Fazendo o dever de casa

O placar de 3 a 1 pode passar a idéia de uma vitória relativamente tranqüila, mas o Paissandu enfrentou uma série de dificuldades para superar o Rio Branco, ontem, no Mangueirão. Depois de um primeiro tempo complicado, em que chegou  ser sufocado em diversos momentos, o time terminou por construir uma vitória importante com dois gols de Zé Carlos no segundo tempo. Goleador da tarde, Zé Carlos também participou decisivamente do primeiro gol, marcado por Zeziel.

O Rio Branco, mesmo sem a qualidade individual do time de 2008, valorizou bastante a vitória do Paissandu. Entrou com vontade e conseguiu mandar uma bola na trave logo aos 10 minutos de partida, através de Gleidson. Chegou ao gol em jogada finalizada por Testinha. No lance seguinte, o mesmo Testinha caiu na área e reclamou pênalti.

Com a desvantagem, Edson Gaúcho trocou Lê por Torrô, a fim de reforçar o ataque. A torcida não entendeu e vaiou o treinador, mas no minuto seguinte o Paissandu empatou, calando os protestos. Apesar disso, o time acreano continuou em cima e Rogério Tarauacá quase fez o segundo.

No Paissandu, Velber era o mais efetivo, buscando os chutes de média distância e caprichando nas cobranças de escanteios. Na etapa final, o Paissandu matou a parada com dois gols de Zé Carlos, aos 15 e aos 23 minutos. Quando todos esperavam que o visitante se aquietasse, Testinha quase descontou chutando uma bola na trave. Córdova ainda faria uma defesa milagrosa nos instantes finais. 

A pressão continuou, mesmo depois da expulsão de Ley. O Paissandu mostrou maturidade, administrando o jogo, tocando bola no meio-campo. A atuação foi cheia de altos e baixos, mas o resultado foi excelente. Zé Carlos, Vélber e Rafael Córdova foram os destaques da equipe.

 

O Águia, como previsto, foi a Lucas do Rio Verde e conquistou sua terceira vitória na Série C, a segunda fora de casa. O time de João Galvão sempre esteve em nível superior ao do Luverdense. Bruno Rangel e Soares marcaram os gols marabaenses. Pelas minhas contas, com mais quatro pontos o Águia se classifica à fase seguinte.

  

Quando todo mundo discute a dinheirama que o Real Madri está torrando em contratações, cabe lançar um olhar para as finanças dos clubes brasileiros. Bom atalho para isso é o salário pago às principais estrelas nacionais. Levantamento da revista Placar mostra que Ronaldo Fenômeno embolsa R$ 1.133.000,00, juntando o valor declarado em contrato e os rendimentos com patrocínios.

O segundo é Adriano, do Flamengo, que ganha (ou espera ganhar) R$ 362 mil. O terceiro é Nilmar, do Inter, com R$ 360 mil. Fred, do Flu, é o quarto com R$ 350 mil, seguido de Leandro Amaral, também do Tricolor, com R$ 280 mil. São os cinco mais bem pagos do Brasil, o que expõe a grande discrepância entre salário e produção em campo. Dos cinco, somente Ronaldo justifica hoje os gordos (sem trocadilho) rendimentos.

(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta segunda-feira, 15)

6 comentários em “Fazendo o dever de casa

  1. Gerson, o placar não diz o que foi o jogo, se o Paysandu tivesse entrado com o Rossini, no lugar do Lê e Reinaldo no lugar do Zé Carlos, teria sido mais fácil. O Zé Carlos é matador nato, mais depende que a bola chegue nele ou de falhas na defesa para aparecer no jogo, já o Reinaldo participa mais do jogo, auxiliando muito bem o ataque com o Velber, fazendo com que os laterais apareçam mais no jogo, assim como os volantes, principalmente quando o Velber não está rendendo, como ontem, daí a dificuldade do Paysandu no jogo. Outra coisa, Torrô nunca vai deixar Balão e Zé Augusto no banco.
    Cláudio Santos – Técnico do Columbia de Val de Cans.

    1. Cláudio,
      Com todo respeito, os dois centroavantes têm características muito parecidas, mas o Zé tem a imensa vantagem de ser mais ágil e oportunista na área, além de ser mais certeiro nos cabeceios. Se o Gaúcho o tivesse mantido no time no final do campeonato, seria o artilheiro do Parazão, todo mundo sabe disso.

  2. Gerson, o Paulo de Tarcio foi muito bem ontem. Não errou passes, ajudou muito na marcação e foi disciplinado taticamente, mas precisamos de um lateral que auxilie o ataque, como o Ley fez ontem e muito bem, aliás, é o melhor lateral direito que vi por aqui nos ultimos anos. Outra coisa, precisamos de um meia armador, o Welber tá muito mal, me irritou ontem. Quanto ao ataque, o Balão tem vaga garantida sim, não se pode negar, afinal o Torrô é apenas um desorientado que corre pra lá e pra cá.

  3. Assisti o jogo e infelizmente não gostei do time do Paissandu. O primeiro tempo foi horrível, o gol achado do zeziel, que manteve a regularidade, foi injusto pois o Rio Branco mandava na partida. O segundo tempo, no meu ponto de vista também teve superioridade do Rio Branco, ainda bem que o Paissandu encontrou um bom finalizador, pois suas únicas chances foram parar no fundo da rede, e nosso goleiro também é muito bom, defendeu tudo o que podia e também dá muita segurança pra equipe e pra torcida. O Paissandu tem destaques individuais, como o Rafael Córdova, o Zeziel, o Aldivan, o Mael, o Vélber e o Zé Carlos, mas o conjunto ainda deixa a dever, toamra que a equipe se ajuste, pois o Águia é com certeza o maior adversário do Paissandu nmessa fase e acredito que na competição.
    E detestei o que o Edson Gaúcho fez com o Lê, ele queria queimar o jogador com a torcida? só pode, pois ele não estava mal, se comportava bem em campo, quem deveriater sáido era o Alex Sandro, que foi apenas figura decorativa na equipe, assim como Torrô que está jogando fora mais uma oportunidade, tomara seja só impressão minha.

  4. Não tem porque inventar.
    Contra o Águia tem que entrar o Jucemar na direita. Se já der para o Dadá, é ele, oMael, o Rossini e o Zeziel. Se não der, bota o Paulo de Tárcio.
    Na frente é o Velber (abrindo) e o Zé carlos Finalizando. É certo que tem que marcar, mas precisa ter qualidade no passe.

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