Um goleador barato, no bom sentido

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Val Baiano não é nenhum iniciante. Já rodou o Brasil. Perambulou pelo Nordeste, defendeu o Brasiliense e agora sentou praça no Grêmio Barueri, de Estevam Soares. Sempre fazendo o que sabe – gols. Nunca foi craque, nem mereceu maior badalação. Faz gols de todo jeito – de cabeça, de canela, de sem-pulo, raramente gol de placa.

É uma espécie de “punk da periferia”, um goleador barato, se é que me entendem. Eficiência é a sua marca. Domingo, contra o Náutico, fez os quatro gols do Barueri. Com simplicidade, sem afetação.

Vale aqui explicar como funcionam as coisas no Barueri, que segue à risca a receita criada pelo São Caetano. Empresários do interior paulista investem, trazem jogadores e depois recuperam o dinheiro com a venda para outros clubes. Não há torcida, nem pressão.

Só negócios.

Os salários, baixos para os padrões da Série A (e até da Segundona), são pagos rigorosamente em dia. Mas não existe extravagância. Val Baiano, que nem é o mais bem pago do elenco, fatura cerca de R$ 9 mil. O teto é R$ 11 mil.

Só para se ter uma ideia da política certeira do Barueri, tem jogador no Paissandu que ganha duas vezes mais que isso. No próprio Remo, fora de série, tem gente ganhando quase o mesmo salário de Val Baiano. Sem a mesma produção do artilheiro de aluguel, que lidera a tábua de goleadores do Brasileiro, com oito gols.

Pode não terminar como o goleador máximo, mas já deixou sua marca e está ajudando o Barueri a se destacar no Brasileiro (é o quinto colocado). Sem gastar muito, vivendo dentro de suas possibilidades.

4 comentários em “Um goleador barato, no bom sentido

  1. Ontem, 19 de julho, o Dia do Futebol, o país pentacampeão do mundo comemorou, o Dia do Futebol. A história que começou quando Charles Miller trouxe da Inglaterra a primeira bola, em 1894, prosseguiu através dos anos para tornar o Brasil verdadeiramente o país do futebol. Nos estádios, campos de várzea e de peladas espalhados pelo país, os brasileiros têm no futebol o seu mais forte traço de identidade, um esporte que une ainda nações e povos em torno de uma mesma paixão..Paixão que leva milhares de jovens a sonhar com um futuro melhor, e que em muitos casos se transforma em realidade. O assistente técnico da Seleção Brasileira, Jorginho, é um dos milhões de brasileiros que sempre sonhou em jogar bola. Ele fala deste 19 de julho com a devoção e agradecimento de quem sabe que o futebol tudo lhe proporcionou.
    – O futebol é a minha vida. Tudo o que conquistei está relacionado ao futebol. Tenho orgulho da minha profissão..Jorginho conta que nunca se imaginou fazendo outra coisa na vida. Desde menino, traçou como objetivo se tornar um jogador como os tantos que acompanhou como seus ídolos. Não só conseguiu ser mais um deles, como conquistou títulos, vitórias e uma vida inteiramente realizada fora dos gramados.
    – O futebol não me proporcionou alegria somente dentro de campo. Ele me deu uma família maravilhosa, minha mulher, meus filhos, todos estão de certa forma ligados ao futebol.
    O futebol proporcionou ainda a Jorginho, assim como a muitos outros jogadores brasileiros, a possibilidade de ajudar o próximo através de projetos de inclusão social. O esporte abre portas a centenas de jovens atendidos pelo Bola Pra Frente, instituição fundada em 2000 no bairro de Guadalupe, no Rio de Janeiro, que através de diversos projetos ligados ao futebol busca proporcionar um futuro melhor para jovens de seis a 17 anos.
    O futebol se faz presente no dia-a-dia do Instituto Bola Pra Frente. Não só nos jogos com a bola, mas dentro de sala de aula, com os craques que são ídolos dos meninos servindo como didática para o aprendizado – o método utilizado é a linguagem do futebol..
    Todas as matérias têm como abordagem a figura de jogadores de futebol. O Rio Grande do Sul onde nasceu Ronaldinho, por exemplo, é o mote condutor para aulas de Geografia e História, assim como as aulas de Português e Matemática.
    No Instituto Bola Pra Frente, como explica Jorginho, o futebol é um valioso instrumento para tornar jovens de famílias carentes em verdadeiros cidadãos no futuro.
    – O futebol, além de todas as coisas que citei, também me tornou uma pessoa melhor, me deu oportunidade de conhecer culturas e países diferente, de aprender outros idiomas. E agora o futebol me dá essa oportunidade, de poder ajudar a tantos jovens.
    No dia do Futebol, o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, parabeniza a todos os jogadores, torcedores, dirigentes e profissionais do esporte mais popular do país. O dia 19 de julho de 1900 foi o de fundação do Sport Clube Rio Grande, da cidade de Rio Grande (RS), considerado o clubede futebol mais antigo do Brasil.

    (CBF.com.br)

  2. O Barueri Barriga de Aluguel vai ganhando e atrapalhando a vida dos verdeiros clubes de futebol. Que triste!

    1. É verdade, Diogo. Barriga de aluguel, mas que deixa algumas lições de economia básica para clubes como os nossos, que não sabem fazer contas.

  3. Gerson, numa coisa o Luiz Omar tem razão, ele sempre fala que planejamento cm dinheiro é mais tranquilo. Além do mais, as coisas no futebol estão se invertendo, pois tem jogador que prefere está no Barueri na 1º divisão, desfrutando de uma vitrine sem igual no mundo do futebol ganhando pouco do que num clube de massa ganhando grana na 4º divisão.

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