Estrela de Samir brilha e Remo supera S. Raimundo

 

Com gols de Samir (2) e Marciano, o Remo derrotou o São Raimundo de virada, por 3 a 1, na noite deste sábado, no estádio Evandro Almeida. A partida foi disputada em ritmo de alta velocidade e busca permanente do gol, o que tornou o confronto aberto e o resultado indefinido até os 44 minutos do segundo tempo. O equilíbrio foi a tônica do jogo no primeiro tempo, quando o time santareno fechava melhor a defesa e explorava os contra-ataques para levar perigo ao miolo de zaga remista, formado por Pedro Paulo e Rodrigo Antonelli. 

O primeiro grande momento da partida aconteceu aos 14 minutos em arrancada de Hélliton pelo lado esquerdo do ataque remista. O cruzamento rasante acabou não sendo aproveitado por Marciano. Aos poucos, o S. Raimundo abandonou a postura retraída e passou a acionar Max Jari e Branco, que trocavam constantemente de posição, baratinando a marcação remista, que era obrigada a manter o volante Danilo como uma espécie de terceiro zagueiro para reforçar o bloqueio. Marcelo Pitbull e Beto faziam um bom papel no meio, marcando e distribuindo o jogo para a chegada dos alas Leandrinho e João Pedro.

Gian armava as jogadas e cadenciava o ritmo do Remo, enquanto Vélber pouco aparecia nos primeiros 45 minutos, preocupado em ajudar na marcação à saída de bola do S. Raimundo. Aos 20 minutos, Gian errou cobrança de falta e acabou armando um contragolpe mortal do S. Raimundo. A bola chegou rapidamente a Max Jari, que tocou para Branco atirar cruzado à direita de Adriano e abrir o placar.

Surpreendido pelo gol, o Remo acusou o golpe e quase permitiu o segundo gol logo em seguida. Branco recebeu bom passe de Leandrinho, fintou Antonelli e chutou forte rente à trave. Através dos avanços de Marciano e da habilidade de Hélliton, o Remo tentava reequilibrar as ações. O empate surgiu em escanteio cobrado no segundo pau por Gian, aos 25, que alcançou Marciano livre pelo lado esquerdo. O atacante só escorou para as redes de Labilá. Hélliton, em outra boa jogada engendrada por Gian, quase desempatou aos 34 minutos, desviando de cabeça cruzamento do lateral Paulinho.

Para o segundo tempo, Sinomar Naves trocou Gian por Samir, mudando a dinâmica de jogo do Remo. Com isso, Vélber ficou encarregado da armação e ainda corria para fechar a marcação, ao lado de Fabrício e Danilo. Flávio Barros tirou o zagueiro Evair e lançou o estreante Flamel, desfazendo o esquema de três zagueiros. O jogo recomeçou quente, com o Remo tentando chegar ao gol. Aos 9 minutos, Vélber cruzou à meia altura e Marciano obrigou Labilá a fazer grande defesa. Aos 12, Hélliton chuta forte no poste esquerdo do S. Raimundo. Aos 16, Leandrinho salva em cima da linha bola desviada pelo ataque remista.

A pressão remista foi interrompida por um contra-ataque envolvente do S. Raimundo, que terminou em arremate rasteiro de Pitbull, rente à trave. Aos 31 minutos, jogada confusa na área santarena resulta em gol de Samir, anulado pela arbitragem. O Remo não esmorecia e, empurrado pela galera, ia com tudo à frente, puxado pela velocidade de Samir, que criava diversas situações de perigo e envolvia a defesa do S. Raimundo. O cerco deu resultado aos 44 minutos, quando Hélliton invadiu a área e disparou chute na trave. No rebote, Samir tocou de cabeça para as redes.

Quatro minutos depois, o mesmo Samir aproveitou passe de Marciano e bateu rasteiro para aumentar: Remo 3 a 1. A súbita vantagem de gols deu a falsa impressão de uma vitória tranquila, mas quem foi ao Baenão viu um jogo parelho e cheio de alternâncias até os instantes finais. A renda foi de R$ 79.311,00 (6.152 pagantes). O resultado assegurou ao Remo a primeira colocação no G-4 – com 16 pontos não poderá mais ser alcançado pelo vice-líder Paissandu, que tem 9. O S. Raimundo terá que vencer na última rodada e torcer por outros resultados para ir à semifinal do turno. O Remo não derrotava o S. Raimundo há cinco jogos. (Fotos: MÁRIO QUADROS/Bola)

