Um relato da Parada Gay

Por Waldemar Marinho, direto da Paulicéia:

14/07/2009 – Avenida Paulista – o centro financeiro da América Latina – 12:15 h – É dada a partida da Parada Gay.

Autoridades políticas paulistanas, de olho em votos para as eleições de Presidência da República, Governo e Prefeitura do Estado, Senado, Câmara dos Deputados Estaduais e Federais, além da Câmara dos Vereadores do Município, compareceram para dar o ponta-pé inicial e se declarar contra a homofobia.
O pessoal do Turismo avalia que três milhões de pessoas vieram participar. O benefício financeiro para a cidade redunda em cifras que montam a milhões de dólares e serão publicadas amanhã, segunda-feira. A Parada do Orgulho Gay, hoje em dia, só perde para a Fórmula 1, em termos de movimentação de dólares em Sampa.
Para se ter uma idéia, muitos hotéis da cidade, todos com mais de cinco estrelas, investiram pesado para se adaptar às exigências desse mercado consumidor. Roupa de cama, pisos, paredes, tudo deve ser antialérgico, mas a exigência maior é que o serviço seja prestado por funcionários que não tenham o menor traço de preconceito ou intolerância. Tudo atendido rigorosamente.
Gays de todas as nações do Planeta Terra estão aqui.
É importante ressaltar que, de todas as manifestações de grande massa popular que aconteciam na Paulista, só permanecem acontecendo nela somente a tradicional Corrida de São Silvestre, o reveillon da Paulista e a Parada Gay, todas as demais, como a Festa do Trabalhador e as Concentrações religiosas dos Católicos e Evangélicos, foram convidados a cantar em outra freguesia e remanejados desse espaço mais nobre de São Paulo.
A Parada Gay de São Paulo já é considerada por organismos internacionais como uma das mais organizadas do mundo.
Mesmo assim, devido às obras da expansão do metrô na intercessão da Avenida Paulista com a Consolação, eles levaram mais de 3 horas para fazer a curva com os seus barulhentos trios elétricos.
São 15:14 h quando faço esse relato exclusivo diretamente da Bela Cintra, onde moro, para o Blog do Gerson, democrático e imparcial, quando eles começaram a alcançar a porta do Cemitério da Consolação, no maior barulho. A manifestação, que antes terminava na Praça da República, hoje em dia tem a sua apoteose na Praça Roosevelt, logradouro que se impôs como importante centro cultural da Terra da Garôa.

W. Marinho
Exclusivo para o Blog do Gerson.

parada

Um comentário em “Um relato da Parada Gay

  1. WM, parabens pelo texto…democracia é isso aí…ainda naum vi as imagens mas a festa deve ter sido boa….o amor nao tem cor, religiao, sexo…

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