Por Mauricio Stycer
Eis um tipo resistente, difícil de ser convencido, esteja você falando de política ou futebol, desastres naturais ou acidentes do destino. Ele (ou ela) está sempre procurando sentidos ocultos nos textos, enxergando teorias da conspiração onde há apenas opinião. Sempre acha que, por trás do que lê, existem intenções disfarçadas, com propósitos não revelados. Quem, como eu, escreve ou lê sobre televisão na internet, conhece Ubaldo, o Paranóico de longe. Ele é o sujeito que vê manipulação e segundas intenções em todos os textos. “Você é pago para falar mal da Globo”, escreve ao ler alguma crítica negativa à líder de audiência. E acrescenta: “Nunca vi um texto seu falando bem da Globo”.
Dias depois, ao trombar com algum texto elogioso a programa da emissora que ele julgava ser perseguida pelo blogueiro, muda de opinião. Radicalmente: “Você é pau mandado da Globo”, grita. Naturalmente que a paranóia de Ubaldo é democrática. Com frequência, ele vê perseguição a outras emissoras também. “A Globo te paga para falar mal da Record”, escreve. “Por que você persegue o ‘CQC’? Assiste outra coisa”, propõe outro.
Ubaldo, o Paranóico, é parente do Maníaco da Censura, um tipo identificado e retratado com muita perspicácia por meu colega Leonardo Sakamoto. “O Maníaco é um leitor que se enxerga como vítima de um complô universal, pois acredita que escreveu um comentário revolucionário e que – céus! – foi limado pelo cretino do blogueiro”, escreveu ele. Além de ver tramóias nos textos do blogueiro, Ubaldo frequentemente reclama que seus comentários foram censurados. Quando localizo no blog o comentário que ele julgava suprimido, ele retorna com um pedido de desculpas, seguido de alguma nova estocada. “Pelo menos você não me censurou, mas esta sua perseguição ao Marcelo Tas está passando dos limites”.
Em tempo: Para quem não sabe, o verdadeiro “Ubaldo, o Paranóico” é uma invenção genial do cartunista Henfil (1944-1988), em parceria com o crítico musical Tarik de Souza. Criado em 1975, o personagem representava as angústias dos autores, e de muitos conhecidos, sobre as marchas e contramarchas da ditadura militar. Contra a opinião de especialistas que entendiam, na época, que o regime militar iria abrandar a repressão e levar o país de volta à democracia, Ubaldo tinha medo de um retrocesso, achava que estava sendo vigiado e poderia ser preso e torturado. Um resumo com os melhores desenhos de Henfil dedicados ao personagem pode ser visto no livro “A Volta de Ubaldo, o Paranóico” (Geração Editorial, 134 págs., R$ 32).
Interessante, esse Ubaldo, meu caro Gerson.
Sem pretender padecer do mesmo mal, ouso dizer que há alguns ‘Ubaldos’ aqui, entre nós, ilustres comentaristas, que diariamente visitam seu popularíssimo e democrático blogue.
Outro dia, ao visitar o blog do Cruz (naquela postagem sobre a Arena de Manaus), pude ver alguns ‘Ubaldos’ por lá também, chegando a compadecer-me de José Cruz.
Hahahaha, a ideia é justamente dar uma sacudida nesse tipo tão comum nas redes sociais, meu caro Valentim. Convivo com isso diariamente na caixa de e-mails. Teorias absurdas, lendas urbanas, mania de perseguição em estado bruto. Enfim, vida que segue.
Gerson, o que tu queres dizer com:
” Enfim, vida que segue.”…???
Uhmmm!! …Estranho!! Muito estranho!!!
está me parecendo um código impresso em umamensagem subliminar, aonde o verdadeiro objetivo é desestruturar a harmonia existente em nossa consolidada democracia!!
hahahahahahah!!
kakakakaka!!
Um abraço!
Genial essa, Alberto Lima.
He he he…
Alberto: VIDA que segue: É um termo confortador para expressar maus momentos passados. “o que passou, passou”.
Amigo Berlli, eu sei disso!
Por favor, entenda a piada!! Jizuis!!!!
rsrsrsr!!
D certo.
Égua da puxadinha de leve.
He he he…
Verdade verdadeira. É preciso muita paciência. A vida segue.
Tive minha experiência militar e posso afirmar de cadeira que lá (nos quartéis) existem Ubaldos em exceso. Transferência de uns, chegadas de outros então! Nem se fala, na medida para manter o equilíbrio. Mas “Ubaldos” estão espalhados pelos 4 cantos do Brasil e o que teem em comum é o puxa saquismo. Putz, pior que remista.
Nada é pior que remista!!…
kakakakakak!!
Sem exagero Berlli!! Por favor!!..kakaka!
Pensando bem. Rsrsrsrsrsrs
hehehe!!
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Hum…!! Já desconfiava….
Estou notando que após a mordida da pantera, alguns “Ubaldos cor azul azul velório”, debandaram. É o processo da exterminação em andamento.
esse velho é o maior Ubaldo dos sites kkkkkkkkkkkkk