14 comentários em “Estrela de Samir brilha e Remo supera S. Raimundo

  1. Gerson, qualquer time que jogar com o Remo, sem a preocupação de marcar seus dois principais jogadores(Gian e Velber), sofrerá as consequências. O Técnico Flávio Barros, quiz surpreender o time do Remo, se jogando todo ao ataque, mas sem a incubência de anular esses dois jogadores. Gerson, no futebol, primeiro vc não deixa o adversário jogar, pra depois ir matando o mesmo aos poucos. O mais engraçado é que o Paysandu, fez isso, o SR não. Porque? Penso que com um esquema suicida desse, o SR, tem que se dar por satisfeito com apenas 3×1. Sinceramente, fiquei decepcionado com a postura do Técnico Flávio Barros, que contra o Botafogo, soube anular todos os seus pontos fortes, mas não conseguiu, pelo jeito, enxergar pontos fortes no time do Remo(único e exlusivamente, seu poder de fogo), achando que ganharia o jogo a qualquer momento. Vou te contar(diria o Gerson). O Remo estava tão preocupado com o Max Jari, que recuou o Danilo, pra fazer essa marcação, abrindo mais espaços ainda, em seu meio campo e, o SR, não soube aproveitar, pois queria jogar, sem marcar. Ora, amigos, se era pra ir pra cima do Remo, porque não entrou,logo, com o Flamel, no 4-4-2? Fico triste em ver o Gian correndo feito maluco. Veja o que é a diferença de Técnicos: O Gian, ficou 3 meses de preparando, antes do campeonato e, praticamente só consegue jogar 1 tempo. O Sandro, chegou um dia desses, mas, com muita inteligência, seu Técnico tirou o mesmo da função de volante e, o colocou numa função, onde possa explorar toda sua habilidade, sem haver tanto desgaste.Resultado, o Sandro joga os dois tempos(e mais prorrogação se tiver) e, é o principal jogador do Papão. Competência e conhecimento de futebol, é isso. Em todo caso, parabéns ao Remo.

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    1. Cláudio, não acho que o Flávio Barros tenha sido desastroso na arrumação de sua equipe contra o Remo. Vi inteligência na escalação de Branco e Max Jari para jogar em cima da dupla de zaga remista, obrigando Danilo a virar zagueiro e enfraquecendo a intermediária remista. Além disso, adiantou Pitbull, deixando Beto uma linha atrás para fazer pressão num espaço que o Remo deixava escancarado. Entendo que o azar do S. Raimundo (e do Barros) foi a fraquíssima produção de Michel na noite, repetindo o que vem fazendo no campeonato. Quando Evair cansou, ele fez o certo lançando Flamel e saindo do 3-5-2, embora a migração para o novo esquema tenha claramente atrapalhado o bom Filho e o razoável Carlão. Michel continuou mal e a entrada de Maurício Oliveira não deu os resultados que ele queria, tornando a cobertura da defesa insatisfatória, embora Beto e Pitbull continuassem a jogar muito bem. Por fim, Barros tem méritos por fazer Leandrinho e João Pedro funcionarem como autênticos alas, o que é uma façanha no futebol paraense tão refém de laterais fixos.

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  2. Patarata é mentira com basófia, ostentação. Diz um estafeta que o Barbi trocou a função do Sandro fazendo com que o mesmo jogue dois tempos ou mais, se tornando assim o principal jogador do Paysandu, ao passo que Sinomar, faz o inverso com Gian, mantendo este, na função onde sempre jogou, forçando maior participação deste, no jogo. E, portanto, Barbi é muito melhor que Sinomar no Parazão. Mais uma vez, aliás, mais uma das várias vezes, ofende a inteligência do leitor do BloG e do torcedor em geral. O Sandro ser, hoje, o principal jogador do Paysandu é porque as coisas estão erradas, muito feias, por lá, dizer que o cansaço do Gian é culpa do treinador, é cólera! O jogador sabe que o Samir está aí, e se não render, perderá a vaga pra ele.
    O Clube do Remo tem hoje, praticamente o dobro dos pontos do Paysandu e, esses pontos foram conquistados ao comando de Sinomar, mas, isso não basta, né? Aliás, que nada bastará se a coisa é pessoal. Nem que o Sinomar conseguisse fazer do Leão um campeão invicto, isso não seria “leve, refrescante e digestivo”. Mas, voltando à questão de ser melhor. Evidentemente, que Sinomar não tem currículo extensivo (apenas extensivo!) como o Barbi, entretanto, seus resultados em 2010 são melhores que o do Barbi, que até hoje, com todos os jogadores que tem ainda não conseguiu montar o bicola, vai acabar o 1º turno e ele não conseguirá, a torcida bicolor já sabe disso, inclusive.
    A competência e conhecimento de futebol do Barbi são tão avassaladores que, o Paysandu conquistou 9 pontos, enquanto que o Técnico Sinomar, tido como intelectualmente dentro do futebol, apoucado, levou o Clube do Remo a conquistar 16 pontos. Égua, sumano, o “analisador” está de Ponta Cabeça (de prego).

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  3. Ei gente! O Rempo ganhou. Porque este destempero. São dois técnicos limitados que nem merecem este desgaste. Falconi, tudo bem que o Remo tem quase o dobro do papa título, mas no quadrangular será reduzido a 1. É uma vantagem sem dúvida mas, longe de agora.

