O Paissandu venceu e está classificado com uma rodada de antecedência. A torcida comemora o feito, mas certos problemas não podem ser ignorados. Como ocorreu em todos os últimos cinco jogos, o time não conseguiu envolver por completo o adversário – e o de hoje era, sob todos os pontos de vista, muito inferior. As jogadas, manjadas pela repetição, não se alteram. Saída pela esquerda com Aldivan, deste para Tiago Potiguar e daí para Bruno Rangel ou alguém que chegue pelo meio do ataque. Ou cruzamentos na área na tentativa de acertar a cabeça de Leandro Camilo, Paulão ou Rangel.
Contra adversários desatentos e mal posicionados, uma dessas tentativas acaba dando certo. Foi o que ocorreu no lance em que a bola foi lançada na área e chegou até Bruno Rangel, que conseguiu virar em cima de um beque e chutou para as redes. Nem a circunstância do gol, que expôs por completo a fragilidade da zaga do São Raimundo, o Paissandu conseguiu se aprumar em campo.
O fato é que o futebol insinuante dos primeiros jogos vem dando espaço a um padrão previsível, no qual nem mesmo um jogador arisco e habilidoso como Tiago Potiguar consegue se sobressair. Ontem, mesmo com a marcação frouxa de Pitbull, não repetiu seus bons momentos no Paissandu. Sua participação mais incisiva foi o arremate na trave depois de grande jogada com Sandro, no começo do 2º tempo. Como astro da equipe, não vem funcionando como fator de desequilíbrio. Prende a bola em excesso e às vezes abusa do cai-cai.
Além das dificuldades de Potiguar, o Paissandu sofreu com a apatia de Fabrício, que passou praticamente despercebido. No ataque, Bruno Rangel é a figura mais destacada porque não costuma desperdiçar oportunidades de gol. Fernandão entrou nos instantes finais e teve boa movimentação, credenciando-se a brigar pela camisa 9. Talvez tenha sido a melhor notícia de uma tarde que revelou, em cores vivas, a estagnação do time de Charles. A fraca exibição sinaliza para dificuldades crescentes nas próximas etapas.
Jogadores e o técnico Giba passaram a semana prometendo vencer e convencer contra o Vila Aurora. O discurso caiu no vazio depois de terríveis 90 minutos, durante os quais o Remo só criou uma chance real de gol – e aos 36 minutos do segundo tempo, num desvio de cabeça (de Frontini) que bateu no travessão. O mandante, mesmo com jogadores de baixíssima qualidade, ainda desperdiçou duas chances com a intervenção direta do goleiro Adriano. O resultado, apesar dos percalços, foi interessante, pois deixa a situação inteiramente favorável para o jogo de volta.
Duro é entender como Giba não consegue dar ao time um mínimo de organização. A insistência em dar um lugar a Canindé beira a insanidade. O meia entrou na metade do tempo final, substituindo a Gian, mas só fez cobrar escanteios – dois deles para fora. Gilsinho, outro eleito do treinador, é dispersivo e não finaliza. Os laterais pouco apoiam e quem ainda segura as pontas é a dupla de volantes, Danilo e Júlio Bastos. Dos atacantes nem se pode falar porque só recebem bolas podres. Para ficar razoável, o Remo ainda precisa melhorar muito. (Fotos: TARSO SARRAF/Bola)
(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta segunda-feira, 6)
Gerson, Bom dia,
Tudo verdades. Estamos complicando uma situação que poderia ser das mais fáceis. O bicolor amazônico exagera neste aspecto, já o azulino é por falta de credenciais, mas poderia está mais descansado do tormento que ora se aproxima. Vamos cobrar se não ficaremos que nem o condel dos desunidos, dizendo “Prova AK”.
Sr. Gerson, Bom dia,
Perfeita a leitura sobre o desempenho do Paysandú,principalmente nas cinco últimas rodadas. `Talvez em função dos itens que voce bem citou. Alias sobre esses aspectos escrevi ontem,falando que o meu time,não entendo porque, vem caindo pelas tabelas,em termo de apresentações pífias,tirando a tranquilidade de seus torcedores que só não estão reclamando mais,por causa dos resultados que, apesar das fracas exibiões,vem sendo o necessário,na competição. Falei também -e sei que muita gente vai contestar- do excesso de individualismo, pricipalmente de Tiago Potiguar,que a meu ver prejudica muito a parte coletiva da equipe. Só não vê,quem não quer.
Bom dia, Manoel. A queda de rendimento do time é visível há pelo menos cinco rodadas. Classificou, está bem na foto, mas precisa corrigir o apagão que se abate no segundo tempo e a excessiva dependência em relação a Tiago Potiguar.
Perdão, mas discordo que o Papão tenha sido isso que o Gerson falou. Não, pelo menos no primeiro tempo, quando sufocou o adversário e poderia ter feito mais uns dois ou três gols, não fosse o Bruno Rangel tão lerdo na hora de finalizar. É verdade que Thiago está retendo demais a bola e o Aldivan é um lateral previsível, porém Fabrício, Marquinhos e Sandro dominaram o meio de campo e o São Raimundo quase não deu trabalho.
Repito o que disse no pst anterior sobre o rendimento no segundo tempo, caiu porque os que estavam mais inteiros foram substituídos, enquanto os cansados fficaram até o fim. A manifestação de discordância da torcida pela saida de Fabrício mostra bem o quanto foi errada sua substituição. Finalmente, do jeito que entrou Fernandão, penso que Bruno Rangel vai ter que melhorar muito para se manter como titular.
Concordo o Fernandão e muito bom jogador!
Discordo com relação ao Fabrício. Vem sendo o jogador mais lúcido das últimas partidas do Paysandu e injustamente substituído pelo Charles, em detrimento ao Marquinhos.
