Coluna: Às portas do desespero

Os oito dias que o Remo ficou sem seu técnico (que viajou para procurar reforços) após ser eliminado nas semifinais do turno estão cobrando seu preço agora. Desarrumado e sem fôlego, o time foi batido em Santarém por um São Raimundo tecnicamente aplicado e fisicamente na ponta dos cascos. Apesar de sair na frente, o time de Paulo Comelli cedeu o empate com extrema facilidade e escapou de levar mais gols ainda no 1º tempo.
A derrota se materializou na etapa final, após a expulsão do volante Luiz André por jogo violento. Com menos um, a jornada se tornou ainda mais inglória. Além do desentrosamento de algumas peças e da franca inferioridade diante de um afinado S. Raimundo, o cansaço bateu mais cedo, dificultando a tentativa de reação.
Com valentia, o time ainda foi à frente e quase conseguiu a igualdade aproveitando-se de certo relaxamento do time da casa nos 20 minutos finais. As boas entradas de Moisés, Jailton e Ratinho tornaram o Remo mais agressivo a partir do meio-de-campo e deixaram a impressão de que o time pode ser reestruturado ao longo do returno – isto se houver tranqüilidade para driblar o desespero que ronda o Evandro Almeida.
E olha que quando Wellington Silva marcou logo aos 10 minutos, inaugurando a participação dos atacantes na campanha azulina, passou a impressão de que o Remo partiria para a vitória. A ligação entre meio e ataque acontecia naturalmente, liderada por Tiaguinho, contando com a intensa movimentação de Tiago Marabá no ataque. A defesa funcionava bem e até o jovem lateral-direito Gleidson se comportava bem.
Mas, curiosamente, bastou o Remo fazer o gol para surgirem os primeiros problemas. O time inexplicavelmente passou a tocar bolas no campo de defesa, diminuindo a freqüência dos ataques e abrindo espaço para o adversário atacar. Renato Medeiros e Sató passaram a explorar o espaço nas costas de Marlon e por ali surgiram boas chances, desperdiçadas por Leandro Guerreiro e pelo próprio Medeiros. Logo em seguida, nasceu o gol de empate, em disparo certeiro de Leandro, de fora da área.
No tempo final, a partida começou em alta velocidade, mas a balança pendeu para o lado santareno quando Luiz André foi excluído, em lance que atestou o mau condicionamento do volante, que chegou atrasado para dividir a bola. A partir daí, o Remo se encolheu, mas Daniel fez uma jogada de grande categoria na área e desempatou.
No desespero, o Remo partiu para a ousadia e quase empatou em lances de Rafael Morisco e Tiaguinho. Mas, exposto atrás, permitiu que Leandro Guerreiro ampliasse para 3 a 1. Vitória categórica desse novo S. Raimundo. 
 
No sábado à noite, o Paissandu quase se complicou ao usar um time quase reserva contra o Castanhal reestruturado por Valter Lima. Levou sufoco, sofreu um gol no fim do 1º tempo, mas tinha Mendes em campo. Com perícia, aproveitou passe de Vanderson para evitar a derrota. No Souza, o Águia não segurou a Tuna, que obteve a vitória mais surpreendente do fim de semana, aberta com o triunfo do Cametá em Tucuruí. Os 12 gols da primeira rodada indicam que o returno será de tirar o fôlego. (Foto: MÁRIO QUADROS/Bola)     

(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta segunda-feira, 4) 

16 comentários em “Coluna: Às portas do desespero

  1. o time do remo me dá uma sensação de que já ví isso antes….entra jogador, sai jogador, entra técnico, sai técnico e a disposição parece a mesma…posso estar errado mas sempre vejo um time com medo, sem atitude de time grande, o remo se apequena muito e esse é seu erro. Esses jogadores que o remo contrata não sabem o que é time de massa, só pode ser isso.

  2. Égua meu!
    Naquele ultimo gol do Mundico o Vélber parecia ter 20 anos e aquele marcador tinha uns 100 pois, o Vélber passou como quis e cruzou para o outro fazer o gol pra selar á vitória.

  3. Esse TIME SEM HISTÓRIA adora novidade. Criaram a Série D e ele inaugurou, agora criaram a Série E e lá vai ele pra lá. Isso que é gostar de novidade. Acabaram as pilhas ?? Use REM-O-VAC, as azulzinhas.

  4. Foto engraçada. O técnico aponta para um lado e o jogador para o outro. O fotógrafo deveria ter escolhido outra foto.

    1. Como assim, camarada? O fotógrafo acertou na mosca: a ideia é mostrar justamente o descompasso da situação. Ou alguém acha que Comelli e os jogadores falam a mesma língua e olham na mesma direção?

  5. Pq surprendente????:::jogavamos em nosso quintal e com a torcida de nariz encostado no alambrado, somente havia um lado que poderia entrar nos ferros. eles!
    Pela quantidade de gente q eles contrataram nao os poria como francos favoritos, tds podem, somente a Tuna q nao???
    hj posso afirmar que os marabaenses seguem o caminho do ora badalado Ananindeua. O bloco do VAI PASSAR.

  6. AVISO* isto n pode ser lido por adeptos de um clube representado por um Leao.

    P: Porque é que os remistas vão começar a plantar batatas nas margens
    do relvado.
    R: Para terem algo no final da temporada.

    P: O que é que o general Pinochet e o Remo têm em comum?
    R: Ambos juntam as pessoas em estádios de futebol para as torturarem.

    P: Porque é que o Remo vai passar a ser patrocinado pela Claro
    R: Porque a Claro dá pontos.

    P:Sabe porque é que o Finazzi veio para o Remo?
    R: Porque os médicos pediram para ele se afastar do Futebol.

    Se es remista e tua curiosidade o levo-u ate o final da leitura. Eu Avisei. caso contrario, ria enquanto pode.

      1. ehh amigao !tamo brigando pela unica vaguinha da D, ai nao da’ para ser comedido com ninguem..tem que ir pra vera mesmo!
        e tu sabes q por aqui so tem cobra criada..heheheh

      2. putz..é verdade….dá lhe Aguia…….estarei lá contra o PSC, no Souza..

  7. Só não entendo o Gerson afirmar que a vitória da Tuna foi a grande surpresa. Jogo no alçapão da Lusa com clubes em iguais nível, só poderia pender para os locais. Resultado normal na minha opinião, mais até que do jogo de Santarém.

      1. coitado do diretor, vice, medico, auxiliar, empresario e diz que treinador Joao Galvao….

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