o Fortaleza, segunda-feira. Alex William, o armador que o técnico trouxe para organizar o Paissandu em campo, deve voltar aos treinos hoje, depois de várias semanas sem se movimentar com bola, após sair contundido do Re-Pa caça-níquel. Com Alex, Davino terá que alterar a configuração da meia-cancha, sacrificando Harisson, que foi decisivo na vitória de sábado em Sobral e pode mexer inclusive com o posicionamento de Tiago Potiguar. De qualquer maneira, com o time ganhando contornos definitivos, a prudência aconselha toda cautela na hora de mexer nas peças.
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Direto do blog
“É impressionante como as equipes vencedoras de torneios e copas ditam as regras no futebol. O Chelsea e o Corínthians estão fazendo escola. O Fluminense tem mais elenco que o Flamengo, mas o Abelão preferiu apelar para a retranca e garantir o resultado. O Flamengo não tem elenco e tem um treinador que é um verdadeiro jumento, mas quase consegue empatar com o Fluminense. Parece que 2012 está sendo o ano de consolidação desse modelo de retranca e pouquíssima ofensividade. Graças a Deus, a seleção espanhola quebrou essa tendência que quase vinga com aquele medonho futebol italiano. Espero que isso seja uma tendência, não um paradigma”.
De Cássio Andrade, sinceramente preocupado com o renascimento do futebol bate-estaca.
(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta terça-feira, 10)
– Gerson e amigos, penso que o Édson Gaúcho não vai recuar ninguém para jogar ao lado do André e muito menos o Edu Chiquita.No meu modo de ver, fará uma linha de 4, atrás, com o André, os dois zagueiros e o Ala que ficar, assim como poderá fazer uma segunda linha de 4, com os 3 meias e mais o ala que sair, para diminuir os espaços do adversário. Cada técnico tem seu jogador preferido. Edinho, é bom jogador, mas deve ter visto em Ávalos, para o que ele pretende, mais qualidades, mas não quer dizer que ele não saiba que o Edinho seja um bom jogador.
– Ari Marrento, vou te contar hein.Penso que, com todo respeito ao ala do Náutico, mas o Remo vai ganhar, nem que seja, na MARRA…..rsrs
– Alex Willian e Thiago Potyguar, são 2 jogadores titularíssimos no time do Papão. Harison, sempre será um bom banco. Sem nenhuma dúvida.
– A preocupação do amigo Cássio, é a de quase todo brasileiro. O torcedor está carente do bom futebol.
Como eu já disse antes torço para que o EG esteja certo (e torço muito mesmo), mas tenho sérias dúvidas, máxime quanto a contar apenas com o André ali atrás.
De outra parte, nunca fui muito fã do Edinho, mas ele era quem vinha jogando e está em rítmo de competição. Daí fico pensando que talvez não seja mesmo aposta a iniciativa de lançá-lo de cara como faz o EG. O Ávalos deve ter tido uma evolução radical daquele, cujo estado físico-técnico só tem a verdadeira dimensão de como estava, quem foi ao estádio quando ele estreou. E se evoluiu tanto assim mesmo ninguém melhor do que o EG para saber, e, em sabendo, mandá-lo para o jogo (será que sou eu quem está apostando?).
No mais, se o Fábio Oliveira não tem mesmo condições de jogo, acho então que o Mendes é a melhor opção. Até porque, com este, o esquema não sofre lá grandes alterações, pois as caracteterísticas não sendo exatamente iguais restam semelhantes.
Discordo do Cassio quando diz que Chelsea e Corintians estão fazendo escola. O grande marco que destruiu o futebol-arte foi 1982. A partir dali seleções e clubes deixaram de lado a beleza do esporte, para se dedicar à retranca, sendo que o preparo físico começou a prevalecer na Copa de 70, com o Brasil, que adotou o método do professor Cooper e treinou na altitude. Aqui e ali surgem alguns times dissonantes, como os atuais Espanha e Barça, muito mais devido à existência de alguns craques espanhóis e de Messi. O resto é o resto e ninguém é ofensivo e quando ousa ser, não tem o talento, graças ao vazio universal de craques. A última geração de talentos foi em 82 e a atual seleção espanhola não chega nem aos pés daquela (só posse de bola e marcação quando a perde, sem lances geniais), que – é verdade – não sabia marcar; afinal craque não marca, deve ser marcado. Independente da ausência de craques, o que enfeia o jogo é a retranca mesmo, porque, mesmo sem eles, ainda existem bons jogadores.