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  4. Vitória merecida e valorizada num jogo que classifico como o0mo o melhor de até então. Falhas e erros houve (dos dois lados) sem desmerecer ambos. Valeu pela busca de goals e de vitória. S.R° melhor pelo meio e o Remo bem superior pelos flancos. Antoniele ficou devendo (pesadao e sem recuperação). Danilo mais uma vez foi o homem do jogo e Labilá evitou o pior para O Mundico.
    Velber e Gian, marcados, tiveram dificuldades, salvaram-se pela noção de lançamento. Levy e Paulinho fizeram as jogadas de linha de fundo (sempre periogosas). Adriano sem defesas salvadoras, ao contrário de Labilá. Não consigo entender o S. R° com o futebol que mostrou só ter 5 pontos. Devia estar sendo muito mal dirigido. Sinomar preferiu manter o Velber por saber que não contaria com Gian até o final e com isso poupou uma substituição, utilizou-a quando necessária. Quando técnico não inventa tudo venta a favor. Sem tabú, sem vigança e sem algoz, o jogo de ontem agradou-me.

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    1. Também gostei muito do jogo – tão bom quando aquele surpreendente Ananindeua 4 x 3 Águia no Baenão. E, contrariando a visão do amigo Cláudio, achei que o Sinomar agiu muito bem ao tirar o Gian e botar o Samir no jogo. Fez bem, também, em transformar o esquema do primeiro tempo num 3-5-2 disfarçado, para garantir o Danilo em cima do Max Jari. Só não arranjou ainda uma solução para a ausência de um homem de referência na área. No esquema atual, Marciano e Hélliton ficam abertos nas extremas e ninguém chega pelo meio. Contra o Santa Rosa, Vélber fez esse papel muito bem, mas ontem estava encarregado de reforçar a marcação, principamente na etapa inicial. No Paissandu, entendo que Sandro aparece não por estar sendo priorizado pelo técnico, mas porque não existe ninguém em condições de organizar o jogo no meio-campo, o que faz com que o time obrigatoriamente gire em torno dele. Mas, no Re-Pa – contra o Sinomar – fez sua partida mais apagada, é bom não esquecer.

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  5. Diria o Gerson: Vou te dizer. Gostaria de saber que foi o jogador’ do SR que marcou o Velber e o que marcou o Gian. Penso que apenas Velber, não estava nos melhores dias ontem, mas jogou livre o tempo todo, assim como Gian e, depois o Samir. No resto da postagem do Tavernard, é questão de opinião e, isso, cada um tem a sua. Vou te Contar….

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  6. Salvo outro apelido, o nome jogador é Beto com a camisa 8. A dificuldade da marcação residiu na movimentação do Gian. Marcar não significa anular e sim acompanhar. Vária vezes em frente as cabines via-se a proximação dos 2 jogadores. Provocado, vou em frente. Não gosto do Luxemburgo nem por isso nego-lhe competencia. Já dizia Ernesto Santos (um dos maiores tericos

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  7. Grande vitória azulina aos poucos sinomar tá calando a boca de muitos bocudos por ai!!! não sei como o claúdio não disse “ainda” que mais essa vitória foi pura sorte, e que o remo e “mal treinado”, também não sei como “ainda” não disse hoje que o “papão” está no caminho certo rumo ao “título”, e que o barbieri é “mil vezes melhor” que o sinomar, pra mim ele já é a piada desse espaço por exibir colocações extremamente equivocadas e bizonhas, mas aqui cada um escreve o que quer e eu vou me divertindo. vamos leão!!!!

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  8. Com todo respeito que tenho por vc Gerson, mas nunca vi dizer que vc jogar num 3-5-2, obriga o time adversário a recuar seu volante pra zaga. Nunca vi isso. Outra, não foi tanta inteligência assim Gerson, pois o Ataque do SR, já vinha jogando com Max Jari e Branco. Gerson, se Evair tivesse saído por cansaço, não seria prudente colocar outro zagueiro?Penso que o mesmo saiu, sim, mas por ter o seu treinador, mudado a postura de jogar do SR. Se vc puxar pela memória, vai perceber que Leandrinho era Atacante e João Pedro, meia de ligação, logo não foi tão difícil aproveitá-los como atacantes pelos lados(alas).Em todo caso, respeito sua opinião. Na minha opinião, o melhor jogo do campeonato Taticamente, continua sendo ÁGUIA 2 X 2 PAYSANDU. É a minha opinião.

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    1. Cláudio, 3-5-2 ou 4-4-2 são convenções táticas, desenhos que dependem da dinâmica do jogo. Quando digo que o Barros obrigou o Remo a recuar, baseio-me no que disse o Danilo ao final da partida. Ele foi obrigado a ficar lá atrás – às vezes, era o último homem – porque o S. Raimundo pôs o Max Jari e o Branco em cima da dupla de zaga remista, que, como se sabe, nunca havia sido escalada antes.

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  9. Tavernard, tenho um amigo, que por coincidência, também se chama Ernesto e, ele sempre diz que: Todo treinador competente, é uma afronta ao comentarista que não entende de futebol, por isso, geralmente ele não gosta desse tipo de treinador. Ex: Luxemburgo, Galvão,…..

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  10. Cláudio, discordo também do que vc falou sobre Sandro. O jogador, sim, que está sendo inteligente de cadenciar o jogo para não se cansar. E dos jogadores indicados por esse treinador, qual se destacou até aqui???

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