Esperava muito mais daquele que seria o jogo do ano. A ocasião era excepcional: frente a frente, o melhor time britânico das últimas temporadas contra uma esquadra de primeira linha, forjada em grande parte nas fileiras de base do Barcelona. Pelo valor da conquista, acabou sendo a partida mais importante da temporada, mas ficou aquém das expectativas.
Espanhóis e ingleses custaram a pegar no breu. O gol de Eto’o, aos 10 minutos, de bico, aconteceu quando o domínio (aparente) era do Manchester. Foi o primeiro ataque do Barcelona, depois de passar alguns sustos em chutes de Cristiano Ronaldo.
Daí em diante, a coisa pendeu para o Barça, que surpreendeu. Sua defesa, toda modificada, esbanjava segurança e tranquilidade na saída para o ataque, em função da extrema perícia no passe de dois meias de respeito, Iniesta e Xavi, este o melhor em campo, disparadamente.
Do outro lado, o Manchester também surpreendeu – negativamente. A escalação, cautelosa, trouxe apenas Rooney no ataque, com Cristiano Ronaldo e Park Ji Sung mais atrás, o que não é propriamente uma brigada ofensiva. Resultou desse arranjo que o português foi o grande penalizado, obrigado a buscar espaço entre os zagueiros e queimando arremates.
Com a desvantagem, o técnico Alex Ferguson trocou Anderson por Tevez, mas nada mudou. Para quem acompanha o Manchester no campeonato inglês, a decepção foi ainda maior. Travado, o time não conseguiu engatar a ligação rápida entre meio-campo e ataque, que é sua principal marca.
O segundo gol do Barcelona nasceu de lance inusitado. Um cruzamento alto, no segundo pau, para o cabeceio certeiro de ninguém menos que Lionel Messi, 20 centímetros mais baixo que o beque Rio Ferdnand, que o marcava. Messi não vinha jogando bem, mal sendo notado em campo. Mas os craques marcam sua caminhada pela capacidade de decidir.
Impressionante como o recurso da antecipação usada por Guardiola na defesa, com destaque para Piqué, anulou os atacantes do Manchester. No segundo tempo, nenhum chute perigoso chegou até o goleiro Valdés. Rooney e Cristiano ainda trocaram de posição, Tevez tentava cair pela esquerda, mas não havia jeito. Não havia atalho rumo ao gol.
Apesar da façanha histórica – o Barcelona fechou a chamada temporada perfeita –, o jogo não teve o fervor de outras decisões da Liga dos Campeões. Até a do ano passado, entre Manchester e Chelsea, foi mais vibrante. A frustração vem do fato de que os finalistas são os times mais técnicos do mundo, cheios de talentos individuais e os melhores jogadores do mundo, Cristiano Ronaldo e Messi. De conjuntos assim tão qualificados espera-se sempre mais. Ontem, ambos mostraram pouco. Felizmente, venceu aquele que joga sempre no ataque.
Recebi mensagem do deputado federal Wandenkolk Gonçalves (PSDB) com o seguinte esclarecimento. “Gostaria de informar que também me posicionei em defesa de nossa capital, ocupando duas vezes a tribuna para manifestar tal tema. Aproveito para parabenizar o senhor pela coluna, colocando-me à disposição”. Está feito o registro, com a devida retificação.
(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta quinta-feira, 28/05)
olha Gerson o Pulgae’ o melhor do mundo. mas hj ele recebeu uma ajuda daquelas vindo da dupla Xavi & Inesta que para mim foram os melhores do jogo.
Mandaram na meiuca e fizeram a historia do jogo ter um outro rumo.
Giggs, Park e Ânderson foram engolidos. nao vi p Park! vc viu ??? Anderson tentou uma caneta e nada mais.
Mas o espetaculo foi garantido dentro e fora e me atrevo a dizer que bate em muito as finais de Copa do Mundo.
Concordo. Aliás, o Messi não havia aparecido até o momento do gol. Mas Xavi e Iniesta são muito bons mesmo, carregam o time.