Cartolões indiciados por lavagem de dinheiro

Do Super Esportes

O deputado Zezé Perrella e seu irmão Alvimar Perrella foram indiciados por crime contra o sistema financeiro nacional em inquérito aberto pela Polícia Federal para investigar denúncia de enriquecimento ilícito. Como dirigentes do Cruzeiro, eles são acusados de lavagem de dinheiro e evasão de divisas na venda para o exterior do zagueiro Luisão, numa suposta negociação de fachada com um clube do Uruguai.

De acordo com o inquérito conclusivo da PF, em agosto de 2003, o jogador teve os direitos federativos negociados por US$ 2,5 milhões. Inicialmente, o destino dele seria o Central Espanhol Futebol Clube, time de pouca expressão de Montevidéu. Três dias depois, o clube uruguaio aceitou vendê-lo para o Benfica, de Portugal, por exatos US$ 1.597.791, 61, quase US$ 1 milhão a menos que o divulgado.

A PF sustenta que se trata de uma ponte comercial usada para ocultar recursos não declarados ao fisco. O relatório mostra que, para dificultar o rastreamento dos dólares, os valores ocultados na suposta negociação de fachada voltaram irregularmente para o Brasil e teriam sido pulverizados na contabilidade de empresas supostamente controladas pelos dirigentes cruzeirenses.

No início do mês, outro inquérito foi instaurado contra os Perrellas. Desta vez, para investigar a negociação do volante Ramires. Ele foi vendido ao Benfica por 7,5 milhões de euros, mas a PF tem fortes indícios de que também teve passagem relâmpago pelo time uruguaio.”

13 comentários em “Cartolões indiciados por lavagem de dinheiro

  1. Deveriam estar, também, de olho nos delegados de polícia. Conheço um que tem uma verdadeira mansão, pelo que ganha no contra cheque não caberia nem o carrão que tem na garagem.

    1. Meu senhor, tire fotos da mansão e do carrão, verifique o rendimento mensal de um delegado, se houver incompatibilidades denuncie o fato à Corregedoria da Política e/ou ao Ministério Público. Quem é sabedor de desvios de conduta e não denuncia é conivente.

      1. Caro Vicente, apenas comentei um fato, nada mais e longe de querer criar polêmica sobre isso. Não sou da Federal para correr atrás de bandido e se fosse denunciar a lista seria grande. Agora te incomodou por que?

  2. Pelo menos nossos dirigentes de clubes não podem ser neste ítem enquadrado. Não há lavagem de dinheiro e sim, levada de dinheiro. E o Baenas vai ou não vai?

  3. Mas Berlli, se formos comparar contra-cheque com patrimônio, amigo, não fica um pra contar história.

    Estamos num país chamado Brasil, e nessa terra ganhar dinheiro honestamente não é tarefa fácil.

  4. Assim como é lá é aqui. Isso é cultura brasileira, no futebol. Exclua um em todo o Brasil. Quem ainda não é, um dia será. A ocasião é que faz o ladrão. Quem fiscaliza as contas dos clubes? aqueles velhinhos, que na maioria já fizeram isso. E um dia aparecer um honesto, será cassado. Podes crer.

  5. VALEBNTIM: Eu não estou julgando. Estou falando o que vejo. Então me aponte um, que mereça crédito. Já houve quando o futebol era amador. Não se contradiga, amigo.

  6. Os clubes deveriam divulgar, em seus sites, seus balancetes trimestrais. A imprensa esportiva poderia comentar tb tais balancetes. E, principalmente, cada posição (individual mesmo) dos membros do Conselho Fiscal.
    Por falar nisso: quem são mesmo os membros dos conselhos fiscais dos principais clubes do Pará?
    Que os clubes são lavanderias (e outras coisas mais) insinua-se de muito tempo – na boca pequena. Em Brasília, diz-se isso do clube de um ex-senador. Mas, como observou o Valentim, a PF desde 2003 não está livrando a cara de ninguem. Ainda bem!

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