As previsões otimistas da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) para o Mundial de Berlim estão cada vez mais longe de se concretizarem. Ontem, em Berlim, mais uma das principais esperanças da delegação nacional não teve êxito e ficou longe do pódio. Último medalhista brasileiro em Mundiais, com a prata em Osaka-2007, Jadel Gregório terminou na oitava colocação a final do salto triplo, com a marca de 16,89 m. Foi seu pior resultado entre os quatro Mundiais de que participou.
A confederação, empolgada com o ouro de Maurren Maggi na Olimpíada de Pequim, acreditava na conquista de duas medalhas na competição. “Agora, restam a Maurren e o Marilson Gomes [da maratona], que são dois atletas tops. Era uma estimativa nossa, contando a melhor das hipóteses”, minimizou José Antonio Fernandes, chefe da delegação.
Outra esperança da CBAt, o revezamento 4 x 100 m masculino compete na sexta desfalcado após o escândalo de doping sistemático com a substância EPO (eritropoietina) e da consequente suspensão do técnico Jayme Netto e dos velocistas Bruno Lins e Jorge Célio.
Fase ruim desse esporte, reflexo da falta de estrutura, apoio financeiro e participação da CBAT. Aqui em Belém temos um excelente palco, e as autoridades poderiam fazer daqui um grande celeiro de grandes atletas.