Por José Roberto Malia
Qualquer semelhança entre Jorginho, o anjo da guarda de Dunga, e o velho Lobo Zagallo, escudeiro de Parreira, não é mera coincidência. Os dois adoram discursos ufanistas, a pátria de chuteiras. O faniquito de Jorginho no dia da convocação trouxe à memória um discurso do auxiliar na Copa América de 2007. Após uma pergunta sobre as forças do mal, Jorginho disse que Jesus excomungaria quem tentasse prejudicar a seleção.
Dos 23 jogadores convocados por Dunga para a Copa 2010, 21 são evangélicos e todos participam ativamente das palestras e rodas de oração do auxiliar Jorginho. Aos que criticam tamanho ativismo religioso, o ex-lateral do Flamengo diz se tratar de simples coincidência.
Interessante… nessa seleçinha, não há meio termo, pois ou todo mundo é “da onda” como se diz (tal como em 2006) ou todo mundo é “da paz”, como agora. Só que os comandantes do barco (ou barca, como queiram) esqueçem de uma coisa: qualidade técnica e bom futebol não tem cor, não tem credo e nem coloração política.
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É UMA pena que se vá por esse lado, misturando uma coisa séria como religião a esporte, que em princípio seria uma diversão mas acabou sendo um negócio, e bem lucrativo, diga-se. O alemão, o inglês, francês, árabe, coreano e argentino, todos enfim são filhos do mesmo Deus. Vai ganhar quem estiver bem mais preparado ou errar menos.
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Tudo é sério e tudo é engraçado, divertido. Depende do olhar de cada um. Algumas coisas chamadas de sérias viram, no jogo da vida, piadas de péssimo gosto.
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Poucos são os treinadores (futebol) acostumados com o jogo das palavras. Parreira é exceção. Luxemburgo não, por ser falastrão, considero-o peladeiro nesse jogo (palavras). As entrevistas seriam bem diferentes, com perguntas inteligentes e respostas pertinentes.
É isso ahí, Bilac definiu nossa lingua como ‘ inculta e bela, esplendor e sepultura ‘. Paciência vamos ter que nos aturar.
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Bom dia Gerson Nogueira e Amigos do Blog;
Interessante, determinadas afirmações aqui postadas; se a turma da pá virada não conquista nada, é defenestrada, se busca-se formar um grupo de pessoas que cultivam princípios saudáveis e ideologias também são execrados, ora, qual é meus camaradas, há de se tomar posição sim; qual é o problema do atleta ser Cristão? se fosse drogado, fanfarrão, adorador do cão, seria considerado interessante e a ele, seria e é dado, o direito de proferir e declarar suas preferências, inclusive a de cultuar o oculto; então, qual o problema do ser CRISTÃO?
E quem garante que atletas das seleçinhas mencionadas nos posts acima, não são Cristãos, ou Atletas de Cristo? Algumas coisas são tão nítidas, como por exemplo, é bem melhor estar, trabalhar, nadar, lutar ao lado de Cristo e Sob o Comando Dêle, a aventurar-se no contrário.
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É UMA pena que se vá por esse lado, repito. Dá-se a impressão de que esse foi o primeiro critério de convocação. Certeza teríamos então de que verdadeiros e geniais craques de bola como Pelé, Garrincha, Romário, Zico, Jairzinho, Tostão, Paulo César Caju, se estivessem hoje no apogeu da carreira, caso não fossem ‘atletas de cristo’ não seriam convocados. No meu time, na minha empresa, na minha escola, etc, eu jamais faria distinção de raça, credo ou preferência político-partidária, vendo em primeiro lugar a competência. Aliás, esses dois últimos critérios nem seriam pedidos no preenchimento da ficha, também sob pena de se contrariar o art. 5º da CF.
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Silas, não dá para esconder o bombom com a tábua de pirulito. O proselitismo religioso chega a ser explícito nessa seleção. O Dunga, que de evangélico não tem nada, quando muito um católico de batismo, está se aproveitando desse processo de disciplinização da equipe motivada pela religiosidade, para adotar um modelo de comportamento coletivo em tempos de futebol guerreiro, obediente, cívico, patriótico e coisas do gênero. Assino em baixo as objeções do Valentim e isso no Brasil recente tem sido utilizado com uma vilania recorrente e condenável pela CBF pagã.
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