O Colégio de Presidentes de Conselhos Seccionais da Ordem dos Advogados do Brasil, por unanimidade, lamentou na última sexta-feira (19) a decisão do Supremo Tribunal Federal que pôs fim ao diploma de jornalista, bem como ao registro profissional no Ministério do Trabalho. Em sessão plenária dos 27 presidentes da OAB dos Estados e Distrito Federal, conduzida pelo presidente nacional da OAB, Cezar Britto, o Colégio expressou sua preocupação com as consequencias de tal decisão para a sociedade brasileira, em seus aspectos técnicos e, sobretudo, éticos.
O Colégio de Presidentes das Seccionais da OAB referendou posição do presidente nacional da entidade, Cezar Britto, de que o Supremo não avaliou corretamente o papel do jornalista e suas implicações para a liberdade de imprensa no país. Para os dirigentes das seccionais, a decisão pode prejudicar a independência e qualidade futuras do jornalismo brasileiro, antes garantidas pelo diploma e o registro profissional do jornalista abolidos pelo STF. Além disso, eles manifestaram preocupação com o precedente que a medida pode representar, colocando em risco conquistas históricas de outras profissões regulamentadas no país.
Em Belém, nesta segunda-feira, um grupo de jornalistas se reuniu na praça da República para um ato público de protesto contra a decisão do STF. Aproximadamente 100 pessoas compareceram, marcando posição diante do ato do tribunal que derrubou a obrigatoriedade do diploma de jornalista. Na foto abaixo, enviada pelo Wildes Lima, um registro da manifestação.
Penso que essa história do diploma está parecendo a da Copa de 2014. Deixaram a porta ser arrombada para depois tentar botar a fechadura. Há tempos essa pauta estava para ser votada pelo STF e não vimos nenhuma moblização da categoria dos jornalistas, nenhum protesto, nenhuma discussão que inserisse a sociedade no tema, nada, nem mesmo dos jornalistas que estão lá em Brasília bem pertinho do poder.
Diogo,
A mobilização não era pública, mas não deixou de ser intensa dentro da categoria. A Fenaj esteve o tempo todo trabalhando junto aos deputados e senadores tentando reverter a situação, mas infelizmente não tem o mesmo lobby de outras frentes. E os jornalistas que estão junto à esfera do poder não se preocupam mais com a luta dos estudantes e recém-formados.
Diogo,Os jornalistas de Brasilia estao com o boi na sombra, o grito e’ dos incompetentes. Observa bem a foto e me diz ,isso e’forma de brigar por algo tao importante??? debaixo das fresquinhas mangueirosas!
Harold,
Não só os incompetentes estão chiando. Como em todo ofício, temos entre nós pessoas capazes e incapazes, mas isso não diminui a legitimidade do protesto. Quem fez quatro anos de curso sabe o tamanho da revolta pela decisão tosca de Gilmar Dantas e seus pascácios.
Gerson,Isso vai passar, os com diplomas continuarao tendo valor, isso e’ inegavel. Agora sera que a maneira como se ensina o oficio nao esta precisando passar por reformas??? e e’ isso que eu gostaria que os estudantes pensassem um pouco ‘!
Sinto que eles estao perdidos..sem rumos..n sabem o que devem fazer.
Sem dúvida. Muito precisa ser feito para melhorar as escolas, aperfeiçoar o ensino, qualificar os profissionais… Mas o caminho não é pela extinção do diploma.
Meu caro Harold, estamos aguardando seus relatos de viagem.
A “PETECA” não vai cair!
Harold, já passava das 12h, e tinhamos encerrado o ato, e a sombra não era de uma mangueira e bem ou mau, estamos procurando um caminho, melhor que ficar nos gabinetes e seus confortos. Acredito que voce prefira que eu fale aos estudantes, sairem das academias?
Penso que o erro foi deixar a sociedade de fora dessa. Como querer reverter uma situação sem um clamor popular? Afinal, os jornalistas trabalham ou não para a sociedade?