Walter Cronkite, 1917-2009

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O jornalista americano Walter Cronkite, um dos âncoras de maior prestígio da TV americana, morreu nesta sexta-feira (17), aos 92 anos. Segundo a emissora CBS, a família informou que Cronkite lutava contra uma doença vascular no cérebro há sete meses.  Conhecido como “o homem mais confiável da América” e lembrado em diversas pesquisas como um dos jornalistas de maior credibilidade nos Estados Unidos.

Cronkite participou das coberturas de importantes fatos históricos, como o assassinato do presidente John Kennedy, a guerra do Vietnã, escândalo do Watergate e a chegada do homem à lua. Cronkite foi considerado o expoente máximo de uma época na qual a figura do âncora acumulava salários milionários, determinava o noticiário emitindo opiniões, monopolizando os grandes eventos, além de influenciar na maneira como o americano deveria pensar. O modelo combinado de apresentador e editor-chefe de telejornais ainda é referência não só no Estados Unidos como em vários países como o Brasil.

Cronkite entrou para a CBS em 1950 e ancorou o “CBS Evening News” de 1962 a 1981. Com o âncora, o jornal foi o líder de audiência nos EUA de 1969 a 1981. Noticiou o assassinato do ativista dos direitos civis Martin Luther King, os distúrbios raciais e as manifestações contra a guerra, assim como o caso Watergate, que desencadeou na saída do poder do presidente Richard Nixon.

Os americanos lembram dele, sobretudo, como o âncora que se atreveu a interromper um popular programa de televisão e pedir aos gritos uma câmera para falar sobre o atentado contra Kennedy. Nascido no estado do Missouri, Cronkite foi repórter de uma agência de notícias americana e depois correspondente de rádio durante a Segunda Guerra Mundial.

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