Avalos, valhanos quem? Como diz o Comendador. Ou seja, e agora quem poderá nos proteger? Como diz o Chapolim colorado. Recuar o Chiquita e colocar esse zagueiro velho, pesado e de qualidade técnica duvidosa, só na cabeça e nos interesses não transparentes do técnico.
Maradona em 82 segundo reportagem especial do Bola semana passada sobre a copa daquele ano, deu uma traulitada no Batista pensando que era o Falcão e tirou o homem que poderia ser usado pelo Telê pra dar uma amornada naquele jogo quando estivessemos com a vantagem.
Em 86 fez gol com a mão.
Em 90 foi descoberta a farsa talvez de todos os anos, pois em 78 o Brasil foi roubado lá na Argentina.
Isso é pior que uma retranca.
Se o Mano ajeitar nossa Seleção, ela é a única que fará a Espanha botar o rabo entre as pernas.
Pois ainda acredito que quem joga de igual pra igual com nossa Seleção cometre suícidio.
Como Remista radicado em Boa Vista, torço pela vitória do Remo e estarei logo mais no estádio para apoiá-lo. No entanto, não me surpreenderei se o Remo sair derrotado hoje a noite. Não é que o Náutico seja uma ameaça, mas para um time que perde de virada para um fraco time de Rondônia, estado cujo futebol é pior que o de Roraima (embora os roraimense não tenham nenhum motivo para se orgulhar), qualquer time de pelada é um adversário difícil. Pobre Leão! Quem te viu e quem te vê? Na escalação do Remo apenas Reis e Aldivan são jogadores locais, o primeiro é um jovem buscando espaço e o outro, um veterano em fim de carreira. Eis aí o problema do time, quase ninguém tem identificação com as cores remistas . Basta lembrar os anos 90 pra ver que essa diretoria vai orgulhosamente na contramão e que o clube não chegará a lugar nenhum se não houver uma correção de rota, É triste, mas é o que eu penso.
Ei Gerson ja vi esse ARI MARRENTO jogando hahahahaha ele e uma pereba ainda por cima peladeiro que nao jogaria nem no meu time ak da rua e os jogadores do Náutico rr sao refugos do amazonas.eita que vai ser uma pelada sem graça esse jogo hahahahahahahahaha
Sobre o depoimento do Cássio na coluna, concordo com ele, não entendo por que sempre que uma equipe se sai vencedora em alguma competição importante, todo o resto do mundo quer copiá-la, como se fosse possível fazer limonadas sem limões. Acredito que toda equipe deva montar seu esquema de acordo com as características de seus atletas, montar táticas que convenham a certas ocasiões e não permanentemente. Lógico, que sempre que possível dar prioridade ao espetáculo, pois vejo o futebol como entretenimento, paixão, lúdico ao torcedor.
Contundente depoimento do Davino à coluna do Rui Guimarães sobre a crônica falta de estrutura de nosso futebol:
http://blogdaclube.wordpress.com/2012/07/07/coluna-meia-cancha-07-07-2012-rui-guimaraes/
– Gerson e amigos, penso que o Édson Gaúcho não vai recuar ninguém para jogar ao lado do André e muito menos o Edu Chiquita.No meu modo de ver, fará uma linha de 4, atrás, com o André, os dois zagueiros e o Ala que ficar, assim como poderá fazer uma segunda linha de 4, com os 3 meias e mais o ala que sair, para diminuir os espaços do adversário. Cada técnico tem seu jogador preferido. Edinho, é bom jogador, mas deve ter visto em Ávalos, para o que ele pretende, mais qualidades, mas não quer dizer que ele não saiba que o Edinho seja um bom jogador.
– Ari Marrento, vou te contar hein.Penso que, com todo respeito ao ala do Náutico, mas o Remo vai ganhar, nem que seja, na MARRA…..rsrs
– Alex Willian e Thiago Potyguar, são 2 jogadores titularíssimos no time do Papão. Harison, sempre será um bom banco. Sem nenhuma dúvida.
– A preocupação do amigo Cássio, é a de quase todo brasileiro. O torcedor está carente do bom futebol.
É a minha opinião.
Como eu já disse antes torço para que o EG esteja certo (e torço muito mesmo), mas tenho sérias dúvidas, máxime quanto a contar apenas com o André ali atrás.
