Liberdade de imprensa

Como parte das comemorações do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, o Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (Unic Rio de Janeiro), a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), a Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (ECO/UFRJ) e o Intercom Sudeste, realizam o Seminário “O que ameaça a liberdade de imprensa? E quem a imprensa ameaça?”.

O evento – com entrada franca – acontece no dia 06 de maio de 2009, a partir das 9h00, no Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ e contará com a presença do ministro Franklin Martins, da Secretaria de Comunicação da Presidência da República.

Nada mais oportuno e atual. Depois da tentativa de censura prévia aos jornais de Belém, sob alegação de desrespeito aos mortos, o assunto deveria entrar na pauta de todos os que se preocupam com a liberdade de expressão. Sim, porque há os que se lixam para o tema – e ainda têm a pachorra de se definirem como mudernos.  

Aliás, nessas horas, sempre me ocorre aquela cena clássica do igualmente clássico Quem Matou o Facínora (The Man Who Shot Liberty Valance) em que Edmond O’Brien, no papel de um velho jornalista do poeirento Oeste americano, brada diante de empasteladores do único jornal do povoado de Shinbone: “Quem ousa se levantar contra a liberdade de imprensa?”.

Essa obra-prima de John Ford foi rodada em 1962. Película antiga, tão antiga que ainda se chamava filme de película, mas certos valores são eternos – pelo menos para os americanos. E olha que o genial Ford era um conservador empedernido.   

3 comentários em “Liberdade de imprensa

  1. Caro Gerson,

    Somente uma minoria de jornalistas(você incluso)defende com sinceridade a liberdade de imprensa.
    Para os donos de jornais, salvo os dos alternativos, a liberdade de imprensa é subjugada aos seus interesses comerciais.

  2. Caro Gerson,

    O admiro desde que lhe conheci na extinta Provincia do Pará. Acompanho seu trabalho no grupo RBA através da sua coluna diária e de sua participação dominical no “Bola na Torre”, mas quanto a essa questão da divulgação das fotos nas páginas policiais gostaria de te perguntar: por que só pobre é que as ilustram?

    1. Caro Elielson,
      No caso do Diário, basta uma verificação rápida do noticiário policial: casos envolvendo figuras, digamos, mais abastadas mereceram o mesmíssimo tratamento dispensado aos mais humildes. Cito cinco exemplos recentes: Salvador Nahmias, irmãos Novelino, advogado do grupo Líder, procurador da Prefeitura e vítimas do acidente na estrada de Salinas.
      Não defendo o abuso, nem a exploração gratuita das imagens. O que questiono é a autoridade e a competência de um juiz para decidir o que o leitor vai ler. Começam censurando fotos, daqui a pouco estão censurando materiais editoriais. Sabemos como começa esse tipo de interferência, mas ninguém sabe como termina.
      Abraços,
      Gerson

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