A torcida não aguenta mais esse Marquinhos jogando… abre o olho Charles..
Charles precisa colocar qualquer um outro atacante e recuar o Potiguar, pra vaga do Marquinhos, pro Paysandu voltar a render o que rendeu no campeonato paraense
Eduardo,
O Charles Guerreiro não é bôbo, tampouco afobado, agora que terá uma boa folga na tabela, pois só jogaremos na últinma rodada dia 19, entendo que ele recuará o Potyguar para o meio, na real posição dêle e entrará com o Fernandão junto com o Bruno Rangel, à frente.
è escalação de time “matador”
Gerson,
Concordo em gênero, número e “degrau” com sua análise. A última boa partida que fizemos foi contra o Fortaleza no Castelão, mas que pela inoperância do nosso ataque saímos com o empate.
Quanto a Potiguar, seu desempenho de fato vem comprometendo a a fluidez do jogo bicolor. Individualista ao extremo, tem retido de mais a bola, incorrendo no famoso “cai-cai”, chamando faltas que, via de regra, não são marcadas. Isso, em fases eliminatórias é temerário, pois dá aos adversários a oportunidade do contra-golpe, e aí é um “salve-se quem puder” caso resulte em gols. Charles precisa orientar melhor seus jogadores, cobrar mais, ser mais incisivo. Talvez essa seja a suas maior “deficiência”. O time do Paysandu deve colocar em mente que está na Série C e não mais no “Parazinho”, como você diz, quando se ganha partidas a hora em que se quer dado a fragilidade dos adversários.
Acredito mesmo que a ausência de Moisés desarticulou um pouco a maneira de jogar do Paysandu.
Quanto ao futebol praticado na Série C, lanço aqui uma observação que acredito ser pertinente: o futebol praticado nesta competição é anacrônico ao atual estágio do futebol mundial e mesmo brasileiro. As partidas são lentas, morosas, em “slow motion”, o que não significa dizer que a vida dos jogadores é facilitada, afinal de contas, o que se vê de passes e cruzamentos errados e chutes tortos é um assombro. Dá até “calo na vista” como se diz.
Minha impressão do jogo foi de que o Papão dominou a maior parte do jogo, sendo pouco ameaçado.
Quanto ao apagão verifiquei que ele ocorreu no segundo tempo devido à queda de produção do Fabrício que simplesmente sumiu no jogo, contribuindo para que o papão perdesse completamente o domínio de bola no meio campo. O mundico então passou a dominar o jogo.
O charles vendo a situação retirou o fabrício para a entrada do Fernandão, recuando o potyguar para o meio campo visando retomar o domínio daquele setor.
Essa mexida não funcionou e o mundico continuou dominando o jogo e o Charles fez mais uma mexida com o intuito de retomar o meio campo: Tirou o marquinho e colocou o alexandre carioca, que passou a jogar na posição de volante ao lado de tácio liberando o Sandro, já desgastado, para atuar apenas na armação e das jogadas.
Pronto: O Papão passou a dominar o meio campo e colocou as coisas no seu devido lugar.
Parabéns ao Charles por suas mexidas. Faz o Simples, sem nada de invencionices.
Quanto ao placar penso que o mais justo seria 3 a 1 para o paysandu, pois os caras perderam alguns gols feitos.
Outra coisa, me impressionou demais o futebol do Fernandão. Penso q o charles pode testar o time com ele e o Bruno no ataque e o potyguar e fabrício no meio, sacando o Marquinhos.
Talvez dê certo.
Outra coisa ALÉM DA CLASSIFICAÇÃO GARANTIMOS O 1º LUGAR NO GRUPO COM UMA RODADA DE ANTECEDÊNCIA.
e tem mais: SOMOS A MELHOR CAMPANHA DE TODA A SÉRIE C.
então colegas, só temos que dar parabéns ao charles e a todo o grupo. Só falta um mata-mata pro ano ser 100%
VAMOS SUBIR PAPÃO.
Concordo com tudo que vc disse amigo! O problema que o nosso clube, acostumou muito mal os seus torcedores, com grandes vitórias, com muitas goleadas, mais temos de separar o jóio do trigo, o time jogou para o gasto, se ontem não goleou, paciaência venceu e classificou com antecipação, que era mais importante do que dar espetaculo.
Chrles está no caminho certo, e resta à nos torcedores do Paysandu, termos paciência com o time, que vamos chegar lá, na tão sonhada volta a serie B!!!!
VAMOS SUBIR PAPÃO!!!!!!!!!!!
Acho que o termômetro de nosso time tem nome, chama-se Thiago. Se este não estiver em um dia inspirado o time, não conseguer render o esperado, todos sabemos a queda de rendimento do mesmo, por está jogando fora de sua real posição, tudo graças a ausência no time do Moises, este que está em negociação para sair do clube, fala-se que o Internacional de Porto Alegre está na frente para tê-lo em seu grupo.
Então acho que o Potiguar, está muito em jogar fora de sua posição, acho que o Charles tem de encontrar algum outro jogador, dentro do grupo para colocar na frente ao lado do Bruno Rangel, com isso, recuar o Thiago para o meio de campo, é o time voltar à deslanchar.
VAMOS SUBIR PAPÃO!!!!
Caro Gerson, será que o Pay repetirá o Flamengo ? Oficiando à FIFA para que se reduza a etapa de complemento, de 45 para 30 minutos com medo do ‘apagão’ de seus jogadores ? Em 06.09.10, Marabá-PA.
Quem sabe se isso já estivesse em vigor, o àguia não tomaria a peia que tomou.
Quem escreve o que não deve, acaba lendo o que não quer.