Fiscalização do uso das verbas

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Por Paulo Calçade (ESPN):

A experiência dos Jogos Pan-Americanos serve para balizar os cuidados que a sociedade deve ter com a Copa do Mundo. Comparado ao Mundial, o Pan do Rio é insignificante, minúsculo. Mas assusta: o orçamento explodiu, gastou-se dez vezes mais.

Infelizmente o caminho pode ser o mesmo. A Fifa é exigente, o padrão é muito alto e os critérios de escolha não foram totalmente técnicos. Nada contra as cidades indicadas. Quem não quer a Copa na vizinhança? O problema está no que vai acontecer depois.

Até o final da competição vai ser uma festa. Mas quem vai pagar a conta? Como serão mantidos os estádios nas cidades onde não há futebol verdadeiramente profissional? Quem vai se interessar em investir onde o retorno do dinheiro é duvidoso? A experiência do Pan mostra que o dinheiro público é a solução. E até poderia ser, desde que fosse investimento, financiamento, e não doação.

O futebol é uma importante atividade econômica do país, é uma indústria, movimenta vários setores, como a construção civil e o turismo, no caso do Mundial. Os cuidados com o evento são necessários porque é o nosso dinheiro que está em jogo. Se a Copa for beneficiar o país, tudo bem. Agora, se for para ajeitar a vida dos corruptos, dos espertos… É bom ficar de olhos bem abertos.

Até lá, não faltarão pautas para quem se propuser a fazer jornalismo.

Fico a imaginar o que vai ser do suntuoso Vivaldo Lima (imagem lá no alto), em Manaus, depois que a Copa passar. Um amigo jocoso acha que vai virar bumbódromo, para disputas entre Garantido e Caprichoso. Piadas à parte, desconfio que a coisa vai dar nisso mesmo.

6 comentários em “Fiscalização do uso das verbas

  1. Gerson, vc acredita que Belem ficou fora por naum ser uma cidade litoranea ?
    Uma outra coisa : politicamente, os Tucanos se fortalecem para 2010 ? Sds,

    1. Amigo Edmundo,
      Não creio muito nessa questão geográfica, mas acho que acabou preterida por ser menos forte nos bastidores, nos conchavos. Não tinha grandes defensores de sua casa nem mesmo no governo federal, como se imaginava antes. Quanto ao fortalecimento dos tucanos, duvido muito, embora seja certo que a governadora e o prefeito saem bastante chamuscados dessa campanha fracassada.

  2. Isso mesmo, Gerson. Depois da Copa, o Vivaldão vai saber para as torcidas de Garantido e Caprichoso ficarem se deglariando com aquelas fatídicas coreografias braçais. Como disse outrora, eles terão estádio e a copa, mas não terão, depois, times pra colar em campo. Nos tiraram o direito de ter a copa, mas nossos times não tirarão nunca!!

  3. Será que não tirarão nossos times mesmo? Como o governador do Amazonas é paraense, vai que ele queira levar Paysansu e Remo para jogar lá…

    1. Bom, pelo menos se em Manaus tiver RE x PA, vai dar casa cheia!! (risos!)

      Ou então, o governador “alugará” o time do Flamengo pra jogar no Vivaldão.

      Moro em Manaus, e lhe digo uma coisa certa :
      Paysandu, Remo e Flamengo? Em Manaus? É certeza de renda!!

      Mas uma coisa me preocupa: O MUNDIAL DE ATLETISMO. Quando o Vivaldão ficar pronto, alguém duvida que os barés vão querer tirar isso da gente também? Viu?
      Acorda Belém!!!
      Melhor não pagar pra ver ,
      Pode ter certeza!

      1. Alberto,
        Como a Coca-Cola pode muito, mas não consegue inventar paixão de torcedor, acredito que a coisa por lá vai ficar dependendo mesmo da imensa rivalidade boizística, entre Caprichoso e Garantido. Os prélios entre essas duas agremiações serão históricos naquele suntuoso Ninho do Jacaré.

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