Edson Gaúcho caiu e muitos festejam, dentro do próprio Paissandu, mas não há motivo para comemorações, muito pelo contráiro. O momento é complicado e o clube encontra-se numa encruzilhada decisiva no campeonato da Série C. Como no ano passado, o desfecho dos dois jogos fora de casa – na mesma altura da disputa – acende todas as luzes de alerta na Curuzu. Surge, pela primeira vez, o risco real de eliminação precoce.
Dos seis pontos disputados em Marabá e Lucas do Rio Verde, o Paissandu só conseguiu trazer um. E viu encurtar a boa vantagem sobre o terceiro colocado – o mesmo Rio Branco que lhe roubou a classificação em 2008. Quando uma situação se desenha difícil em futebol, a saída óbvia (e fácil) é trocar de técnico. Justamente o que o Paissandu não fez com Dario Lourenço há um ano, lamentando-se terrivelmente até hoje.
Desta vez, mesmo indo contra a vontade de alguns diretores, o próprio presidente Luiz Omar Pinheiro resolveu tomar a decisão de afastar o treinador. Corre o risco do erro, mas, sem dúvida, acertou em agir de imediato, sem hesitações.
Gaúcho sai de cena com um cartel expressivo do ponto de vista dos números: 16 vitórias, quatro empates e quatro derrotas. Comandou com competência e mão-de-ferro o time na boa campanha do estadual, apesar da fragilidade geral dos concorrentes (Remo, Águia, Castanhal e Ananindeua nas piores participações dos últimos anos).
Indispôs-se com setores da imprensa e, nesse sentido, alimentou uma pinimba desnecessária. Além disso, pelo temperamento irascível, acabou saindo no braço até com torcedores. Para piorar, trombou de frente com o presidente do clube.
Como se sabe, conduta desse nível jamais contribui positivamente. O futebol não é pródigo em empregos longevos. Por isso mesmo, os profissionais da área têm a obrigação de saber preservar-se na função. Gaúcho mostrou surpreendente instabilidade nesse departamento.
É importante observar, porém, que o técnico não é o único responsável pela situação atual do Paissandu. Os dirigentes não trouxeram os reforços para setores fundamentais, como a lateral-direita, o meio-campo e o ataque. O grupo campeão estadual é limitado, embora a empolgação do torcedor muitas vezes não permita observar isso.
O melhor jogador do time (e do Parazão) caiu de rendimento depois das finais do Parazão e até agora não reencontrou seu melhor jogo. Velber visivelmente não é o mesmo desde que passou pela cirurgia. Perdeu a velocidade e não arrisca infiltrações no ataque. Prefere “cercar lourenço” na meia cancha e não experimenta nem arremates de média distância.
O Paissandu, obviamente, perdeu muito com a queda de produção de Vélber. Gaúcho não tinha o que fazer, pois não havia substituto à altura. A zaga continua pouco confiável, a lateral direita está vaga e o ataque se ressente da falta de um jogador velocista, capaz de alterar o padrão habitual de dois atacantes de força na área. Problemas que persistem, à espera do novo comandante.
(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta terça, 30)
Ta parecendo o mesmo cenario do ano que passou. Gerson sera q nao demoraram muito a decepar o Gaucho??? acho q mais um pouco e ele viraria dono da Curuzu.
Gerson, o mais engraçado é que o Presidente do Paysandu pra demitir o Edson, só lembrou do ano passado quando deveria ter demitido o Dário Lourenço. Podia ter lembrado tambem que grande parte da imprensa, como agora, em 2001 pediu a saida do Joel Martins, como o seu Presidente na época não foi atrás dela, resultado foi Campeão da série B. Pediu a saída do Givanildo, quando o mesmo perdeu a copa norte para o S. Raimundo-AM, o que não foi aceito pelo Tourinho, deu no que deu: Campeão dos Campeões, Paraense, excelente participação no brasileiro…. .Como sempre falo futebol é pra quem conhece. Penso que o Clodomir era o mais sensato dessa diretoria. Com todo respeito a seus torcedores, adeus Papão.
-Aliás Joge Kajuru sempre fala, se vc quer que seu projeto dê certo faça o inverso do que a imprensa fala.
Cláudio Santos – Técnico do Columbia de Val de Cans
Falou e disse Cláudio.
Esses mesmos torcedores que pedem planejamento são os mesmos que querem resultados imediatos. Assim fica difícil fazer futebol. Esse presidente maluco é que deve sair do Papão antes que o time caia para a série D.
Gostei da decisão do Presidente. Assim, o PSC fica na primeira fase. Rs.
Infelizmente como diz o ditado “OQUE ESTA FEITO ESTA FEITO”, não era o momento para tal, as chances são reais de classificação para proxima fase, se fosse mantido a CT do Guaúcho seria com toda certeza um pouco mais facil, mais se era para demitir um e admitir outro, deveria ser melhor que o que acaba de sair, acredito no trabalho do Valtinho (até puxado um pouco a brasa pra sardinha mocoronga), mais não é o perfil tecnico para um momento de turbulencia como é de agora.