Quase ninguém divulga as tentativas sorrateiras de líderes tucanos no sentido de minimizar ataques de partidários seus ao presidente do Senado, José Sarney. Lá no fundo, todo mundo quer ficar bem com um dos caciques do PMDB e homem de grandes articulações no Congresso, utilíssimas num ano eleitoral, como o próximo.
Para consumo externo, todos baixam o sarrafo no maranhense. Nas internas, FHC dispara telefonemas para o homem, jura que não tem nada a ver com os petardos tucanos disparados no Senado. Aécio Neves visita d. Marly no hospital, José Serra manda ramalhete de flores. Até o picolé-de-chuchu Geraldo Alckmin, ex-governador de S. Paulo, apressa-se em se entender com Sarney.
O fato é que essa horda de hipócritas não se emenda nunca. A hipocrisia, é bom que se diga, deriva das tentativas de encobrir atitudes ilícitas de Artur Virgílio, o esbravejador oficial da nação, e de Tasso Jeressaiti, tão enrolados em estripulias “secretas” quanto Sarney.
A pior coisa que pode existir em política é justamente essa dissimulação praticada pelos tucanos. Ronaldo Caiado e José Agripino são fiéis representantes da direita reacionária, assim como Heloisa Helena e Luciana Genro representam o que há de mais “porralouquice” em política. Mas são políticos autênticos, dos quais você sabe o que esperar na defesa de seus interesses. Mas esses tucanos… Até parece uma doutrina partidária: temos que ser dúbios!… E o pior de tudo é ver figurinhas carimbadíssimas como Arthur Virgílio e Álvaro Dias querendo dar uma de paladino.