De outra parte, nunca fui muito fã do Edinho, mas ele era quem vinha jogando e está em rítmo de competição. Daí fico pensando que talvez não seja mesmo aposta a iniciativa de lançá-lo de cara como faz o EG. O Ávalos deve ter tido uma evolução radical daquele, cujo estado físico-técnico só tem a verdadeira dimensão de como estava, quem foi ao estádio quando ele estreou. E se evoluiu tanto assim mesmo ninguém melhor do que o EG para saber, e, em sabendo, mandá-lo para o jogo (será que sou eu quem está apostando?).
No mais, se o Fábio Oliveira não tem mesmo condições de jogo, acho então que o Mendes é a melhor opção. Até porque, com este, o esquema não sofre lá grandes alterações, pois as caracteterísticas não sendo exatamente iguais restam semelhantes.
Discordo do Cassio quando diz que Chelsea e Corintians estão fazendo escola. O grande marco que destruiu o futebol-arte foi 1982. A partir dali seleções e clubes deixaram de lado a beleza do esporte, para se dedicar à retranca, sendo que o preparo físico começou a prevalecer na Copa de 70, com o Brasil, que adotou o método do professor Cooper e treinou na altitude. Aqui e ali surgem alguns times dissonantes, como os atuais Espanha e Barça, muito mais devido à existência de alguns craques espanhóis e de Messi. O resto é o resto e ninguém é ofensivo e quando ousa ser, não tem o talento, graças ao vazio universal de craques. A última geração de talentos foi em 82 e a atual seleção espanhola não chega nem aos pés daquela (só posse de bola e marcação quando a perde, sem lances geniais), que – é verdade – não sabia marcar; afinal craque não marca, deve ser marcado. Independente da ausência de craques, o que enfeia o jogo é a retranca mesmo, porque, mesmo sem eles, ainda existem bons jogadores.
Avalos, valhanos quem? Como diz o Comendador. Ou seja, e agora quem poderá nos proteger? Como diz o Chapolim colorado. Recuar o Chiquita e colocar esse zagueiro velho, pesado e de qualidade técnica duvidosa, só na cabeça e nos interesses não transparentes do técnico.
Maradona em 82 segundo reportagem especial do Bola semana passada sobre a copa daquele ano, deu uma traulitada no Batista pensando que era o Falcão e tirou o homem que poderia ser usado pelo Telê pra dar uma amornada naquele jogo quando estivessemos com a vantagem.
Em 86 fez gol com a mão.
Em 90 foi descoberta a farsa talvez de todos os anos, pois em 78 o Brasil foi roubado lá na Argentina.
Isso é pior que uma retranca.
Se o Mano ajeitar nossa Seleção, ela é a única que fará a Espanha botar o rabo entre as pernas.
Pois ainda acredito que quem joga de igual pra igual com nossa Seleção cometre suícidio.
Como Remista radicado em Boa Vista, torço pela vitória do Remo e estarei logo mais no estádio para apoiá-lo. No entanto, não me surpreenderei se o Remo sair derrotado hoje a noite. Não é que o Náutico seja uma ameaça, mas para um time que perde de virada para um fraco time de Rondônia, estado cujo futebol é pior que o de Roraima (embora os roraimense não tenham nenhum motivo para se orgulhar), qualquer time de pelada é um adversário difícil. Pobre Leão! Quem te viu e quem te vê? Na escalação do Remo apenas Reis e Aldivan são jogadores locais, o primeiro é um jovem buscando espaço e o outro, um veterano em fim de carreira. Eis aí o problema do time, quase ninguém tem identificação com as cores remistas . Basta lembrar os anos 90 pra ver que essa diretoria vai orgulhosamente na contramão e que o clube não chegará a lugar nenhum se não houver uma correção de rota, É triste, mas é o que eu penso.
Ei Gerson ja vi esse ARI MARRENTO jogando hahahahaha ele e uma pereba ainda por cima peladeiro que nao jogaria nem no meu time ak da rua e os jogadores do Náutico rr sao refugos do amazonas.eita que vai ser uma pelada sem graça esse jogo hahahahahahahahaha
Sobre o depoimento do Cássio na coluna, concordo com ele, não entendo por que sempre que uma equipe se sai vencedora em alguma competição importante, todo o resto do mundo quer copiá-la, como se fosse possível fazer limonadas sem limões. Acredito que toda equipe deva montar seu esquema de acordo com as características de seus atletas, montar táticas que convenham a certas ocasiões e não permanentemente. Lógico, que sempre que possível dar prioridade ao espetáculo, pois vejo o futebol como entretenimento, paixão, lúdico ao torcedor.
Comentário 9 é de minha autoria Douglas Pinheiro.