Por Cosme Rímoli
Nova reunião da direção do Fluminense com a Unimed. Acontecerá hoje à noite. Os dirigentes irão fazer o que mais fazem nos finais de semana: analisar o time. E o técnico da equipe. Desta vez, Renato Gaúcho. E seu auxiliar, especializado contador de histórias, Valdir Espinosa.
O empate contra o Barueri doeu demais. Irritou os dirigentes, os torcedores. Fez lembrar as frases de Zico: “Nunca serei treinador do Flamengo. Não quero ver os flamenguistas que me adoraram, me xingar.” Renato Gaúcho deveria seguir o mesmo caminho. Ele foi vaiado, xingado impiedosamente domingo no Maracanã. O 0 a 0 diante do Barueri com dois a jogadores a menos.
Foi demais. O time está isolado na última colocação do Brasileiro. Uma vergonha para as tradições do tricolor carioca. Os reflexos são mais do que esperados. Fred está desesperado para voltar à Europa. Renato Gaúcho pode perder o emprego. Até por ter revelado que há sim atraso de salários dos jogadores que não pertencem à Unimed.
O coordenador Branco continua com a idéia fixa que passou a hora de mandar jogadores embora. Ele quer assustar o grupo. E afirmou isso na semana passada. Não deu resultado algum no Maracanã. Pelo contrário. Foi o Barueri quem desperdiçou as maiores chances de vitória.
Pelas contas frias, faltam 17 partidas. O time de Renato Gaúcho precisa de 10 vitórias, pelos matemáticos, para se salvar. Como confiar se o Fluminense conseguiu apenas três em 21 partidas? René Simões, Parreira e agora Renato Gaúcho, com as mãos nas cadeiras.
O que fazer com esse time vermelho, verde e branco?
O rebaixamento está sendo encarado com a certeza da festa do reveillon em Copacabana. A direção geral da Unimed se mostra cada vez mais descontente com a filial carioca. Não há ganho para a marca, confirma o marketing, bancar o Fluminense. Pelo contrário.
É só desgaste. Os próprios torcedores fluminenses acreditam é hora de trocar de patrocinadora. Não adianta ter uma que garanta o pagamento só de alguns jogadores e o treinador. Enquanto os demais têm salário atrasado. Há coisa demais errada no Fluminense para ser corrigida.
A forca está cada vez mais à vista. Seja o comandante que for. Renato Gaúcho ou Pep Guardiola. Todos nas Laranjeiras já sentem isso. E colocam, instintivamente, a mão no pescoço….